Existe, logo está em vigor, uma postura (=deliberação camarária para os munícipes cumprirem, Dicionário da Língua Portuguesa, Porto Editora, página 1133) sobre cores a usar nos imóveis do pomposamente denominado "Centro Histórico". Portas em verde escuro ou castanho, janelas brancas em caixilharia verde ou castanha, paredes brancas ou ocres, com rodapés em amarelo metálico, oca, cinzento escuro ou pedra bujardada, faixas da mesma natureza dos rodapés. Pois sim! Isso era dantes! Quando os senhores autarcas ainda se preocupavam com essas e outras coisas, em virtudo do chamado "sentido de serviço público". Coisa que há muito se foi, muito antes das vacas gordas.
Agora temos em plena cidade velha e nas barbas da sede da Junta de Freguesia de S. João Baptista (já condenada, mas ainda em funções) a maravilha documentada na fotografia acima: Uma casinha de chocolate, com as mesmas cores daquelas que aparecem do festival de Óbidos e nos bolos de noiva. Louvado seja Deus! Com tal estilo alentejano, um dia destes, pelo caminho que as coisas levam, ainda vamos ter em Tomar corridas com toiros de morte, em nome da tradição e das liberdades individuais. O que a acontecer até nem seria nada de extraordinário. Temos Praça de Toiros e já aqui se mataram publicamente na fogueira vários seres humanos como nós, só porque a Santa Inquisição Católica assim o entendeu. E quem já organizou ou assistiu a espectáculos macabros com morte violenta de irmãos nossos, certamente também gostaria de ver toiros mortos a estoque no ruedo nabantino...
Cá estaremos para noticiar tais desvarios, até que.
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