domingo, 11 de março de 2012

TÃO PERTO E TÃO LONGE...

É verdade! Tão perto na geografia, tão longe na economia e na política. Eles lá em cima e nós no fundo do poço. Mais fundo a cada dia que passa. Vivendo à superfície e numa sociedade urbana e arejada, alcançam naturalmente muito mais longe do que os rurais e canhestros políticos nabantinos. Basta meditar nestas frases para confirmar que assim é: "As utopias passaram. Andámos 20 anos para conquistar a câmara e quando a ganhámos, não temos dinheiro para fazer o que nos propusemos." Chama-se a isto realismo e franqueza, atributos que os ventos da fantasia, da ganância e do oportunismo há muito afastaram de Tomar.
Nas margens do Nabão, os autarcas também não têm dinheiro, mas resistem a admiti-lo em público, não vão os eleitores pedir-lhes contas. Tomar e Leiria, tão próximas e tão distantes em termos de mentalidades. Deve ser tabém por isso que nas margens do Lis nem sequer há uma unitária Comissão de Saúde da Assembleia Municipal para debitar enormidades. Mas também é verdade que o governo nunca tentou sequer retirar valências do Hospital de Leiria. Porque será? Não haverá em Tomar uma certa falta de arejamento de ideias? Um cada vez menos suportável cheiro a bafío?

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