quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Análise da imprensa regional de hoje


No que toca a Tomar, O MIRANTE noticia os incêndios e aproveita o caso da relva plástica aparada como se fosse natural para escarnecer, em "O Cartoon da notícia". No âmbito mais geral publica declarações menos comuns do padre Borga (irmão do ex-pároco de Tomar), com direito a foto na primeira página. Destaque para uma constatação desassombrada daquele sacerdote: "Há bispos que já não dão mais." Maneira polida de sustentar que já deram o que tinham a dar, pelo que se não justifica que continuem no activo. É a crise. Mesmo na Igreja católica, apostólica e romana, que tem dois milénios de experiência.


Além de quatro produções minhas, que me abstenho de qualificar por razões evidentes, CIDADE DE TOMAR destaca os incêndios e inclui uma interessante entrevista com o presidente da Junta de Freguesia da Serra. Diz o autarca que não concorda com a agregação de freguesias, nem com a limitação de mandatos. Exactamente a mesma linha da maioria dos portugueses: façam o que entenderem desde que não me toque a mim. Por isso estamos como estamos e vamos para onde vamos.

                                   

Nove páginas, nove, dedica O TEMPLÁRIO aos incêndios e aos bombeiros. Com boas fotografias, há que reconhecer. Aborda também a impressionante série de roubos em automóveis estacionados na margem tomarense do Agroal, bem como os javalis que destroem campos de milho, tal como adoram fazer alguns autarcas.
Na página 14, assinada por Alexandre Lopes, uma saborosa crónica, com um impressionante rol de bicharada, no sentido português do termo. Nada de conotações sexuais. Impressionante mesmo, porém com aquilo que me parece ser uma indesculpável omissão. O escrito não menciona as toupeiras, esses  bichinhos tão queridos, especialistas em actividades subterrâneas, apesar de congenitamente com pouca ou nenhuma visão. Ainda assim, são muito requisitados em qualquer parte do Mundo, com destaque para as grandes potências. Tanto os Estados Unidos como a Rússia ou a China, para já não falar na Inglaterra ou na França, têm ao seu serviço milhares de toupeiras, muitas vezes adormecidas, aguardando ordens.
Logicamente, apesar da pobreza franciscana dos nossos serviços de inteligência (?), também haverá por aí várias toupeiras, incluindo algumas por conta própria, escavando pacientemente galerias, através das quais um dia talvez, quem sabe?



Este título e a respectiva chamada de primeira página constituem apenas um aperitivo para o próximo escrito em Tomar a dianteira.  Eis um outro excerto da entrevista: "A câmara das Caldas funciona com três chefes de divisão e sem qualquer director de departamento. Conheço uma autarquia com metade da dimensão de Caldas da Rainha que tem 30 chefes de divisão. Se as pessoas soubessem os gastos supérfluos que há em algumas câmaras, com pessoas que não fazem nada, corriam com os presidentes dos gabinetes respectivos."

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