Somos a única cidade do país e da Europa com legitimidade para içar a Balsa dos Templários, pois outrora fomos capital dos também apelidados Pobres Cavaleiros de Cristo, que nunca foram extintos em Portugal. Inexplicavelmente, por ocasião de mais um festival de tunas, que os seus organizadores baptizaram Templário, em vez de pendurarem o estandarte templário -a citada balsa- nos Paços do Concelho e no Castelo-Casa da Ordem, resolveram apresentar um indecoroso pano bicolor, no qual a dupla acha em cruz foi trucidada, uma vez que não tem lugar para os cabos respectivos. É mais uma amostra dos dislates que lentamente mas com temível eficácia vão desacreditando Tomar.
Outro detalhe que não nos abona nada em termos de turismo cultural. Por distraídos que sejam os visitantes, não deixarão de notar que a qualidade e o rigor não figuram entre as nossas principais características...
Há uns anos atrás, já nem sei quantos, procedeu-se a melhoramentos nas casas de banho do jardim do Castelo, construídas nos anos 30 do século passado. Essas obras incluíam a ligação à rede de esgotos a colocar na Mata dos Sete Montes. Infelizmente sucederam dois percalços: 1 - durante a abertura da vala para instalar o colector, apareceram uns vestígios antigos, que continuam por identificar; 2 - Os esgotos entretanto mandados instalar pela autarquia na Mata dos Sete Montes só têm colector de águas pluviais.
Como uma desgraça nunca vem só, o empreiteiro acabou a modernização das casas de banho, ligou-as a uma fossa e foi à sua vida. Quanto aos vestígios surgidos, aguardam há anos que alguém se volte a lembrar deles. Com tantos funcionários superiores na Ajuda, o IGESPAR é aquela máquina!
Em Dezembro de 2010, um tornado derrubou uma parte do coroamento do Coro Alto Manuelino. Apesar de fortemente interessados em adjudicar quanto antes a limpeza de todo o exterior -incluindo a Janela do Capítulo- os senhores dirigentes instalados no Palácio da Ajuda não parecem nada preocupados com a reposição do aspecto anterior. Afinal é apenas um dos monumentos portugueses Património da Humanidade e a reparação até é de pouca monta. Se fosse a tal limpeza, ou qualquer outra adjudicação igualmente sumarenta, já teria sido feita há muito. Assim, aguarda melhor sorte há 16 meses. Com quase quatro dezenas de funcionários em Tomar, O IGESPAR é aquela máquina!
Igualmente no Convento de Cristo, mas cá fora, o mesmo tornado derrubou várias árvores, algumas centenárias. 16 meses mais tarde, tudo continua praticamente na mesma. O IGESPAR é mesmo aquela máquina!
O próximo texto será publicado só na próxima sexta-feira, dia 30, pela manhã. Até lá!
2 comentários:
Boa noite. Não diga nada quanto aos vestígios por identificar pois eles quando entram numa obra é para dar cabo dela. O que é que resta dos vestígios da Tomar de outrora??? Nada. Entre o IPPC/IPPAR/IGESPAR e outros tudo foi sendo destruído pois nada é importante. Excepto eles.Assim se não se lembrarem não estragam.
Obrigado
E logo por trás de Dom Gualdim! A sorte deles, foi ele não ter visto.
Valham-nos "Os Pobres Cavaleiros de Cristo"!
Maria
Enviar um comentário