domingo, 16 de janeiro de 2011

UM EXEMPLO DA BOA RELAÇÃO AUTARQUIA/CIDADÃOS




O PÚBLICO de hoje, no seu habitual suplemento CIDADES, incluía estes dois textos sobre Tomar. No primeiro, um cidadão que pelas perguntas indicia residir nas margens nabantinas, resolveu escrever ao referido suplemento semanal, solicitando informações para as quais decerto não encontrou resposta por estas bandas do Nabão. No segundo texto, pode ler-se a resposta da autarquia. Temos portanto que, numa cidade interior com três semanários, um quinzenário e duas rádios locais, um eleitor só consegue obter resposta por intermédio de um jornal nacional de referência. Se isto não é ao mesmo tempo estranho e muito significativo, não se vê bem o que possa ser...

Neste outro texto, igualmente do PÚBLICO e do mesmo suplemento semanal, resolvemos reproduzir esta local sobre a lisboeta CERVEJARIA TRINDADE. Pode ser que assim consigamos convencer os nossos autarcas da área do turismo de que não basta adjudicar parques, estradas, caminhos pedonais e Rotas. O tal hardware de que falou Miguel Relvas. O princípal, o tutano da questão, o âmago do problema do desenvolvimento turístico continua a ser o tão apregoado know-how, savoir-faire ou experiência, que leva muitos anos a adquirir. E que só a prática faculta.
É evidente que também se pode fazer de conta que não há na zona ninguém qualificado e avançar à Lagardère, assim tipo meia-bola e força. Como aliás tem acontecido e não só por banda dos políticos locais. No ensino, por exemplo... Acontece porém que, neste caso, os resultados nunca são brilhantes, como é referido no texto: "A Trindade admite que está a fazer um esforço para elevar os padrões de qualidade do atendimento,  e a promover a formação do pessoal de cozinha e de mesa, capaz de desenraizar hábitos antigos. O cliente a isso obriga. O turismo exige-o. O passa-palavra pode fazer ou destruir reputações, a Internet faz perdurar as opiniões."
Claro que isto só é válido para os labregos da capital do País e, vá lá, para as cidades costeiras, sobretudo no Algarve, cujos habitantes são uns atrasos de vida. Aqui em Tomar seria supérfluo. Todos já nascem ensinados, sobretudo nas áreas da política, da economia e do turismo. Além de que estudar é uma autêntica seca. E depois tem corrido tudo muito bem. O total anual de entradas no Convento tem diminuído, certamente porque os visitantes têm sido excessivamente bem recebidos. Nesta campanha eleitoral nenhum dos candidatos vai passar por Tomar, certamente porque os tomarenses têm sido demasiado acolhedores... Mas tirando isso, vai tudo bem no melhor dos mundos possíveis, como diria o Pangloss. E a crise não ousará decerto instalar-se nem na cidade nem no concelho, pois os tomarenses são de outra estirpe. Ou pelo menos estão convencidos disso. A ver vamos...

4 comentários:

Anónimo disse...

As 3 respostas da CMT ilustram bem a incompetencia e a ligeireza que lá reinam.
A Rotunda tem intervenções porque abate o piso..tambem vemos isso. Mas é inadmissivel, em obra recem entregue. E quem paga?
O Muro está lá para "defesa". Ora bem, quem ataca, defesa de quê?
O Convento "aguarda investidores". Irra. Já os encomendaram, ou ainda não entenderam que o caso, com o preço sonhado pela CMT, é um caso de inviabilidade pura?

Anónimo disse...

O "Gabinete" esqueceu-se de assinar.
Imperdoável.

Anónimo disse...

Mas o Miguel Relvas não disse no Pepe que o projecto dos Museus da Levada tinham de ser reavaliados, porque não vai haver dinheiro ?

Anónimo disse...

Ilha de museus é para ricos.
Tomar não dinheiro para isso...