segunda-feira, 2 de julho de 2012

Bárbaros? Labregos pretensiosos?




Foto 4
As quatro fotos acima mostram outros tantos aspectos do Hofburgo, o Palácio Imperial de Viena de Áustria. Trata-se de um vasto conjunto de múltiplos estilos, com construções que vão do século XIII ao século XX. Património da Humanidade, engloba dezoito palácios, vinte entradas monumentais, 54 escadarias nobres e cerca de 2600 salas, ocupando 20% do 1º bairro da capital austríaca. Além de vários museus e da célebre escola de equitação espanhola, abriga igualmente a presidência da república e vários ministérios.


Seguindo a excelente sinalização turística da Praça Micaela (uma das entradas do palácio, retratada na foto nº 4)...


Chega-se à Praça Albertina, com o museu homónimo, que ocupa um antigo palácio particular dos Habsburgo, a dinastia reinante, edificado no século XVII sobre as antigas fortificações que rodeavam o Palácio Imperial. Uma gigantesca pala em aço, destinada a abrigar da chuva os utentes das escadas mecânicas de acesso ao museu, ombreia com a estátua equestre do imperador Francisco José e com outros edifícios do Hofburgo, do qual faz parte. Relembro que se trata de um conjunto classificado como Património Mundial.
Meditando nas vicissitudes dos infelizes munícipes que em Tomar pretendem fazer qualquer tipo de obra e que perdem anos por causa de cérceas, fachadas, PDM, RGEU, zonas de protecção a isto e mais aquilo, regulamento de cores e de materiais, licenças, autorizações, pareceres, alvarás... Cabe perguntar: Afinal, perante este exemplo austríaco, quem são os bárbaros? Quem são os labregos pretensiosos? Os vienenses, com as escadas mecânicas e a gigantesca pala, num edifício classificado Património da Humanidade? Os parisienses, com a pirâmide do Louvre? Os lisboetas com a fachada da Casa dos Bicos? Ou aqueles técnicos bem instalados na autarquia tomarense que são um verdadeiro bico d'obra?

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