domingo, 13 de fevereiro de 2011

ILUSTRAÇÕES DE FIM DE SEMANA

A abrir, esta pequena notícia da última página do Correio da Manhã de hoje. Pode ser que assim consiga esclarecer dúvidas, resultantes da leitura menos atenta da entrevista com este vosso servidor, publicada no Templário. Resta acrescentar, a tal propósito, que Carrilho é, como eu, um produto cultural da Universidade de Paris, pelo que faço minhas as suas palavras: "Não é por alguém ter ideias que tem de anunciar se é candidato".  Nem mais.
Entrementes, na cada vez mais aldeia tomarense, posto que a autarquia tarda em providenciar a remoção do cipreste caído sobre a capela de S. Gregório, o hóspede do anexo Hotel Urinol vai aproveitando para ornamentar o local, certamente tendo em vista a próxima Festa dos Tabuleiros. E os tomarenses continuam mudos e quedos. Grande povo! Grandes negócios!
Junto ao Muro-Mijatório, cuja serventia continua por explicar, apesar da promessa camarária de que viriam os arquitectos autores do projecto para esse efeito, apareceu agora esta placa de identificação da construtora que vai requalificar os pomposamente chamados "Lagares d'El-Rei", transformando-os no "Complexo museológico da Levada", popularmente designado por Elefante Branco Autárquico. O que me preocupa neste momento é que, conforme se pode ler no canto inferior esquerdo, a empresa em questão tem a sua sede nas Caldas da Rainha. Oxalá não se lembrem de colocar em emblema típico das Caldas no centro da Rotunda. Visto que não quiseram lá pôr as silhuetas das raparigas com os tabuleiros à cabeça, nunca fiando! Aqui fica o aviso!
Uma vez que acabo de escrever sobre os Lagares d'El-Rei, mais propriamente "Moinhos da Ordem de Cristo", aqui têm como aquilo era, antes da edificação da central eléctrica, nos primeiros anos do século passado. A foto é do legado Silva Magalhães. Deste modo, ficam os leitores de Tomar a dianteira habilitados a garantir que a pretensa requalificação, afinal... Quem não sabe, é como quem não vê. E os piores cegos são aqueles que se recusam a ver.
Foto e legenda do jornal Le Monde de 13/02/11, página 22

Nascido, criado e residente numa cidade conhecida pela propensão dos seus habitantes para o "penacho", andei anos e anos à procura da origem histórica de tal tendência. Até que finalmente acabei por ter sorte. Aqui temos o único e autêntico penacho, actualmente exposto no museu de Viena de Áustria. Comprado em 1590 pelo arquiduque Fernando II do Tirol, esteve armazenado nas reservas do referido museu até há poucos anos. Pensava-se que era o penacho protocolar do último rei azteca Montezuma, (antepassado dos mexicanos), de quem descende o nosso conterrâneo e amigo Alfredo Montezuma Carvalho dos Santos, filho dos donos da antiga Sapataria Benjamim, na Corredoura, onde funciona agora a Tabacaria Discal. Entretanto chegou-se à conclusão de que se trata afinal de ornamento litúrgico de um sacerdote azteca. O único que chegou aos nossos dias. Assim já se percebe melhor porque é que tantos tomarenses gostam do penacho...

5 comentários:

Funiculin disse...

Sobre o Hotel-Mijatório está bem patente o espelho da cara sem vergonha da vereadora (com letra minúscula)responsável. Há mais de 4anos que está por ali aquela vergonha. Políticos desta urbe tenham vergonha na vossa cara daquilo que se vê ali diariamente. Mas que grande CAMBADA de...

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

A decadência de um “velho” líder comunista
Esquecido durante anos de liderança dos grupos trotskistas Francisco Louçã emerge com a criação do Bloco de Esquerda, uma marcada branca ideológica onde o esquecimento de ódios antigos juntou num único galheteiro os admiradores de Leon Trotsky e os apoiantes de Ramóm Mercader que a mando de Estaline matou o líder da quarta internacional à machadas.

Os restos dos movimentos “ML” e os trotskistas transvestiram-se em esquerda moderna, umas caras bonitas, uma geração de jovens jornalistas e um Durão Barroso que elegeu Louçã como líder da oposição para desvalorizar o PS fizeram o resto, o bloco subiu nas sondagens. A extrema-esquerda conseguiu algo que nunca imaginara, ultrapassar o velho PCP nas eleições, ser um dos partidos com mais tempo de antena nas televisões, ter a ajuda de Manuel Alegre para dividir os partidos de esquerda e colocar Francisco Louçã à frente dos outros líderes partidários nas sondagens de opinião.

Aos poucos foi-se construindo um novo líder comunista ainda que disfarçado de esquerda moderna, promoveu o culto da personalidade, a imagem do líder super inteligente, do demolidor de adversários nos debates televisivos. Nos debates parlamentares Louçã tinha sempre uma rasteira na manga, uma piada nova que as televisões repetiam até à exaustão. Começou a parecer um novo Louçã, um político que já falava em poder, que prometia ao jornal Expresso que nunca iria usar a gravata.

O grande líder comunista tinha nascido, o líder de inteligência superior, o líder que desfazia os adversários, o líder superior. As caras bonitas foram desaparecendo, as que ousaram discordar ou não o apoiar na candidatura presidencial foram saneadas, as piadolas começaram a dar lugar a propostas de nacionalizações, o grande objectivo político passou a ser a destruição do PS, nem que para isso tivesse de se servir de Manuel Alegre, um político que rivalizava com ele em vaidade mas não em inteligência.

Mas chegam as eleições legislativas e o líder invencível chou que era o momento de ir mais longe nas propostas, era o momento de derrotar claramente o PCP e começou a endurecer o discurso, já defendia abertamente velhas soluções comunistas como nacionalizações mais ou menos generalizadas. Animado pela aliança com Manuel Alegre esperava derrotar Sócrates, mas teve azar, frente às câmaras de televisão o brilhante trotskista foi derrotado, banalizado e humilhado, uma ofensa que nunca perdoará a José Sócrates, uma mancha inaceitável para qualquer líder comunista que se preze.

Louçã começa a entrar em decadência, deixa de ter graça, As mulheres bonitas que atraiam os jovens para o BE e que ofuscavam a imagem do glorioso líder deram lugar a umas senhoras mais próprias do estereotipo das grandes mulheres comunistas, mais pesadornas, com pêlo no sovaco e baixotas, mais empenhadas em rivalizar com o empenho político de Ana Avoila do que com a beleza de Claudia Schiffer. Louçã passou a ser a estrela única, em vez de se rodear de jovens para quem todos olhavam pouco importando o que diziam, passou a rodear-se de gente feia e monocórdica, incapaz de ofuscar o brilho do glorioso líder.

Mas Louçã não consegue suportr a mancha que representa na sua carreira a derrota no debate televisivo com Sócrates e mais do que qualquer outro objectivo o que o norteia agora é o ódio ao primeiro-ministro, não desistirá enquanto não conseguir exibir a sua cabeça.

Unknown disse...

Para comentador das 20:34

O que você fez, se calhar sem maldade e com a melhor das intenções, é muito feito e condenável. Chama-se plágio e consiste em roubar textos alheios com o intuito de fazer crer que são seus. Para a próxima, aqui fica já o aviso: ou indica a fonte, neste caso "Blogue O Jumento", ou o comentário não será publicado. Ficamos entendidos?

Anónimo disse...

Ó Prof. Rebelo o texto é do Jumento e só uma falha própria de um fraco conhecedeor destas coisas é que "retirou" a fonte.

Não se tratou de plágio, longe de mim tal ideia, fique ciente! tratou-se de dar a conhecer aqui um texto muito bem elaborado para conhecimento.