1 - Montijo/Alcochete, 2 - Sintra, 3 - Alverca, 4 - Monte Real, 5 - Tancos, 6 - Ota
Na sua edição de hoje, o EXPRESSO - ECONOMIA destaca uma vez mais os estudos em curso para a escolha de uma alternativa ao aeroporto da Portela. São duas páginas com texto e ilustrações. Segundo o secretário de Estado dos transportes, as opções mais prováveis serão Sintra ou Montijo. Sucede porém que ambos se situam na área de aterragem/descolagem da Portela, pelo que a sua autonomia seria muito limitada. Todos os presidentes de câmara se mostram muito interessados na futura base de companhias aéreas low-cost. A tal ponto que o autarca de Beja até já se deslocou a Dublin (Irlanda), para conferenciar com a administração da Ryan Air. Por seu lado, o presidente do executivo leiriense assegura que mantém contactos com um operador turístico europeu, tendo em vista a exploração da base de Monte Real. Na mesma linha, os autarcas de Sintra, Montijo, e Torres Vedras defendem cada qual a sua dama.
Neste clima de sadia compita, visando alcançar uma alavanca poderosa para o desenvolvimento turístico e económico regional, a ilustração elaborada por Tomar a dianteira mostra sem quaisquer dúvidas que a melhor escolha será Tancos, caso se pretenda em simultâneo beneficiar a faixa interior do país, descongestionar a Portela e descentralizar o transporte aéreo de baixo preço, seguindo o exemplo do que já foi feito por essa Europa fora. Em toda as capitais onde houve descentralização, optou-se por aeroportos situados entre 50 e 90 quilómetros, bem servidos por estrada e, se possível, por caminho de ferro. No caso de Paris, por exemplo, o aeroporto alternativo é em Beauvais, a 80 quilómetros = 50 minutos de autocarro. Apesar de haver três aeroportos na zona parisiense: Orly, Le Bourget e Charles De Gaulle.
Com toda esta agitação, espanta constatar que a Comunidade do Médio Tejo parece continuar de férias, uma vez que nem o seu presidente nem qualquer dos seus membros se mostrou até agora interessado na problemática da base operacional de voos de baixo custo. Nem sequer ousam tomar parte na disputa. Isto para não mencionar a relativa e acanaviada maioria tomarense, cujas preocupações com a própria sobrevivência política lhes não deixam tempo livre para tratar de qualquer outra temática. Primeiro o ganha-pão; depois logo se verá. Salvo mais fundamentada opinião, ainda não são cadáveres políticos, mas é já como se. Triste sina nabantina! O que nos havia de calhar! Nem coisam, nem saem de cima!
1 comentário:
Meu Caro Professor,
Por concordar com este seu post - algo que nem sempre acontece - decidi aborrecê-lo com este meu comentário. Há tempos, numa viagem trans-continental este foi um dos temas de conversa ao melhor estilo "mata-tempo", com o passageiro do lado, pessoa conhecedora do tema.
Resumidamente, e postas de lado pertinentes questões de corredores aéreos, problemas de aproximação à pista actual, utilização de instalações militares, etc, a hipótese Tancos seria sempre uma boa 2.ª hipótese (sempre melhor que Beja) se, e digo se, houvesse uma estratégia conjunta de defesa desta "dama". Algo que os representantes do Médio Tejo nunca sequer chegaram a colocar como ténue hipótese. Ou seja, pura e simplesmente não é assunto prioritário!
Mais, quase de certeza a escolha será Montijo/Alcochete. Pelas razões conhecidas e outras nem tanto.
Dito isto, gostaria de lhe lançar um desafio - tente descobrir junto das suas "fontes" quais são actualmente os objectivos / projectos / candidaturas comuns dos municípios que integram o Medio Tejo. No fundo, o que andam a fazer em conjunto... Informação para o exterior é quase inexistente... interlocutores válidos não conheço muitos... Bem, a brincar, às vezes interrogo-me para que existe então esta Comunidade? A recente trapalhada em torno dos hospitais; a ausência de sintonia de posições da parte dos autarcas, perante tão delicada matéria, foi mais um exemplo claro da confusão que por ali reina. É que não existindo estratégia, não sei porque reúnem com tanta frequência. Em última análise - para que servem!
ivosant@gmail.com
Nota - Professor - penso que não vale a pena identificar-me, foto, etc. Depois da nossa conversa na átrio do hotel e dos breves instantes na Rua de São João, este comentário reitera a minha preocupação com o actual estado de coisas. Abraço. Ivo Santos
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