Numa recente sessão da AM, o senhor presidente Carlos Carrão alardeou despreocupação no que concerne ao passivo da autarquia. Segundo disse, a autarquia arrecadou 34 milhões em receitas e tem um passivo de 32,8 milhões de euros. Além de que as coisas podem muito bem não ser exactamente aquilo que foi apresentado, o CORREIO DA MANHÃ de hoje dá-lhes uma outra dimensão. Que vem a ser esta: a autarquia tomarense está entre as cinquenta que mais aumentaram a dívida entre 2009 e 2010 . Com um aumento superior a 12%, ocupa a pouco honrosa 36ª posição, entre os 308 municípios portugueses. No distrito de Santarém, só mais dois desgraçadinhos a acompanham - Cartaxo, terra de bom tintol, e Santarém que nunca foi bom exemplo para ninguém .
Doravante, a questão passa a ser esta: se em 2010, já em plena crise, os compromissos camarários nabantinos cresceram 12,4%, daí para cá como tem sido? É extremamente fácil elaborar uma listagem de medidas ditas de austeridade, mas extremamente difícil reduzir custos. Sobretudo numa autarquia agora presidida por um autarca que enquanto vereador sempre foi conhecido pelas suas liberalidades, entre as quais as célebres excursões comezaina/tintol/bailarico/palmadas nas costas, o que lhe valeu a alcunha de homem das farturas.
Uma vez que em 2012 não vai de certeza arrecadar 34 milhões de euros de receitas, nem coisa parecida, como tenciona vir a pagar a cada vez mais volumosa dívida de curto prazo a fornecedores? Com os fundos destinados aos ordenados dos funcionários? Ou com as verbas previstas para assegurar o atempado fornecimento de consumíveis? É tal a fama de caloteira da Câmara de Tomar, que vários fornecedores já "empolam" as facturas, como forma de se ressarcirem dos longos meses de espera. E os contribuintes a desembolsarem. Vamos por um lindo caminho vamos!
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