sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

ERA FATAL... UMA VEZ MAIS


Recortes do semanário O RIBATEJO, 25/02/11, página 12

1 - Procurando sufocar antecipadamente os habituais comentários, desde já esclareço que nada tenho de pessoal contra a JSD ou contra os políticos em geral, ou contra os santarenos e os nabantinos em particular. O que não me inibe em termos de cidadania, nem limita a minha liberdade de crítica. Era o que faltava!
2 - Na realidade até tenho admiração por todos aqueles que, como agora acontece com os "jotas" escalabitanos, assumem o dever cívico de participar activamente na vida da comunidade, defendendo os interesses colectivos respectivos. 
3 - Somos todos portugueses, existindo porém uma pequena nuance, que faz toda a diferença neste caso. Os autores da proposta assumem-se como ribatejanos, coisa que eu nunca fui, não sou nem serei. Nasci e fui criado em Tomar. Sou portanto tomarense e continuo a ter muito orgulho nisso, apesar de tudo.
4 - Desde que, na segunda metade do século XIX, sendo Santarém uma simples vila, conseguiram por compadrio (nomeadamente graças ao empenhamento de Passos Manuel) ascender a capital de província e de distrito, em detrimento de Tomar, nessa altura a única cidade da região havia mais 20 anos, os santarenos nunca mais deixaram de ter afigurações, o que os tem conduzido a comportamentos políticos nada amistosos em relação aos nabantinos. Basta recordar a lamentável campanha anti-Tomar, que impediu a instalação e funcionamento no vale do Nabão do primeiro Instituto Politécnico do Ribatejo, criado ao mesmo tempo que o da Covilhã, hoje Universidade da Beira Interior. Ou o trabalho de sapa que culminou há relativamente pouco tempo com a extinção da Comissão Regional de Turismo dos Templários, agora dependente da Entidade de Lisboa e Vale do Tejo, como não podia deixar de ser, pois era isso que se pretendia, sediada em Santarém e presidida por um ex-autarca de Alpiarça. Duas terras de muito turismo, como é sabido.
5 - Esta peça d'O RIBATEJO representa a abertura das hostilidades, tendo em vista desta vez colocar o Politécnico tomarense sob a tutela do de Santarém, da qual conseguiu ver-se livre há alguns anos atrás. Além da argumentação assaz peculiar, como aquele verdadeiro achado que é o facto de um estudante em Tomar ficar mais caro aos contribuintes do que em Santarém, até o título é capcioso. Porque não se trata nada de fusão. Apenas de mera absorção por Santarém. O futuro título da coisa -Universidade do Ribatejo- a faculdade de medicina em Santarém, apesar de por aqui haver três hospitais bem equipados, mas muito mais carenciados em termos de recursos humanos, mostra bem que se trata da velha artimanha "gato escondido com o rabo de fora". E "Venha a nós o vosso reino, seja feita a a vossa vontade", na sequência da criação do bispado, após mais de oito séculos do Isento de Tomar...
6 - Por tudo o que antecede, sendo certo que mais cedo que tarde Santarém deixará de ser capital de distrito ou do que quer que seja, desde já declaro que farei tudo o que estiver ao meu alcance, no sentido de:  A - Acabar com a Entidade de Turismo sediada em Santarém, por se tratar de manifesta aberração; B - Acabar com o distrito de Santarém e com a pertença de Tomar ao Ribatejo; C - Apoiar a criação da Universidade do Médio Tejo, a repartir entre as cidades da região; D - Contestar qualquer tentativa de absorção do IPT que não seja a integração na supracitada UMT. Para que conste!
7 - A palavra aos tomarenses, aos torrejanos, aos abrantinos, aos oureenses...

5 comentários:

Anónimo disse...

Estamos perante uma situação como a de termos três hospitais num triângulo de 30 quilómetros. Vale a pena? Não teria sido mais inteligente, eficaz e mais barato construir apenas um próximo do nó do IC3 de ligação à A23?
Desgraçadamente continuamos a ter um país de 'chefes' gastador e pouco produtivo...

Anónimo disse...

Tomar tem que ser o pólo do Ribatejo. Somos muito melhores que os scalabitanos.

Temos que ser nós a ter turismo. Ensino. Hospitais.

SANTARÉM, BUHH

Cavalo de Pau disse...

Claro basta ver a qualidade dos nossos doutores que ali dão aulas. Vejam o currículo deles e as provas académicas dadas. Se oa alunos e os pais soubessem que a maioria dos que os ensinam os seus filhos, são uns licenciados da tanga e ... BRONCOS ATÉ DIZER CHEGA

Anónimo disse...

Pirou de vez!

"Mudem de rumo, mudem de rumo, já lá vem outro carreiro"

Como se o problema de Tomar ou de Santarém fosse a existencia de um ou dois politecnicos, de uma ou duas regiões de Turismo.

São mais consequências do desenvolvimento económico que existe nas suas regiões.
Basta comparar com a região de Leiria ou das Caldas da Rainha.

Anónimo disse...

O Ribatejo não existe. É mais um estado de espírito alimentado pela lezíria dos filmes da velha senhora, com planícies e campinos.
Tomar nunca poderá Ribatejana. Na confluência das Beiras (Baixa, Interior e Litoral) e do médio Tejo, Tomar só perde se apostar numa postura marginal, ou de fronteira. Tomar tem que ser o centro de um espaço físico progressista.
AA