sábado, 3 de julho de 2010

MAIS UM PESSIMISTA! CHIÇA QUE É DEMAIS!

Na sua habitual crónica no EXPRESSO, Miguel Monjardino resume esta semana as conclusões do "XVIII Encontro Anual de Estudos Políticos", realizado no Estoril pelo Instituto de Estudos Políticos da Universidade Católica Portuguesa. Eis a parte final da sua análise:
"Quatro coisas chamaram-me a atenção. A primeira é que os modelos sociais europeus e a prosperidade não são direitos adquiridos. Como David Cameron, o primeiro ministro inglês, lembrou a dado momento, "o mundo não nos deve um modo de vida...A Inglaterra tem de ganhar a vida". Isto leva-me ao segundo ponto -a necessidade de reformar profundamente as economias europeias, de maneira a torná-las mais competitivas. Nada disto me parece muito controverso no papel. Mas a terceira ideia -a concepção e a execução das políticas públicas necessárias para concretizar as duas primeiras ideias- promete sê-lo. As greves e as manifestações são o primeiro sinal das tensões sociais e políticas que vão rodear a reforma das economias de mercado e as democracias do Velho Continente.
A quarta ideia tem a ver com Portugal, um país iliberal do ponto de vista político e económico, há muitos anos prostrado perante o Estado e a palavra "social", e completamente alérgico a tudo o que rodeia uma economia de mercado. Como criar mais riqueza num país com a nossa história e cultura política?"
Mais um pessimista profissional. Está visto! Mesmo assim, os nossos leitores mais ligados às questões cada vez mais graves e prementes que afligem os tomarenses, ganharão decerto ao voltarem a ler o último parágrafo, com pequenas adaptações: "A quarta ideia tem a ver com Tomar, um concelho iliberal do ponto de vista político e económico, há muitos anos prostrado perante o governo de Lisboa e a palavra "social", e completamente alérgico a tudo o que rodeia uma economia de mercado. Como criar mais riqueza numa terra assim, com a nossa história e cultura política?"
Boa pergunta. Alguém deseja responder? É importante, porque se ao nível nacional nada podemos fazer de eficaz, na cidade e no concelho, pelo contrário, se quisermos e ousarmos de forma ordeira, tudo depende de nós...

Post scriptum:
Alguns leitores procuram lançar a ideia de uma petição para que os nossos camaristas renunciem aos seus mandatos, visto que em vez de implementaremn soluções, são eles próprios o problema e provocam cada vez mais trapalhadas. Em democracia, tudo é legítimo desde que se respeitem as leis em vigor. Julgo que seria mais eficaz comparecermos em grande número na próxima reunião da Assembleia Municipal, para aí dizermos o que nos vai na alma. Mas os leitores é que sabem...

13 comentários:

Anónimo disse...

Muito bem!
Estou de acordo com a sugestão/proposta para marcarmos presença na próxima Assembleia Municipal e aí pedirmos a demissão de todos os órgãos autárquicos.

Para isso deverá ser constituída uma comissão com o seguinte plano:

1 - Promover a divulgação junto da população do propósito;
2 - Mobilizar, divulgando as razões da iniciativa e as desastrosas políticas do actual executivo, a população;
3 - Divulgar a iniciativa junto dos orgãos de comunicação social ao nível nacional e internacional;
4 - Envolver os notáveis tomarenses que têm consciência de que o executivo camarário anda completamente à deriva;
5 - Divulgar a iniciativa junto do Senhor Presidente da República; do Senhor Presidente da Assembleia da República e Grupos Parlamentares;
6 - Mobilizar os tomarenses para que estes se preparem para assumirem os direitos e deveres de cidadania, obrigando a que Tomar surja aos olhos da Nação como uma Terra que não se conforma com a sua "destruição";
7 - Denunciar os verdadeiros responsáveis (através dos nomes próprios) pela situação em que Tomar se encontra, sem hipócrisias e com coragem.
8 - Recomendo que se leia o discurso do António Barreto - Presidente das Comemorações do Dia de Portugal de Camões e das Comunidades - e nele nos inspiremos
para denunciar, sem rodeios, os abutres que vivem como verdadeiros sanguessugas da política, denotando uma total ausência de moral e de virtudes para o exercício dos cargos que ocupam localmente.
Para isso é preciso tê-los no sítio e evitar qualquer utilização politico-partidária (de quem quer que seja)da iniciativa

Era obra!
José Soares

Anónimo disse...

Pode contar com o meu apoio activo, salvo no que concerne aos pontos 3 e 5, que não me parece útil contemplar. Julgo ser melhor debater e agir só entre tomarenses. De nascimento, por opção, ou residentes. Sempre em clima de mesa redonda, tal como a igreja onde Tomar começou...

Anónimo disse...

A Assembleia Municipal agora reúne-se o menos possível (o obrigatório por lei).
A coligação PS/PSD não quer discussões, nem quer fracturas nas duas bancadas.
O Dr. Relvas também anda muito entretido lá por Lisboa com imensas responsabilidades para-governamentais.
Portanto, a próxima reunião vai ser lá para finais de Setembro ou inícios de Outubro, quando as coisas estiverem mais calmas e estes problemas já esquecidos com a propaganda das festas, romarias, passeios de verão.
Mas, é bom que os concidadãos apareçam para pedir a demissão da Câmara, Assembleia, Assembleias de Freguesia e regressamos à partida com novas eleições no Município.
Bora lá! Vamos à luta com o Dr, Rebelo na batuta!!!!!

Anónimo disse...

Com poucos ou muitos sou menino para comparecer.
Mantenham-me informado.
Mas duvido que resulte,já demonstraram que não têm vergonha nenhuma.

Anónimo disse...

Meu caro Amigo Dr. António Rebelo,

Está no seu direito em não concordar com os pontos que refere.
Porém, é minha convicção que uma "discussão" "entre portas - dentro de casa" não leva rigorosamente a lado nenhum!

Penso até que seria uma maneira de nada acontecer.

Repare:
O meu Amigo habitualmente, e muito bem, repesca artigos e opiniões publicadas na imprensa nacional e internacional para ajudar à credibilização dos assuntos abordados, o que me parece correcto.
Se a questão que lançou for apenas para nos "entreter", então não vale a pena sequer levantá-la. Uma acção caseira (que seria certamente blindada pelos costumeiros da política local, fazendo caciquemente o sabem fazer, manobrando as hostes para que tudo dê em nada), será uma perda de tempo e um acto votado ao fracasso.
Em minha opinião, uma questão como a que lançou, merece que lhe seja dada toda a relevância e divulgação aos mais vários níveis, para que nada fique na mesma!

É apenas uma opinião de alguém, como o meu Amigo, que diz sempre o que pensa em abono da cidadania republicana.

Recuso a demagogia fácil e muito menos a usurpação/utilização dos valores republicanos que muita gente utiliza de forma tão despudurada, que António Sérgio morre (pela segunda vez) de vergonha!!!

José Soares

Anónimo disse...

São contextos diferentes, digo eu. Uma coisa é usar aquilo que outros escrevem para tentar demonstrar que estamos bem acompanhados nos nossos raciocínios. Outra, bem diferente, seria imiscuir nos assuntos tomarenses personalidades que, por muito conceituadas que sejam, nada têm a ver com eles, e ignoram tudo o que está para trás.
É o que penso. Como assimnficamos empatados 1 a 1, o melhor será aguardar condições para um debate mais alargado sobre o assunto, naturalmente seguido de votação, se necessário.

Anónimo disse...

Por erro técnico, pelo qual peço desculpa, o comentário anterior aparece como se fosse de um leitor anónimo, quando na verdae é de Tomar a dianteira. Aqui fica a emenda.

Anónimo disse...

Tomar só vale a pena se e enquanto os tomarenses assim o julgarem. No dia em que os tomarenses se alhearem do seu futuro, Tomar deixará de fazer sentido.
E esse dia está próximo...

Anónimo disse...

Mau caro Dr. António Rebelo,

O meu amigo sabe tão bem quanto eu que a internet e as redes sociais não são obra do acaso, pelo contrário, surgiram, também, para que qualquer assunto, relevante ou não, possa ser conhecido e discutido fora de grupos restritos.
Como sabe, há temas recorrentes da democracia e dos direitos humanos de um determinado país que não teria desenvolvimento se não lhe fosse dado visibilidade internacional...!!!
O caso concreto de Tomar - porque já ultrapassou a fase do bom senso há muito tempo - cidade que teve lugar de destaque ao nível nacional e internacional, hoje não passa de uma cidade a caminhar largamente para o estatuto de vila, sem que haja, internamente, nenhum movimento sério que diga bem alto: ACABOU A FESTA!

Os nossos politiquinhos (que apenas fazem pela sua vidinha!!!) só levam o assunto a sério se lhe dermos visibilidade e dimensão. Doutra forma não passará de uma brincadeira para consumo interno.

Repare:
Se uma comunidade - como é o caso da tomarense - começar a pôr em causa a competência (independentemente de terem sido eleitos) dos seus autarcas, por indecência política e ausência de planos, ou projectos, para a sua própria sustentabilidade e consequentemente para o seu próprio futuro, o mundo ficará a olhar para nós com respeito e os nossos autarcas serão expostos, e isso terá seguramente reflexos na vida política nacional.

É uma opinião!
Como cidadão, estou disponível para a discutir e fazerr andar!
Tomar já não se compadece com "paninhos quentes".

José Soares

Anónimo disse...

Pôe-te a pau António Rebelo! O Zé do Pífaro tratou-te por "Mau caro..."!
Um erro de escrita dirá ele!!! Um acto falhado...digo eu!!!

Anónimo disse...

Meu Caro Dr. António Rebelo,

Em Tomar vive-se quase permanentemente do acessório da política. Ainda não vi os ditos "políticos" discutirem um projecto coerente e consequente para parar a derrapagem e construir o futuro.

O que temos é uns "dinossauros" que são autênticas múmias da política.

Se fizermos uma avaliação profissional, de cada um dos "pseudo-dinossauros" da política cá do burgo, chegaremos à conclusão que quase nenhum está imune da situação em que Tomar se encontra.

Por isso, o melhor é pensarmos alto e com ambição por Tomar. Os que por aí andam não chegam nem aos calcanhares de um gistinto tomarense, General Farnando Oliveira. No entanto, quando convém, citam-no como se tivessem até privado com ele!!!???

É preciso restaurar Tomar!
Quem se sentir com inteligência suficiente (porque é bem precisa) e que tenha um galvanizador, então que chegue à frente.

Há por aí uns tantos, que tendo recebido de bandeja escritórios e clientes, em vez de os consolidar e aumentar, foram desbaratando o que lhes puseram em "cima da mesa".

Como é que estes tipos querem "vender" a ideia de que têm projectos para Tomar, quando nem para eles foram (são) capazes de ser bons "governadores"?

O Portugal de hoje está cheio de mangas de alcapa desejosos de poder pelo... Projectos. Falem-me de projectos! Não projectos ocos, projectos concretos e com pernas para andar. Não me falem em intenções, essas levam-nas o vento! Falem-me de projectos concretos e de investidores concretos!

Tomar tem gente muito capaz. Não são muitos, é verdade, mas esses não têm estado disponíveis para integrar as feiras das vaidades que por aí circulam. NÂO! Esses vão aparecer no momento adequado, embora a história nos ensine que esse momento é quase sempre precedido de alguma(s) tragédia(s). Mas nessa hora, lá estarão os "salvadores da pátria" com o apoio popular na rectaguarda a garantir-lhes legitimidade.

É preciso nunca esquecermos que esses momentos são sempre precedidos de governações medíocres, fantasiosas, velhacas, roubalheiras, injustiças, e por aí fora...!

Não há inocentes! Nada acontece por acaso!

"Deus, perdoai-lhes porque eles sabem o que fazem"

José Soares

Anónimo disse...

Meu Caro Dr. António Rebelo,

Em Tomar vive-se quase permanentemente do acessório da política. Ainda não vi os ditos "políticos" discutirem um projecto coerente e consequente para parar a derrapagem e construir o futuro.

O que temos é uns "dinossauros" que são autênticas múmias da política.

Se fizermos uma avaliação profissional, de cada um dos "pseudo-dinossauros" da política cá do burgo, chegaremos à conclusão que quase nenhum está imune da situação em que Tomar se encontra.

Por isso, o melhor é pensarmos alto e com ambição por Tomar. Os que por aí andam não chegam nem aos calcanhares de um gistinto tomarense, General Farnando Oliveira. No entanto, quando convém, citam-no como se tivessem até privado com ele!!!???

É preciso restaurar Tomar!
Quem se sentir com inteligência suficiente (porque é bem precisa) e que tenha um galvanizador, então que chegue à frente.

Há por aí uns tantos, que tendo recebido de bandeja escritórios e clientes, em vez de os consolidar e aumentar, foram desbaratando o que lhes puseram em "cima da mesa".

Como é que estes tipos querem "vender" a ideia de que têm projectos para Tomar, quando nem para eles foram (são) capazes de ser bons "governadores"?

O Portugal de hoje está cheio de mangas de alcapa desejosos de poder pelo... Projectos. Falem-me de projectos! Não projectos ocos, projectos concretos e com pernas para andar. Não me falem em intenções, essas levam-nas o vento! Falem-me de projectos concretos e de investidores concretos!

Tomar tem gente muito capaz. Não são muitos, é verdade, mas esses não têm estado disponíveis para integrar as feiras das vaidades que por aí circulam. NÂO! Esses vão aparecer no momento adequado, embora a história nos ensine que esse momento é quase sempre precedido de alguma(s) tragédia(s). Mas nessa hora, lá estarão os "salvadores da pátria" com o apoio popular na rectaguarda a garantir-lhes legitimidade.

É preciso nunca esquecermos que esses momentos são sempre precedidos de governações medíocres, fantasiosas, velhacas, roubalheiras, injustiças, e por aí fora...!

Não há inocentes! Nada acontece por acaso!

"Deus, perdoai-lhes porque eles sabem o que fazem"

José Soares

Anónimo disse...

Para restaurar Tomar? Restaurador "Olex", pois então!!!