sábado, 30 de julho de 2011

Mais ilustrações de fim de semana...





Mais um percurso pedestre até ao Convento, aproveitando o descanso dos trabalhadores. Tudo na mesma como a lesma. Excepto um pequeno melhoramento: já há passagem para peões, na Calçada de S. Tiago e na dos Cavaleiros. Quanto ao resto, a preocupação do costume. A Calçada de S. Tiago, que devia ser prioritária por razões evidentes, continua como sempre esteve -uma miséria. As obras lá continuam, no meu entender pouco ou nada adequadas ao local. Paredões altíssimos para um parque de estacionamento de...20 automóveis, não lembrava a ninguém, mas lembrou aos projectistas. Porque terá sido? Para facilitar a vida aos turistas; não se está mesmo a ver?!
E aquele muro de suporte quase no meio da estrada, não está uma maravilha?! Podiam ter terraplanado a pequena encosta, mas não era a mesma coisa. E ficava mais barato...


Entretanto, cá em baixo, no pomposamente designado "Núcleo Histórico", após anos e anos de reclamações, sugestões, alvitres e pedidos, lá acabou por aparecer um pequeno painel de sinalização na extremidade poente da Rua Joaquim Jacinto. Está incompleto, faltando-lhe a indicação da distância e a de percurso para peões, mas mesmo assim já é um avanço -enorme e que se saúda com alegria- numa terra em que a maior parte dos habitantes, incluindo alguns autarcas, preferem morrer de sede ao lado de uma fonte, só para não terem a maçada de virar a cabeça.

PÚBLICO - FUGAS, 30/07/2011, página 4

Pela mesma altura, a menos de 50 quilómetros daqui, os leirienses já perceberam que com obras espalhafatosas e de utilidade duvidosa não se vai a lado nenhum. Que o essencial não é atrair turistas, mas agir de modo a que gastem o mais possível. Que com ou sem crise, o tempo das vacas gordas já lá vai e não volta, pelo que é urgente e indispensável criar riqueza. E poupar o mais possível.
Aqui em Tomar continuamos a insistir em iniciativas que só dão prejuízo, tipo Estátuas Vivas e Congresso da Sopa. Com a agravante de que quem critica é logo apodado de má-língua e de profeta da desgraça, quando não pior.
Nas próximas autárquicas logo veremos quem tem razão. Mas entrementes ainda faltam muitos meses de cada vez maior penúria e angústia, para quem vive do seu trabalho. Infelizmente.

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