quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Uma desgraça nunca vem só...



É do adagiário tradicional. "Uma desgraça nunca vem só". Quiçá versão portuguesa do gaulês "As chatices voam sempre em esquadrilha." No caso presente, já não bastava o magnífico e convidativo panorama para quem entra em Tomar pelo lado sul: vasto acampamento típico de ciganos, com um dos mais intensos aromas da cidade e da região. Não porque os acampados sejam mais porcos que os outros mortais. Apenas devido ao facto de, desde há mais de 30 anos, não disporem das mais elementares condições de higiene. O que os leva a fazer as necessidades fisiológicas onde calha, geralmente na margem do Nabão. Donde o tal cheiro intenso que encanta sobremaneira os outros moradores da zona, particularmente na estação quente.
Pois agora, a juntar a tudo isso, temos uma espécie de espada de Damocles, suspensa sobre quem passa, conforme documentam as fotos acima. Agora e já desde há algum tempo, pois a cor das folhas, que entretanto tiveram tempo de secar, não engana ninguém. Aquela pernada, em risco de queda a qualquer momento, está ali pendurada há pelo menos um mês.
Habitantes da zona disseram a Tomar a dianteira que já contactaram as entidades competentes, até agora sem qualquer resultado. O que se compreende. O gasóleo está caro, a mão de obra nem se fala e a autarquia não tem cheta. "A cadela já não pode com tanto cão", ouve-se por aí.
Algumas interrogações singelas: Um dia destes, se e quando a pernada em situação altamente instável cair sobre um transeunte ou um veículo, de quem será a culpa? Da árvore? De quem ia a passar em má hora? Dos ciganos, "que dão cabo de tudo"? Da Defesa Civil local? Da austeridade?

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