domingo, 6 de fevereiro de 2011

A CAMINHO DO PRÉMIO NOBEL?


Neste agreste clima social em que somos forçados a viver, há factos que aquecem o coração e dão ânimo para continuar com humildade a pugnar por um futuro melhor para nós todos. Este, por exemplo. 
Após Fernando Pessoa e José Saramago, a grande moda literária em França é agora Lobo Antunes. Na edição da passada 6ª feira, o Le Monde dedicou a primeira página do seu suplemento semanal "O mundo dos livros" - a "bíblia" dos intelectuais parisienses e franceses- ao autor de "O meu nome é legião", anunciando ao mesmo tempo que  a partir de Março próximo haverá na capital francesa representações teatrais de obras do mesmo escritor. Esta consagração, que muitos interpretam como uma ajuda importantíssima na caminhada triunfal rumo ao Nobel da literatura, é ao mesmo tempo um justo reconhecimento da pujança narrativa de Lobo Antunes e uma homenagem a um grande povo -nós todos. Muito numerosos em França, (mais de 700 mil), sobretudo na zona de Paris, os nossos compatriotas idos daqui com as malas de cartão, o coração apertado e cabeça cheia de coragem e de esperança, rumo ao então existente bairro da lata de Champigny sur Marne, singraram na vida pelo seu trabalho. Prosperaram, integraram-se na acolhedora sociedade gaulesa, sem nunca renegarem as suas raízes. Os seus filhos souberam em geral aproveitar as facilidades concedidas por uma sociedade socialmente mais avançada do que a nossa. São hoje médicos, engenheiros, altos funcionários da República, empresários, arquitectos, jornalistas, etc, mantendo sempre a dupla nacionalidade e a língua de Camões como elo de ligação aos antepassados, à família lusitana e ao solo pátrio.
 Reconhecendo em público o sucesso dos emigrantes portugueses em França, o governo francês cita frequentemente a comunidade luso-francesa como um exemplo a imitar por outros grupos étnicos bem mais problemáticos. E o governo Sarkozy escolheu até uma maneira bem elegante de nos homenagear como povo europeu sério e laborioso -Tanto o embaixador de França em Lisboa como a cônsul francesa no Porto são franceses lusodescendentes, que tal como nós falam a língua de Camões, Vieira e Pessoa, justamente quem proclamou "A minha pátria é a língua portuguesa".

2 comentários:

Anónimo disse...

Nunca com o voto do labrosta...

Anónimo disse...

Labrosta, poe-te a pau! Se o "man" for premio Nobel t'as feito! Vem ca a Tomar e desafia-te a chamr-lhe os mesmos nomes que lhe chamaste da outra vez! E olha que apesar de velho e gasto ainda eh homem para te dar um par de sopapos.