quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

ANÁLISE DA IMPRENSA REGIONAL DESTA SEMANA

A edição de hoje do MIRANTE inclui uma retrospectiva de 2010 e a notícia sobre os 35 anos do CIRE. Ainda sobre Tomar, refere o carnaval da Linhaceira que, com o tempo, ou muito me engano, ou acabará por se unir com o da cidade. Os tempos não estão para extravagâncias e dois carnavais a menos de 20 quilómetros, nem nos países ricos do norte da Europa...
Na minha opinião, porém, a principal notícia do semanário da Chamusca, vem na penúltima página, na secção Cavaleiro Andante. Refere-se à posição dos IpT na recente votação sobre o imbróglio ParqT, conforme foto supra. A sua importância reside no facto de contrariar a recorrente ideia-mestra de Pedro Marques, segundo a qual os jornalistas e comentadores locais, a começar por este vosso servidor, não gostam dele. A ser assim, porque será que os que fazem a usual secção humorística do MIRANTE também não gostam do líder dos IpT?

Por falar em recortes, aqui temos um, do quinzenário DESPERTAR DO ZÊZERE, que por acaso também foi distribuído hoje. Conforme se pode ler, o vicepresidente Carlos Carrão não desarma, nem muda a espingarda de ombro. Se Corvêlo de Sousa continua a insistir  nas obras de dúvidosa utilidade e  contestável oportunidade, ele, Carlos Carrão, não precinde das suas usuais armas eleitorais: subsídios, festas, inaugurações, aniversários, passeatas, bailecos, comezainas e tintol. Enquanto houver verbas disponíveis, claro está! Que os parvos do costume já começam a achar demasiado...e tudo o que é demais parece mal.
O semanário dirigido por José Gaio inclui três peças que requerem leitura atenta: "Uma falta "cirúrgica", na página 9, naturalmente sobre a discussão e votação do imbróglio ParqT, assunto tratado na página 8; Uma opinião sobre o Plano de Pormenor dos Pegões, subscrita por Pedro Ferreira, que responde a um texto anterior, de Manuel Macedo, acerca do mesmo assunto; Dados anuais sobre os visitantes do Convento de Cristo, respeitantes a 2009 e 2010.
Sobre este último tema, a primeira constatação é que  naqueles dois anos praticamente o total de visitantes não variou: 154.288, em 2009, 154.438, em 2010. Mas os dados mais curiosos referem-se aos visitantes que pagaram (93.027) e às entradas gratuitas (61.411). Temos assim que, para uma receita total de 558.162 euros = 11.632 contos, mais de 40% dos visitantes não pagaram. Uma vez que o tempo das vacas gordas já lá vai e não volta, talvez não fosse despropositado seguir o exemplo dos grandes países turísticos europeus, nos quais, regra geral, todos os visitantes pagam, consoante o grupo a que pertencem. Assim, os alunos pagam menos de um terço dos adultos, mas pagam. Para aprenderem que tudo na vida tem um custo. Quando alguém não paga, outros estão a custear a sua entrada, sem para isso terem sido consultados. E o beneficiado terá tendência a ir pela vida fora convencido de que só tem direitos e nenhuma obrigação para com a sociedade. Como está agora a suceder com o "Parva que sou". É isso que queremos, como adultos, como cidadãos responsáveis, como contribuintes e como educadores?

CIDADE DE TOMAR noticia, como não podia deixar de ser, o imbróglio ParqT, os 35 anos do CIRE, as Ruas Populares Ornamentadas e um excelente artigo de opinião de Hugo Cristóvão, tendo por título "Todos dizem que ninguém fala". Trata-se, como é evidente, da tradicional e aborrecida incomunicabilidade entre os políticos e os cidadãos. Aqueles, geralmente persuadidos de que todos os os ouvem; estes, pelo contrário, surdos crónicos em virtude dos seus múltiplos afazeres, mas igualmente devido  ao crescente e preocupante descrédito dos eleitos em geral.
Ainda no semanário da Praça da República a usual e variada colaboração de António Freitas e Manuel Subtil, bem como o suplemento "Centro Desportivo". Boa leitura! 

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