quarta-feira, 15 de maio de 2013

Autárquicas em Tomar


É só fumaça...

Há factos políticos que são como aquele algodão do anúncio -não enganam. A cinco meses das próximas autárquicas, as diversas formações política tomarenses lá vão penosamente apresentando às pinguinhas os seus candidatos. Agora um, para a semana outro, lá mais para diante outro ainda. Uma tragédia. Pela primeira vez desde o 25 de Abril, há mais lugares do que candidatos. O que se percebe, pois o que está para vir poderá ser tudo menos convidativo.
Para além das três figuras de topo da troika nabantina, que pelos jeitos não convencem ninguém, nem sequer os militantes das suas próprias hostes, avançou a CDU com Bruno Graça. Como há quatro anos. Ao que me foi dito, na apresentação estavam cerca de 25 pessoas. Uma pobreza franciscana, dado que a principal qualidade das formações lideradas pelo PCP é justamente a sua reconhecida capacidade de mobilização. Pois aqui em Tomar nem isso. E as instâncias regionais e nacionais do partido estão ao corrente de tal problema. Tanto assim que na mesa da sessão de apresentação do programa da candidatura de Bruno Graça -um tomarense íntegro e com obra feita, mas  acusado por quem com ele já trabalhou de ser "um bocadinho ditador"- não estava nenhum dirigente regional ou nacional do PCP nem do PEV, o que diz tudo.
Paralelamente, sucedem-se as negas de cidadãos pressentidos para participar nas diversas listas. Após o socialista Hugo Cristóvão, que passou a liderança local do partido a Anabela Freitas em tempo oportuno, Luís Boavida e Celeste Sousa, ambos falados para o PSD, desmentiram prontamente tal hipótese. O que se compreende. Se nem António Paiva quis Carrão como sucessor, o que o levou a ir buscar o independente Corvêlo de Sousa, com o resultado agora do conhecimento geral, fácil é concluir que a tarefa de João Tenreiro e companhia é bem espinhosa.
Como de resto as de Anabela Freitas e Pedro Marques. Qualquer que venha a ser o resultado em Outubro próximo, dado que forçosamente terá de haver um vencedor, Tomar perde de qualquer maneira mais uma oportunidade soberana para mudar de caminho. E para os vencidos terminará a respectiva carreira política. O que é pena, visto que ainda são jovens. Afinal, sempre é como reza o ditado popular: "Se a juventude soubesse ou a velhice pudesse, o mundo seria outro." 
E assim vamos, de derrota em derrota, até à derrota final, quando já não restar mais nada para perder.

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