segunda-feira, 20 de maio de 2013

Pobre Casa Grande da Ordem - 2

Pobre Casa Grande da Ordem! As trapalhadas são tantas que uma pessoa nem sabe por que ponta começar. Vamos pelos acessos.


Para quem chega de autocarro, desce no pequeno largo a poente do Pátio dos Carrascos. Começa então o calvário. O longo caminho até à Porta de S. Tiago, a nascente faz-se por uma espécie de manga para animais, encostada à fachada norte do monumento. Ao lado, o panorama é este. A foto foi tirada ontem à tarde.


Alcançada a Porta de S. Tiago, ultrapassada a do Sol, percorrido o jardim de entrada e galgadas as escadas monumentais (percurso nada evidente para quem chega pela primeira vez), normalmente a entrada devia ser por este portal manuelino, o Portal da Virgem, por onde se fez durante séculos. Mas não!


Antes de chegar ao referido portal há uma indicação (à esquerda na foto) apontando para norte.


Os visitantes lá vão...


...acabando por percorrer esta via, onde não cabem obesos, nem carrinhos de bébé, nem cadeiras de rodas. Só depois ficarão a saber que a entrada custa seis euros, e permite depois andar ao Deus dará, perdido dentro do monumento, visto que não há visitas guiadas. Só mediante marcação prévia (o que como se calcula é muito prático para turistas individuais, posto que só aceitam grupos) "consoante a disponibilidade do serviço." 
Se não estão mesmo a gozar com as pessoas, imitam muito bem.


Concluída a "visita", após algumas tentativas infrutíferas, lá se consegue alcançar esta porta de saída, na fachada norte do monumento, entre o claustro da Micha e o da Hospedaria. Curiosamente, só então se fica a saber, caso interesse, que esta saída é também a entrada para cadeiras de rodas, conforme indicação do lado direito da foto. Para quem a consiga ver!


Já cá fora vê-se então esta  indicação, tornada necessária pelas obras de Santa Engrácia, que já duram há mais de dois anos e ninguém sabe ainda quando vão acabar.

Se a tudo isto juntarmos uma directora intratável e ditadora, que abancou no próprio monumento, dele fazendo residência e umas dezenas de funcionários cuja principal categoria não decerto o apego ao trabalho, tudo leva a supor que, tal como sucede com os profissionais contactados, todos juram "Convento de Cristo?! Nunca mais!!!"

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