Foto 1
Foto 2
Foto 3
Foto 4
Foto 5
O suporte com a planta da cidade, na sua principal entrada, há mais de um ano que está assim como mostra a foto 1. Que se saiba ainda ninguém entre os eleitos se incomodou com tal estado de coisas. Pelo menos por escrito. Logo ao lado, as improvisadas latrinas ciganas ornamentam a margem do Nabão (fotos 3 e 4) e perfumam a atmosfera da zona há mais de 30 anos, sem que os senhores autarcas se mostrem minimamente envergonhados, ou sequer indignados. Quanto aos moradores, já se cansaram de protestar. Os que podiam mudaram-se. Os outros armaram-se da conhecida santa paciência... Afinal estamos em Tomar!
Um pouco mais longe, onde se previa a elegante urbanização "Largo da Estação", a limpeza urbana é o orgulho de todos os tomarenses que por ali passam (foto 3). Em plena área urbana da freguesia de S. João, onde se situam os Paços do Concelho. A partir deste exemplo não é difícil imaginar a situação nas freguesias mais afastadas...
São apenas três casos, das dezenas de encrencas tomarenses, provocadas pelos autarcas que temos tido e agora pela relativa maioria. Cujo líder, mesmo perante tantas desgraças, ainda ousa pensar que "se o trabalho neste ano e meio que falta de mandato for positivo... ...não vejo que a Comissão Política possa pensar noutras opções para candidato a presidente da câmara." Parafraseando um conhecido escritor, é caso para dizer que "comprando este presidente de câmara pelo seu real valor, e vendendo-o depois por aquilo que ele julga valer, ganhava-se um Euromilhões dos mais chorudos."
Apesar de tanta asneira, tanta inépcia e tanta basófia, até agora só os dois vereadores socialistas resolveram afastar-se de facto da relativa maioria, que devia governar mas se limita a ocupar os lugares. A outra componente do executivo, os dois eleitos IpT, continua a denotar uma espécie de fixação mórbida pelos detalhes, em detrimento do fundamental. Contestam, protestam, declaram, exigem, sem contudo tirarem o tapete ao trio liderado por Carrão. Porque será?
Na mesma linha está a Comissão de Saúde, cuja actuação não tem sido até agora a mais saudável para os tomarenses. Pelo contrário. Que um ou outro cidadão mais extremista exija a suspensão imediata e sem condições prévias da reforma hospitalar em curso, entende-se. Desde Maio de 68, data do nascimento oficial do esquerdismo (maoistas, trotskistas, pró-albaneses e titistas) que se tornou corriqueiro ver o Partido Comunista ultrapassado pela esquerda. Contudo, será a primeira vez em Portugal que uma comissão de eleitos com centristas, social-democratas, socialistas, comunistas e bloquistas; com todo o leque político, portanto, se apresenta com tal tipo de reivindicação. Ainda por cima com o apoio implícito de uma corja de aldrabões devidamente industriados para enganar os eleitores, com falácias de todo o tipo. O hospital vai fechar, a Diamecon vai comprar o 6º piso, o BES Saúde e o Mello Saúde estão interessados na privatização, estão a prejudicar Tomar para beneficiar Abrantes e Torres Novas, estas reformas em vez de reduzirem aumentam as despesas, etc. etc.
Quando se procurou sossegar a opinião pública, esclarecendo a situação e informando que em vez da urgência cirúrgica haveria sempre à porta dos hospitais de Tomar e Torres Novas ambulâncias medicalizadas, esses tais arautos do progresso e da defesa dos trabalhadores enveredaram pela insinuação: não há ambulância nenhuma e se houver é porque uma empresa privada, liderada pelo médico X, as vai alugar ao CHMT. Até indicaram o nome do médico, que por decência agora se omite.
Vai-se a ver, na data prevista, mais coisa menos coisa, aí estão as ambulâncias (Foto 5). Do INEM e com funcionários públicos. Pois nem assim os ânimos se acalmam. Está prevista para quinta-feira uma marcha de luto e de protesto, rumo ao hospital de Tomar, onde serão depositadas flores. Suponho que por alma dos políticos locais que não conseguirem resistir às consequências de mais uma frustração dos eleitores nabantinos. Porque uma coisa parece certa: Há na Comissão de Saúde eleitos conscientes e bem intencionados, que se deixaram levar na onda. Infelizmente também lá há outros que não honram minimamente as funções para que foram eleitos. Não é com calúnias, insinuações, atoardas e meias verdades que se mobiliza uma população para determinada causa. A verdade é como o azeite na água. Depressa aflora à superfície.
7 comentários:
Estimado Prof.
Mesmo que se repita até à exaustão uma mentira ela não se transforma em verdade.
A decisão tomada, apesar de legitima é injusta:
1- O Governo não demonstrou que esta nova organização fique mais barata, sirva melhor e aumente o nível de serviços de saude às populações;
2 - O Governo não explicou porque é que num distrito com falta de camas, reduz 10% das existentes no médio Tejo e 30% em Tomar, aumentando a "carga" num Hospital que está, há anos a rebentar pelas costuras - Abrantes.
Estes são os factos. O resto são peanuts
Tomar está e há-de e star sempre em obras...
Prezado amigo e conterrâneo: Só me faltava mais esta! Ter de defender as opções do governo no caso da reforma do CHMT, quando todos sabem que não sou jurista.
O governo não demonstrou, nem tem que demonstrar nada previamente. No ordenamento jurídico português, quem acusa é que tem de provar, de fundamentar o que alega. Por conseguinte, quem acusa a actual administração de não reduzir as despesas nem a dívida de 162 milhões de euros é que faria melhor se apresentasse as provas documentais daquilo que avança.
Tanto quanto sei, se nestes últimos anos a administração do hospital de Tomar tivesse sido pelo menos razoável, não lhe teriam retirado agora as tais camas. É afinal a velha história do cá se fazem, cá se pagam.
E não deve tardar muito que tenham de ser convocadas manifs contra a reforma do Politécnico, ou a saída do RI 15.
Mas quem diz que faltam camas quando os 3 serviços de cirurgia existentes andavam a "caçar" doentes a outras especialidades cirúrgicas para fazer número! E mesmo assim ficam longe de atingir números cirurgias/por ano/por cirurgião recomendáveis em termos de rentabilidade e treino. Ou há clinicos a mais ou doentes a menos!
E o resto são peanuts.
Por aí nunca de acordo. É uma qustão de visão, do tipo copo meio cheio/meio vazio.
No meu fraco entendimento, em Democracia, quem exerce o poder é que tem de demonstrar aos governados as opções e não o contrário.
Foi por pensar exactamente assim que durante os dois anos em que exerci funções executivos, com pelouros distribuídos, deu conta das decisões e opções tomadas.
E concordo consigo: fica-lhe mal defender um Governo de fraca gente e de insensíveis políticas. Nunca o ultra-liberalismo da Escola de Chicago deu bons resultados. Recorde-se do Chile e da Argentina nos anos 70/80 e aí tem a prova. Não será diferente em Portugal...
Onde tu já vais Luís!!! Escola de Chicago, Milton Friedmann e Companhia? Nem penses nisso! Somos demasiado pacholas para essas coisas.No caso do Hospital de Tomar trata-se apenas -pelo que entendo- de pôr termo a toda uma série de abusos e outros desmandos, de forma a tentar reduzir a dívida abissal e conseguir uma gestão equilibrada. Há alternativas? Haver há, mas são bastante mais caras. Quem pagaria? Perorar é "facilissíssimo". O problema só surge quando se trata de "encostar a barriga ao balcão da caixa".Como sempre.
Deixem-me lá meter aqui uma colherada, em jeito de informação indignada:
Abriu um novo hospital aqui na minha terra adoptiva, Loures; está a abrir faseadamente, conforme previsto. As urgências abriram nesta segunda ou terça feira, não sei precisar, às 08.00 horas. Logo pela manhã, um amigo que passou mal dirigiu-se ao serviço; após os exames da praxe, telefonou à família dizendo que tinha sofrido um início de enfarte, que estava numa maca aguardando uma cama vaga. 24 horas depois, 24, ainda estava no mesmo sítio, pois não havia cama disponível! o hospital não tem um mês! será que por aí conhecem alguém que nos empreste algumas das camas que dizem estar a mais?
Um Tomarense agradecido.
Enviar um comentário