domingo, 5 de fevereiro de 2012

Montijo? Sintra ? E porque não Tancos?


Expresso - Economia, 04/02/12, página 13

Falei no texto anterior de alternativas ao Aeroporto da Portela para voos low-cost. Fi-lo porque infelizmente a autarquia tomarense têm uma vintena de chefes de divisão + directores de departamento, sem contudo dispor de um gabinete de apoio ao desenvolvimento e ao investimento, naturalmente com geógrafos, economistas, sociólogos e historiadores. Não tem, nem virá a ter tão cedo, porque agora com a crise... É uma  pena!
Temos por conseguinte de tentar fazer algo com os recursos disponíveis. Que não abundam, reconheça-se. Nesta problemática do futuro aeroporto-base para companhias de baixo custo, é incontestável que Tancos reúne de longe mais vantagens que qualquer outra das hipóteses consideradas até agora (ver ilustrações):
  1. É o único situado na faixa interior do país, a menos de 100 quilómetros de Lisboa
  2. Está numa zona com três monumentos Património da Humanidade (Alcobaça, Batalha, Tomar)
  3. A A 23 passa mesmo ao lado
  4. A A 1 fica a 10 quilómetros, pela A 23
  5. Fátima fica a 30 quilómetros e Tomar a 19
  6. Almourol dista 3 quilómetros
  7. Tem ligação ferroviária própria e o Entroncamento a 6 quilómetros
  8. É pouco utilizado, pois apenas os aviões de transporte de paraquedistas aí operam
  9. Até à Albufeira do Castelo do Bode são 6 quilómetros, e pouco mais de 20 para Abrantes
  10. Coimbra fica a 95 quilómetros pela A1/A23 e a 85 pelo IC3, a partir do próximo ano
  11. Seria um dos motores do desenvolvimento turístico da região centro/interior
Claro que os grupos de pressão que defendem as outras localizações -com toda a legitimidade, de resto- vão usar o único argumento de peso ao seu dispor, aliás já a ser utilizado para afastar Beja da compita final. Estou a referir a distância para Lisboa. Têm razão. Tancos fica a 90 quilómetros da capital, tanto por estrada como por caminho de ferro, mas sem problemas de congestionamento, ao contrário do que sucederá com Sintra ou com Montijo. Além disso, sendo previsível o incremento dos voos de baixo custo, que neste momento já constituem mais de 30% dos vôos turísticos, importa afastá-los o mais possível das grandes urbes, sem todavia distar mais de uma hora de viagem por estrada. É exactamente a solução implementada por Paris, por exemplo, cujo aeroporto low-cost está situado em Beauvais, a 90 quilómetros = 1 hora por estrada = 15 €/passageiro/percurso.
Agora resta fazer votos para que todos os autarcas da região, os hoteleiros, os restauradores, os transportistas, as entidades de turismo e a Comunidade do Médio Tejo não percam mais este excelente motor de desenvolvimento turístico regional. Ouviram bem?! Excelente motor de desenvolvimento turístico regional! Bem precisamos!

2 comentários:

snowgoose disse...

Está afecto à Brigada, daí não ser viável. Para já!.

Anónimo disse...

Então e Monte Real? Se não erro, estão lá os caças mais modernos que temos. O que não impediu a sua inclusão na short list a submeter ao governo...