quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

ANÁLISE DA IMPRENSA REGIONAL DESTA SEMANA


O diferendo ParqT/Município de Tomar parece ter apanhado o executivo tomarense "com as calças na mão", como já vem sendo hábito. Segundo o desenvolvimento da manchete de CIDADE DE TOMAR, na página 13, operada a transferência do parque de estacionamento, situado das traseiras dos Paços do Concelho, para a responsabilidade da Câmara, os 5 funcionários da ParqT foram despedidos e o novo pessoal da autarquia está a passar recibos ilegais, com o timbre do outro parque,  junto ao ex-Estádio Municipal. Com o litígio a correr os seus trâmites há anos, os senhores autarcas estavam à espera de quê, para mandar imprimir novos recibos? Se calhar cuidavam que seria a Bragaparques, sociedade-mãe da ParqT a oferecê-los ao município...
Outro assunto em destaque no mesmo semanário é a entrevista do mordomo João Victal ao programa Danças e Cantares, da Rádio Cidade de Tomar, durante a qual afirmou nomeadamente que "Todo o concelho está a trabalhar e a pensar na Festa".
O CIRE é objecto de reportagem nas páginas 14 e 15, enquanto o pitoresco episódio da ajuda aos carnavais do concelho vem na página 3. Logo adiante, na página 8, pode ler-se um resumo do debate "Praça Pública" sobre o Mercado Municipal, com esta admirável constatação dos intervenientes: "Logo após o seu encerramento, deveria ter sido apresentado um projecto para o mercado municipal." Realmente uma posição de extraordinária utilidade em termos de futuro.
Por falar em futuro, António Freitas, vai directo ao assunto, na página 12: "Até final deste ano, centenas de freguesias vão acabar!" Segue-se uma crónica de página inteira, sem papas na língua como é apanágio do autor. Resta saber se haverá mesmo supressão de freguesias e/ou de concelhos. Os políticos costumam ter razões que a razão desconhece. Em todo o caso, um tema oportuno e muito bem redigido, o que convém sempre assinalar, em época de crescente iliteracia.
O MIRANTE é mais parco em temas tomarenses, uma vez que tem de abarcar todo o Médio Tejo. Na primeira página, temos apenas o triste episódio da cidadã esfaqueada pelo marido, à porta do Centro Escolar de S. Pedro, uma destas cenas que leva a pensar se não estaremos de regresso aos tempos do Zé do Telhado. Na página 4 é referido que o ministro da administração interna está esperançado que os apoios às vítimas do tornado sejam concedidos rapidamente. Se até o próprio ministro se declara com esperança, é caso para suspeitar que a coisa não estará a correr lá muito bem. Façamos votos! 
Segue-se, na página 6, a questão dos subsídios carnavalescos concedidos pela autarquia tomarense, apesar da oposição de Corvêlo de Sousa e na 7 os protestos contra as portagens na A 23, entre Abrantes e Torres Novas,  do Médio Tejo e do Bloco de Esquerda. Como se os tempos estivessem para borlas a quem usa as auto-estradas... Aliás o próprio MIRANTE tem consciência de tal situação. No "Cartoon da notícia", página 11, escreve sobre "Um presente envenenado". Em resposta às reivindicações dos habitantes da Freguesia de Paialvo, o presidente da Junta informou que o Agrupamento de Centros de Saúde do Zêzere lhe dispensava um médico para Carrazede três vezes por semana, desde que a Junta de Freguesia fornecesse o transporte de e para Ferreira do Zêzere. Se já nem há verbas disponíveis para reembolsar transportes a médicos em serviço, ainda querem auto-estradas gratuitas? Gulosos! Era bom era!
Finalmente, na habitual secção irónica "Cavaleiro Andante", um foto com a governadora civil, Corvêlo de Sousa e Luís Ferreira, todos muito sorridentes. Em legenda, informa-se que, dos 80 bombeiros da corporação, apenas 22 participaram no jantar comemorativo. Porque terá sido? Sempre oportuno, o semanário interroga "Onde é que era o fogo?"
N'O TEMPLÁRIO, a manchete é sobre o desfecho do litígio Município de Tomar/Bragaparques, que Tomar a dianteira já desenvolveu esta manhã, no post "A machadada final?" O jornal dirigido por José Gaio revela, porém, um detalhe importante: "O acordo entre a Câmara de Tomar e a empresa Parq T está sujeito a uma cláusula de confidencialidade, segundo apurou "O Templário". Ou seja, o presidente Corvêlo de Sousa exigiu que não transpirasse cá para fora o teor do acordo e os pormenores das negociações... ..." Caso se trate de uma atitude provisória, visando salvaguardar os interesses do Município, tudo bem. Compreende-se e aceita-se. Se, pelo contrário, se pretende manter em segredo para sempre toda a tramitação e o acordo final, desengane-se Corvêlo de Sousa e seus pares. Tal como está a fazer em relação aos utilizadores e custos de todos os telemóveis municipais, Tomar a dianteira tenciona requerer a consulta do processo e recorrer a todos os meios legais ao seu alcance para obter satisfação. Em democracia, os segredos são inaceitáveis, sempre que estejam em causa verbas provenientes dos impostos dos eleitores.
Na página 2, o tomarense Manuel Sherman de Macedo ataca o articulista da crítica publicada na semana anterior sobre o projectado "Golfe dos Pegões". Vale a pena ler, por estar em português cuidado, daquele que  cada vez menos gente usa.Infelizmente. 
Destaque igualmente para duas páginas sobre o repórter de imagem Daniel Campos, duas outras com declarações de José Perfeito, sobre a Festa dos Tabuleiros e, com vossa licença, mais duas com uma entrevista deste vosso servidor, a falar sobre política local.
Um bom fim de semana para todos!

4 comentários:

Anónimo disse...

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O acordo entre a Câmara de Tomar e a empresa Parq T está sujeito a uma cláusula de confidencialidade, segundo apurou "O Templário". Ou seja, o presidente Corvêlo de Sousa exigiu que não transpirasse cá para fora o teor do acordo e os pormenores das negociações... ...
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Transparência? Em Tomar continua o reino da prepotência e do "sob-reserva". Temos uns iluminados que contribuem para o aumento do défice. E pretendem continuar a não passar cavaco a ninguém. Pudera: não querem chatices com ninguém, e muito menos com o eleitorado.
Mas quem é que paga?
O Zé!

Anónimo disse...

António,

A sua entrevista à Isabel Miliciano é,no essencial, completamente redonda,circular,concêntrica.

Diz que tem um projecto,mas...a confirmar...a validar técnicamente,etc.

Quem são os "compagnons de route",se porventura os tiver?
É que não se vislumbra "vivalma"...

Depois esconde-se atrás de três patacoadas do marketing político do bem falante,ardiloso e manhoso Relvas,tomando-o sempre por político de rasgo,sumidade distinta,completamente alheia ao imponente e triste descalabro do concelho,ocorrido nos últimos 13 anos.

Relvas é o maior responsável político por tudo o que você aponta como descaracterizador de Tomar.

PAIVA,além de convencido,de irrascível,de autoritário,de mal educado,de surdo,de invejoso,de carreirista,FOI O INSTRUMENTO DE RELVAS.

Não foi o contrário!

Francamente!

Acha que ignorar estas realidades e apresentar-se titubiante, lhe dá o mínimo de credibilidade ou é mobilizador para alguém?

Se acha que sim, AVANCE!

Mais cedo do que tarde verá quão teve de ingénuo e petulante.

E perceberá a injustiça de todos os ataques e censuras com que tem mimoseado quem o alerta,quem lhe sugere que "DESÇA À TERRA".

Anónimo disse...

Ó Zé!
Segundo apurou o Templário!!!
A Entrevista foi dada à Rádio Hertz em exclusivo pelo director da ParqT José Santa Clara.
O Zé

Unknown disse...

Para comentário da 20:56

Lamento ser obrigado a dizer-lhe o que segue, para respeitar aquilo que do seu texto penso. Você não parece capaz de entender que é apenas UM (A) entre quase 39 mil inscritos nos cadernos eleitorais. Tal como também não enxerga que a sua opinião é apenas sua, não valendo grande coisa porque emitida ao abrigo do anonimato. E se está convencida (o) de que é a tentar agredir verbalmente os outros que conseguirá levar a sua avante, desengane-se, não perca tempo, nem mo faça perder.
Cordialmente,

A.R.

PS:
Evita de insistir que não voltarei a responder-lhe enquanto anónima(o)