Esta semana, a reforma em curso no CHMT continua a ser tema comum aos três semanários da região. Desta feita para destacar que foi antecipada a transferência dos doentes de Medicina Interna, que estava prevista só para Março. Referência igualmente para mais uma manifestação de protesto, marcada par as 8 da manhã do dia 14, data prevista para a transferência de camas da citada valência. Fosse devido à hora matinal, ao frio ou ao facto de a transferência se ter efectuado no dia anterior, os manifestantes foram poucos, segundo referem o Cidade de Tomar e o Templário. Ou será que os tomarenses acabaram finalmente por perceber que tudo o que tem de ser, tem muita força?
O outro grande tema vem n'O MIRANTE: A reunião mundana para entrega de galardões de "Personalidades do Ano", que hoje teve lugar no Cine-Teatro Paraíso. Estava até prevista uma concentração, convocada por SMS, contra uma das referidas personalidades, o presidente da AMT e ministro adjunto dos assuntos parlamentares, Miguel Relvas. Havia presença discreta de forças de segurança e uma vintena de tomarenses a ver quem entrava. A viatura do ministro parou na Rua do Pé da Costa de Baixo, Relvas apeou-se e desceu a Rua do Teatro, acompanhado pelos seus assessores e pelo tomarense Duarte Nuno de Vasconcelos, antigo vereador da autarquia presidida por Amândio Murta. Quanto a protestos, apenas um sonoro "Vai mas é para Angola", gritado por uma jovem dama grávida.
No Cidade de Tomar há uma situação deveras curiosa, a merecer destaque e uma sonora gargalhada, à falta de melhor. Na primeira página pode ler-se "52 medidas de contenção/redução de despesas correntes CÂMARA COM PLANO DE AUSTERIDADE". Na página 4, ocupando dois terços da mesma, vem o desenvolvimento do tema, com foto a cores. A parte cómica vem na página 17, a cores, toda ocupada com o "Plano de austeridade do Município de Tomar", em publicidade paga. Segundo informações oportunamente recolhidas, O Templário também foi contemplado com o mesmo anúncio de página inteira, tal como O Mirante, para publicitar "Tomar cidade templária".
Temos assim que a gerência camarária julgou oportuno gastar esta semana à volta de 2 mil euros em publicidade = 400 ontos (que serão pagos quando houver disponibilidade, lá para daqui a ano e meio, ou mais), uma vez que acaba de anunciar 52 medidas de austeridade, do tipo "9. -Redução das despesas com publicidade". É preciso descaramento!
A comparação é pouco abonatória, porém inevitável: Faz lembrar aqueles alcoólicos que, como decidiram de novo deixar de beber, resolvem apanhar mais umas valentes pielas. Assim é que é!
O Templário traz esta semana muita e interessante leitura, com destaque para 4 páginas de humor e ironia, dedicadas ao Carnaval, coisa rara por estas bandas. Tudo devidamente compulsado, quero crer que qualquer tomarense "lido" identificará sem grande dificuldade o autor das chalaças. E da croniqueta "Tomar cidade florida, agora cidade carpida". E outras coisas em ida, acrescento eu! Com destaque para uma iniciada pela mesma consoante de fulano.
O outro destaque do Templário é sobre aquele triste caso do ancião que teve um problema cardíaco na Alameda Um de Março, a cem metros dos bombeiros, acabando por falecer porque o INEM é em Torres Novas e os bombeiros só podem intervir após aviso dessa estrutura, o que levou meia hora, dizem algumas testemunhas oculares; menos de 20 minutos, corrigem os bombeiros. Em todo o caso, é mais um exemplo do comportamento "estilo manuelino" das estruturas portuguesas. Estou certo que em qualquer outro país da Europa Ocidental, os bombeiros acudiriam imediatamente, por estarem mais próximos, comunicando depois ao INEM o sucedido. Infelizmente demasiado complicado para a mentalidade dos nossos técnicos. Afinal, é voz corrente que estamos num país onde a mais curta distância entre dois pontos nunca é uma recta. Não se nasce e cresce impunemente em Portugal.
A fechar, uma preocupação que por aí circula, nos chamados "meios geralmente bem informados": O actual director do Templário tenciona abandonar o jornal até ao próximo verão, pelo que se teme pela sua continuidade, sendo certo que o presente clima de grave crise não está mesmo nada para imprevistos e perigosos solavancos.
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