quinta-feira, 8 de março de 2012

Principais temas da semana na imprensa regional





O novo arrufo dos IpT é tema de primeira página no Cidade de Tomar, igualmente tratado nos outros dois semanários. O decano da imprensa local inicia a curta reportagem da conferência de imprensa do movimento liderado por Pedro Marques com uma frase categórica dos independentes: "Se não são capazes, se são incompetentes e não se demitem, nós estamos disponíveis para fazer com que se demitam." Ou vão assim ou vão assado, portanto. Mesmo estilo no Mirante, que titula "Independentes por Tomar admitem demissão em bloco com PS para permitir eleições intercalares". Já o Templário se mostra bem mais cauteloso. Com o título "Independentes criticam o "poder autocrático" do PSD", limita-se depois a  reproduzir uma frase de Pedro Marques, que diz muito mais do que aquilo que o seu autor imaginava ao usá-la: "Ou saem ou terá de haver uma postura dos outros movimentos e partidos."
Dado que o actual director do Templário foi durante alguns anos funcionário da autarquia, sob as ordens do então presidente Pedro Marques, não faltará quem interprete o estilo macio da notícia supra referida como um sinal de que podemos estar perante mais uma manobra de pura propaganda dos IpT, tendo em vista forçar a relativa maioria a negociar um acordo, mesmo informal, ou caso a caso. É com efeito pouco curial que o líder dos independentes tenha falado em "postura dos outros movimentos e partidos", quando todos sabem que só PSD, PS e IpT têm eleitos no executivo. Além de que, nestas coisas da política, quando não se trata apenas de propaganda barata, é costume seguir as normas democráticas. Primeiro debate-se com todas as partes e só depois se passa às conferências de imprensa, onde se dão a conhecer as exigências e as consequências, evitando chantagens sempre desagradáveis. De outro modo, praticamente só os convertidos é que ainda acreditam em heroicidades de última hora. Tanto mais que pelo menos dois eleitos de peso (Jorge Neves e Laura Rocha) não estiveram na mesa da conferência de imprensa, dando lugar a interrogações de alguns jornalistas presentes.
Outro tema importante da semana faz manchete no Templário: "Um milhão de euros pelo PDM abaixo". Trata-se de mais uma daquelas infelicidades impensáveis por essa Europa fora. Um pacato cidadão pretende investir na sua terra natal, criando postos de trabalho e rentabilizando terrenos que lhe pertencem, mas a toda poderosa burocracia camarária não deixa. A zona está classificada como "reserva ecológica" num PDM cozinhado à pressa e alinhavado a ponto largo há mais de 15 anos, que ainda ninguém conseguiu reformular desde então, apesar de abundarem os eleitos que já manifestaram tal intenção. É a guerra dos papéis naquilo que tem de mais nefasto e caricato. Um daqueles casos em que é nítido que em vez das leis servirem os cidadãos. são estes que estão ao serviço das leis. Se calhar, se estivéssemos geograficamente mais próximos de Lisboa, seria uma excelente oportunidade para mais um Freeport...
O terceiro assunto são as eleições internas no PSD/Tomar, com duas listas concorrentes, como é sabido. Não querendo tomar partido, é-se praticamente forçado a constatar que tanto o anterior como o actual presidente da autarquia foram por assim dizer "atirados pela borda fora", sendo que Carrão ou ainda não percebeu, ou simula muito bem. De qualquer modo, é voz corrente no microcosmo político local  que a relativa maioria já naufragou, continuando a manter a cabeça fora da água apenas graças ao colete salva-vidas dos IpT. Os tomarenses às vezes são implacáveis!

3 comentários:

alexandre leal disse...

Caro Professor

Proponho que o meu Amigo com o conhecimento que tem das venturas e desventuras do nosso concelho nos últimos 30 anos,aborde com o método e clareza que lhe são próprios,a forma com os diversos executivos trataram as diversas matérias.
Quando falar das razoes para o insucesso da nossa zona industrial,por exemplo,ou como se afugentaram potenciais investidores(e investigadores) terei muito gosto em contribuir para o esclarecimento das
populações.Com testemunhos felizmente ainda vivos.

alexandre leal disse...

Insisto Caro Professor!

Vamos fazer um levantamento sério e rigoroso do que nos trouxe até aqui!E propor soluções!
Contamos com o contributo de todos,incluindo os adeptos da CDU e BE que sempre jogaram por fora. Têm agora uma oportunidade de fazer qualquer coisa de útil pelo concelho, para além do blá -blá costumeiro.
E as forças politicas incluindo o programa unipessoal do Dr. P.Marques também são benvindas.Óbviamente.Mas não se esqueçam das soluçõezinhas se fazem o favor.Chega de demagogia e conversa da treta.
Quem não saltar e borregar...

Tomarense de gema disse...

Tomar deixou hà muito de ter peso e a influência de outros tempos.
Pergunto: porque será que na Nersant que supostamente será a principal associação empresarial da região, não existe na direção ningém de Tomar "Será que é aborrecido e dá muito trabalho"; depois em Tomar queixamo-nos que não existe investimento no concelho, pudera a referida associação está recheada de pessoas de Alcanena, Torres Novas e Ourém ...
Voltando á questão do Hospital, porque será que o Hospital que mais atendimento em Urgências fez, foi o que perdeu as referidas...
Porque será que um ministro que diz não ser ministro de uma terra, e diz não ter exercido cargo executivo no mesmo concelho, mas não se pode esquecer que é presidente do orgão deliberativo ou seja que supervisiona o referido orgão executivo desde 1998...
Tomar não pode perder mais tempo!!!