segunda-feira, 19 de julho de 2010

MAIS UMA VEZ O MERCADO - 2

Para evitar mais confusões, uma vez que, na sequência do projecto esquemático apresentado esta manhã, até já nos acusaram de querer resolver o problema da Ford e de se pretender levar tudo para Santa Maria, quando o que se passa é exactamente o inverso, seguem-se alguns esclarecimentos úteis. O primeiro e bastante importante é que ignoramos totalmente a quem possam pertencer os dois imóveis em questão, o que de resto não tem para nós qualquer importância. O nosso objectivo é outro -Ajudar a solucionar da melhor maneira um problema que não é nada fácil, nem vai ficar nada barato. E vai levar anos para ser ultrapassado. Resta saber se de forma cabal, ou apenas transitória. Já temos alguns exemplos de faz e desfaz e volta a fazer, que os contribuintes pagam tudo.

Este é o aspecto actual da parte devoluta da ex-Auto Medânica Tomarense, na Av. Nun'Álvares.

Fachada principal das instalações onde funcionou a Auto-Tomar e mais tarde a Toyota, igualmente na Av. Nun'Álvares, próximo das anteriores.

Traseiras dos dois imóveis cujas fachadas figuram nas fotos supra.

(Clicar sobre a foto, para ampliar)

E aqui temos uma fotografia de satélite, naturalmente obtida no Google, que permite esclarecer muita coisa. O norte é para cima, como habitualmente. O 1 a vermelho indica o actual mercado, encerrado compulsivamente. Os dois imóveis citados estão um pouco mais abaixo e à esquerda, marcados com x a vermelho. Com se pode ver, é perto, próximo dos transportes, tem muito espaço para estacionamento e permite libertar totalmente o actual mercado e o seu largo, para se fazerem as obras sem entraves físicos.
Caso se revele difícil negociar a posse dos imóveis em questão, por compra ou por arrendamento, há outros pavihões assaz espaçosos e devolutos ali próximo. Ficam do lado sul da Residencial Trovador, entre o x vermelho inferior e o pequeno símbolo azul e branco. Igualmente vastos, igualmente disponíveis, igualmente próximos dos transportes e com estacionamento fácil na zona.
Segundo consta, a actual maioria já terá optado pelo aluguer de tendas, a instalar no largo a sul do mercado. Até nos indicaram um custo mensal astronómico: CEM MIL EUROS MENSAIS = VINTE MIL CONTOS MENSAIS = 240 MIL CONTOS ANUAIS.
Posto que, qualquer que venha a ser a solução final adoptada, o mercado terá de funcionar em instalações provisórias durante pelo menos três anos, É SÓ FAZER AS CONTAS, como disse o outro...
Caso venham a resolver comprar, ou tomar de arrendamento, alguns dos imóveis citados, sempre poderão dar-lhes depois outro destino útil à comunidade (há várias hipóteses em carteira...). NO caso das tendas, não estamos a ver para que poderão servir à autarquia, uma vez terminada a sua função de mercado de remedeio. A não ser que haja outros interesses em jogo, coisa em que nos recusamos a acreditar. Os actuais autarcas da circunstancial maioria têm os seus defeitos, e não são nada poucos, mas têmo-los por honestos, até prova em contrário. Fraquitos, obstinados, mas honestos. Não se pode ter tudo! Se calhar preferiam o de Oeiras...

11 comentários:

Bravura Lusitana disse...

Gastar, com isto, 240 mil contos por ano, é gozar autenticamente com o povo.

Com o PNR, jamais isto aconteceria !

O PNR não brincará com o dinheiro dos contribuintes.

Por Thomar, Por Portugal, SEMPRE !

Anónimo disse...

Não, não. A Malta quer é palhaços novos.
Tipo gente que se resolve.

Anónimo disse...

Agora o tema da moda é o Mercado Municipal. Não há cão nem gato que não "bote faladura", mas no fundo toda a gente sabe que o fim daquilo é irreversível e que já estava decidido há muito tempo. Este presidente/embuste, serviçal do coveiro trofense da cidade de Tomar, não faz mais que "dourar a pílula" escondendo dos mais crédulos os verdadeiros motivos. Infelizmente em Tomar o que mais abunda são os crédulos.
Embora não o queiramos admitir, todos sabemos como vão ser as cenas dos próximos episódios desta recente novela tomarense. O tema passará de moda, afastando-se paulatinamente da ordem do dia, e com o decorrer do tempo aquele que foi em tempos um dos melhores mercados da zona centro, senão do próprio país, já que até restaurantes e outros clientes de Lisboa aqui vinham à sexta-feira em busca dos melhores frescos, descerá à categoria de ruína, juntando-se assim ao Convento de Santa Iria como o rosto fiel da modernidade tomarense...

Todos temos aquilo que merecemos! Os incompetentes que estão na câmara não tomaram o poder de assalto. Fomos nós que os pusémos lá...

Anónimo disse...

O prof. Rebelo lançou uma proposta para discussão.
Participação cívica precisa-se.
Para que não se concretizem as previsões do Anónimo das 8:37.
venham outras e vamos discuti-las.
Concretamente sobre a utilização das instalações das oficinas de automóveis devolutas, acho que o negócio só interessaria aos seus proprietários (que nem sei quem sejam agora).
O Prof. está a esquecer um pormenor importante.
Aqueles edifícios não poderão ser utilizados para o Mercado de produtos Alimentares, sem serem descontaminados dos metais pesados. Então o Mercado Municipal tem Amianto, e aqueles estão limpos?? Quanto custa reconverter e despoluir o espaço e edifícios com altas concentrações químicas perigosas???Não basta pintar e rebocar paredes...
Vender ali carne, peixe e legumes????
Só construindo um novo...
Alice Marques

Anónimo disse...

Boa análise a de Alice Marques.
Isto é Democracia.

Lancelot du Temple

Anónimo disse...

Cara conterrânea Alice:
Com ou sem metais pesados, é claro que os ditos pavilhões teriam de ser reabilitados e equipados para as suas novas funções. De forma que a sua objecção, conquanto oportuna, deixaria de fazer sentido, não lhe parece?
A dita reabilitação + equipamento adequado custariam muito caro? Seguramente menos que o aluguer das tais tendas, que de qualquer maneira também terão de ser equipadas, pelo menos com bancadas,balcões inox, água corrente, esgotos, sistemas de frio, instalações sanitárias e janelas anti-insectos. Mesmo que, uma vez terminada a sua função temporária, tenha de ir tudo para a sucata. Pelo contrário, no caso dos pavilhões, poder-se-ia recuperar a maior parte do equipamento, de forma faseada, instalando-o nos novos locais definitivos. Quanto aos edifícios, se propriedade camarária, não faltariam novas afectações úteis.
Em qualquer caso, obrigado pelo sua colaboração e apoio.
Cordialmente,
António Rebelo

Anónimo disse...

Quero aqui deixar uma ideia diferente sobre o Mercado. Vão achá-la estúpida. Que achem, mas por favor leiam-na até ao fim. Obrigado.
O Meracdo está a ser um meio para se fazer o combate político local, como já o vem sendo há anos e nas campanhas eleitorais autárquicas.
Será que o Mercado é mesmo necessário no padrão de vida actual? Era-o, sem dúvida, há umas décadas atrás. Era, então, imprescindível ravitando à sua volta toda a economia de Tomar cidade e de Tomar concelho.
Na actualidade e, sobretudo no futuro, o Mercado não faz falta. As bancas apenas fiavam mais ou menos preenchidas à sexta feira e um pouco ao sábado. E nõa era por falta de condições higieno-sanitárias que não havia clientela de segunda a quinta. Era porque, pura e simplesmente as pessoas não precisam dele. Há tarbalho durante a semana e as grandes superfícies oferecem o mesmo produto a melhor preço, em qualquer dia da semana e a qualquer hora. Por outro lado, à sexta feira as pessoas vão ao Mercado porque há o outro mercado das barracas dos vendedores ambulantes. Experimentassem mudar este mercado para outro lado ou fazê-lo ao domingo e veriam quntos clientes estavam no Mercado à sexta feira.
Antes de se lançarem loucamente nos projectos e concursos, pensem um pouco e encomendem um estudo sobre a viabilidade do Mercado, não esquecendo de considerar a idade dos actuais vendedores e dos actuais clientes. Tenho, cá para mim, a ideia que daqui a quinze ou vinte anos nem o Mercado de Tomar nem os da maior parte das vilas e cidades do país estão abertos, por falta de clientes.
No espaço do actual Mercado e com o dinheiro que deixa de se gastar construam o Museu dos Tabuleiros, tal como o Sr Arq Lebre apresentou na sua campanha. Aí poderiam ficar alguns dos actuais vendedores, talvez diversificando o ramo. Aos restantes dos actuais poucos vendedores deveriam ser criadas facilidades de instalação na zona histórica, contribuindo para a sua revitalização.
Deste modo até passava a haver estacionamento par os autocarros e sanitários para os turistas...
Sinceramente, se algum vereador pegar nesta ideia, nunca me identificarei e a ideia será sempre dele. O que importa é melhor para o concelho e não o protagonismo individual!

Anónimo disse...

Para anónimo em 16:30

Obrigado pelo seu esforço participativo. Num regime aberto como o nosso, não há ideias malucas. Apenas mais ou menos conformistas, mais ou menos coerentes.
A sua está bem exposta e contribui para o debate sério do problema em apreço, que diz respeito a todos nós. Peço-lhe o favor de ler atentamente a próxima prosa de tomar a dianteira, que avançará lá para as 23 horas, ou um pouco antes. Nela se procura argumentar a favor da continuidade do mercdo tradicional, pelo que me abstenho de o fazer neste comentário.
Dado que faço os rascunhos na minha cabeça, agora para alterar o texto para esta noite ia-me dar um trabalhão, uma vez que não tenho nada escrito...Tinha de elaborar outro da mesma forma imaterial, o que nem sempre é assim tão fácil.

Cordialmente,

Anónimo disse...

Ao anónimo das 16:30
Não é ideia maluca não senhor. È apenas bom senso.
Avaliar o Mercado (não edifício, nem espaço) mas os potenciais clientes que procurarão os produtos ali vendidos, estará em qualquer investimento programado.
Tem toda a razão no que refere sobre a caracterização dos actuais vendedores e clientes.
Fazer retornar ao Mercado os clientes que hoje já estão nas grandes superfícies, ímplica estrategias comerciais e mudanças de atitude que os actuais vendedores não sei se terão condições de adoptar.
O Mercado de Produtos Tradicionais , autênticos, tem clientela. Exigente. Mas tem futuro.
Os produtos oriundos das hortas do concelho (poucas) também terá futuro. A agricultura tradicional da região asseguraria o escoamento da sua produção, (se a houvesse)`Há hoje uma grande procura desses artigos, cansados que estamos das frutas e legumes das grandes superfícies que não sabem a nada.
Portanto é hora de inovar este mercado. No edifício e no resto.
As potencialidades existem. As grandes cidades (Lisboa por exemplo) estão a retornar a esse tipo de apresentação dos produtos tradicionais.

Anónimo disse...

Eu acho que zona da Ford era um bom sitio, porque se querem tirar a cuminidade cigana do Felcheiro, ficavam com uma zona ampla até lá ao fundo da cidade, que ficaria um bom sitio, para o resto do mercado da sexta, e fica mais perto dos tranportes publicos,ficava todos os vendedores juntos, que a meu ver o mercado de Tomar perdeu e muito ao estar dividido, uma pessoa querer uma coisa tem de atravessar a rua para ir lá, depois vem para o outro lado para ir por exemplo, ir á fruta, esqueceu-se de algo, mas já esta carregado, mas ainda tem de subir as escadas para ir lá buscar o precisa. Quem já não passou por isto? Ou então já não vai porque esta carregado e fica para a proxima.

Anónimo disse...

Este debate em torno do Mercado Muncipal é importante, por tudo, e porque estamos numa terra onde não há debates.
Há aqui uma autêntica "brain storming" (tempestade cerebal). As ideias estão a ser atiradas para a praça pública. Óptimo.
O Mercado tem de ser revisto e adaptado ao mundo actual, como está a acontecer em todo o Mundo.
O Mercado tem de vender produtos tradicionais, de qualidade. Há que refazer toda a política comercial em torno do Mercado.
Como diz alguém, há que refazer tudo. Inclusivé a política tomarense e a vida na CMT.
E ao contrário do que dizem, este debate não pretende promoções pessoais, pretende o desenvolvimento de Tomar, e é uma acção política. A política não é só votar de 4 em 4 anos. É isto. É o lançamento de ideias para debate. Todas as ideias são boas.
Por favor, não digam que as vossas ideias são "malucas", que o não são.
Há que ter auto-estima, olhem para o José Mourinho.
Continuemos a debater.

SÉRGIO MARTINS