segunda-feira, 18 de julho de 2011

Deixem-se de sacudir a água do capote!

A tendência é bem antiga e por isso bem conhecida: quando algo corre mal, deve-se designar logo um ou vários culpados. O ou os bodes expiatórios. A recente edição da Festa Grande Tomarense, não conseguiu uma vez mais fugir à regra. Conforme meses antes havia sido previsto, correu tudo muito bem. Houve, contudo, "casos" que continuam por explicar ao eleitores. Sobretudo quatro, a saber: 1 -  A bronca com os vendedores ambulantes instalados no parque de estacionamento  dito de Santa Iria; 2 - As múltiplas queixas dos visitantes a respeito dos locais para estacionar e respectivos preços; 3 -Os acessos pedonais terceiro-mundistas ao Convento 4 - A "indecente " prestação em directo da TVI.
Por questões de higiene mental, fico-me pela emissão televisiva, que tudo indica ser agora o grande tema de conversa e de indignado protesto, pelo menos a nível citadino. Além de que, não só nos quatro temas supra-mencionados, mas também em muitos outros, a situação me parece por assim dizer idêntica. Ninguém aceita assumir responsabilidades. A culpa é sempre da outra parte, quando não acaba por morrer solteira. E no entanto...
Ligado por um acordo de cavalheiros, abstive-me durante meses de abordar questões relacionadas com a Festa dos Tabuleiros. Esse convénio terminado, uma vez que os festejos já foram, chegou o momento de publicar a minha opinião. Enquanto organização amadora, improvisada, à mercê dos acasos, a festa já morreu. Era um desfecho que há muito previ, mas que foi singularmente acelerado pela agreste crise que sofremos e vamos continuar a sofrer durante pelo menos mais 3 ou 4 anos, na melhor das hipóteses. Isto porque, doravante, a autarquia não voltará a ter qualquer hipótese de disponibilizar directa ou indirectamente recursos humanos, materiais e monetários da ordem das centenas de milhares de euros, sem qualquer retorno negociável, salvo se sacrificar a sempre útil prudência.
Nestas condições, a haver novas edições da festa, terão de ser enquadradas num figurino organizativo que o actual elenco autárquico nem sequer imagina. De forma a evitar a crónica ocorrência das tais "broncas". Em tempos, houve um diferendo com a RTP, que deixou marcas profundas. Tão profundas que ainda hoje os seus profissionais fazem os possíveis para evitar Tomar, só cá vindo quando de todo em todo não conseguem escapulir-se. Agora, temos outro contencioso com a TVI, tal como o anterior ocasionado pela "moléstia tomarense" -a total ausência de profissionalismo, de empenhamento, de brio, de liderança, de estruturas adequadas, de cadeia de comando, de "plano de operações" adequado.
No lamentável episódio TVI, embora todos os responsáveis procurem fechar-se em copas, parece evidente que não terá havido uma negociação prévia minimamente séria, nem uma clara definição das obrigações de cada uma das partes, nem um "caderno de encargos" unívoco e vinculativo, nem sequer um documento assinado. Tudo por manifesta falta de liderança e de saber fazer.
Conseguiu-se assim o mais difícil. Quando à partida não era a Festa Grande que precisava da transmissão da TVI, mas exactamente o oposto, a canhestra e usual falta de habilidade negocial inverteu os termos ao quebrado. Os senhores da TVI fizeram o que quiseram, onde quiseram, quando quiseram e como quiseram, uma vez que não tinham assumido antes qualquer compromisso, salvo talvez um cachet ainda por conhecer. É por isso importante e urgente, no meu entender, que tanto os senhores autarcas, como os membros da comissão da festa, como os mentores de uns e de outros se deixem de fingir, de sacudir a água do capote, assumindo as suas responsabilidades, tanto neste como em todos os outros tristes episódios do nosso cada vez mais acentuado descalabro económico. Afinal as próximas autárquicas são já ali adiante e nessa altura a situação será bem mais grave.
Ao assumir funções como chefe de governo, durante a segunda guerra mundial, Churchill prometeu aos britânicos "sangue, suor e lágrimas". E a Inglaterra foi dos países vencedores daquele conflito. Parece-me que vai sendo tempo de alguém ter a coragem de prometer aos tomarenses penúria, miséria, lágrimas e suor, e de agir em consonância. Porque é exactamente aquilo que nos espera. Quer queiramos, quer não. Quer me alcunhem de má-língua, de profeta da desgraça ou de iluminado. É só ir aguardando...

10 comentários:

Anónimo disse...

Vossa excelência pirou-se daqui para fora durante a Festa dos Tabuleiros e agora vem criticar a mesma e a sua organização e planeamento ?

Ganhe mas é juízo. Já tem idade para isso...

Paulo Grácio.

Anónimo disse...

Pimenta no cú do parceiro é refresco!!!!

O Rebelão pirou-se numa boa para a Europa civilizada e agora vem com bocas foleiras!

Aliás fazer o totoloto depois de sairem os números é uma maravilha!!!!

Fale de outras coisas mais sérias Rebelo!!!!

Anónimo disse...

Como é que uma pessoa como esta não é aproveitada para a organização de eventos mesmo há distancia consegue criticar daquilo que nem viu nem em nada contribuiu para o sucesso que foi a festa.
Povo de Tomar vamos eleger este Homem para Mordomo da próxima festa.
Mas depois quero ver quem é voluntário a ajudar na organização com um Homem de um saber nunca visto.
MS

Anónimo disse...

O sr. Rebelo, que até é esquivo relativamente à Festa dos Tabuleiros, vem agora arengar sobre a mesma.

Sr Rebelo, se tivesse uma ponta de vergonha nessa cara calava-se muito bem caladinho e dedicava o seu precioso tempinho que lhe resta às vetustas pedras nabantinas e às ervas daninhas que por cá proliferam.

Se ao menos o senhor tivesse dado algum do seu esforço à Festa dos Tabuleiros ainda se lhe poderiam admitir opiniões, mas como o senhor até escolheu a semana da festa para veranear pela Bélgica, facto de que até fez questão de alardear à fartazana aqui no seu quintal, teria ficado melhor na fotografia se sobre o assunto prmanecesse mudo e quedo.

Já agora, para terminar e a propósito da sua maravilhosa viagem por território flamengo e valão, sabe a história que se conta sobre as 4 estátuas que se encontram alcandoradas em quatro edifícios na Grand Place de Bruxelas, formando um losango quase perfeito? Não? se calhar nem reparou nelas...
É que diz-se que quem vai a Bruxelas e não fica a conhecer essa história não visitou verdadeiramente a Bélgica...

Passe bem!

Funiculin disse...

São 3 a dizer que o responsável deste Blogue está a criticar sem cá estar.
E para que serve a Internet que poderá ser utilizada em qualquer parte do Mundo?
Esqueceram-se deste pormenor?
E as pessoas amigas que por cá ficaram, não poderão falar com o Dr. Rebelo sobre o que aconteceu?
Será que ele escreveu até agora alguma mentira?
Não gostam mesmo dele, mas porque será?
Será que a inveja mostra a incompetência destes três "sábios escritores"?

Anónimo disse...

Este é o homem que Tomar precisa! Está encontrada a solução para a crise Tomarense... Rebelo ao poder!Grande Rebelo!Viva o Rebelo!Rebelo forever!

JOÃO DOS SANTOS disse...

Não se trata de se ter pirado ou não pirado, e agora criticar. É do domínio público que João Vital é um carregador de pianos, um mordomo que dá muito jeito por deixar fazer ao alguns membros da comissão o que querem, ou seja não há um mordomo, há n mandantes. Faz algum sentido ter fechado a cidade tão cedo e haver lugares com fartura por toda a cidade. Mandar autocarros a ficar em Santa Cita, cobrar elevados valores pelo parqueamento que agora em vez de funcionários da Câmara são uma equipa que um tal senhor reformado da Câmara controla, bem como os preços do terrado, continuando a fazer parte da tal pseudo comissão de mercados e feiras? Não há interesses nisso.
O prof. Rebelo toca nas feridas e no ponto certo e deixem-se de tradições e mordomos que a festa necessita de uma Comissão profissional, ou departamento que faça feiras, festas e outras iniciativas. Vejam o caso de Óbidos. O tempo do amadorismo e do Nini ferreira já lá vai. A Festa continua receber e mal turistas de garrafão e as agências de viagens não mandam turistas pois não há condições a todos os níveis. Quem está a organizar a Festa ou organizou nunca viu outras grandes festas. Há demasiados iluminados em Tomar que já deram o que tinham a dar.
Porque razão este modelo de festa interessa a muito boa gente?
Porque razão já há guerra pelo lugar de próximo mordomo?
Porque razão o Turismo de Portugal não financiou a festa?
Porque razão os programas de apoio oficiais não se interessam pelo invento (CREN)
Agora dorme tudo na forma à sombra de meio milhão de pessoas mas não viram onde falharam, o que está bem e está mal.
Será bom e bonito as Juntas dos meios rurais que fartas que estão de ser mandadas deixem de apoiar o evento, pois a Comissão Central pouco faz que não seja dar cartões a amigos, convidar ilustres, almoçaradas, agora coreografais no final de cortejos ( vejam vídeos do face book) e esperam que os moradores enfeitem as ruas, os parvalhões da aldeia tragam tabuleiros e jogos populares, a Câmara faça o resto e eles os sempre os mesmos andam por ali a mostrar-se se calhar a tirar dividendos políticos e outros, pois alguns há mais de 50 anos que não largam

João Santos, nascido em Tomar e que tem vergonha desta gente
Rua do telégrafo


Força Revelo dei-lhes com força já que os jornais de Tomar não podem.

JOÃO DOS SANTOS disse...

Não se trata de se ter pirado ou não pirado, e agora criticar. É do domínio público que João Vital é um carregador de pianos, um mordomo que dá muito jeito por deixar fazer ao alguns membros da comissão o que querem, ou seja não há um mordomo, há n mandantes. Faz algum sentido ter fechado a cidade tão cedo e haver lugares com fartura por toda a cidade. Mandar autocarros a ficar em Santa Cita, cobrar elevados valores pelo parqueamento que agora em vez de funcionários da Câmara são uma equipa que um tal senhor reformado da Câmara controla, bem como os preços do terrado, continuando a fazer parte da tal pseudo comissão de mercados e feiras? Não há interesses nisso.
O prof. Rebelo toca nas feridas e no ponto certo e deixem-se de tradições e mordomos que a festa necessita de uma Comissão profissional, ou departamento que faça feiras, festas e outras iniciativas. Vejam o caso de Óbidos. O tempo do amadorismo e do Nini ferreira já lá vai. A Festa continua receber e mal turistas de garrafão e as agências de viagens não mandam turistas pois não há condições a todos os níveis. Quem está a organizar a Festa ou organizou nunca viu outras grandes festas. Há demasiados iluminados em Tomar que já deram o que tinham a dar.
Porque razão este modelo de festa interessa a muito boa gente?
Porque razão já há guerra pelo lugar de próximo mordomo?
Porque razão o Turismo de Portugal não financiou a festa?
Porque razão os programas de apoio oficiais não se interessam pelo invento (CREN)
Agora dorme tudo na forma à sombra de meio milhão de pessoas mas não viram onde falharam, o que está bem e está mal.
Será bom e bonito as Juntas dos meios rurais que fartas que estão de ser mandadas deixem de apoiar o evento, pois a Comissão Central pouco faz que não seja dar cartões a amigos, convidar ilustres, almoçaradas, agora coreografais no final de cortejos ( vejam vídeos do face book) e esperam que os moradores enfeitem as ruas, os parvalhões da aldeia tragam tabuleiros e jogos populares, a Câmara faça o resto e eles os sempre os mesmos andam por ali a mostrar-se se calhar a tirar dividendos políticos e outros, pois alguns há mais de 50 anos que não largam

João Santos, nascido em Tomar e que tem vergonha desta gente
Rua do telégrafo


Força Revelo dei-lhes com força já que os jornais de Tomar não podem.

Anónimo disse...

A guerra da TVI. A guerra da TVI. Vejam quem fez o negócio. O negócio partiu da Câmara e de uma assessora avençada
Investiguem

Há qui GATO

Jacinto de Valdonas disse...

Os passeios de tintol+ bailarico+ votos nas pro´xiams eleições mesmo sem autocarro d acamara aí est~~ao.
Nesta semana, 8 autocarros fretados- cerca de 400 pessoas da Junta mais rica do distrito e que mnos obras faz na freguesia e que não tem vergonha de no bairro 1º de Maio - Bacelos haver esgotos a céu aberto e estradas de merda como alguns troços em Palaceiros gastou dos dinheiros públcios o seguinte

400 pessoas x 18,00 na Quinta Boubã = 7200,00 + 8 autocarros x 500,00 = 4000,00 Total 11.200,00 ou seja menos do que um euro a cada morador recenseado

Afinal onde está contenção de despesas?