terça-feira, 24 de julho de 2012

Situação difícil, prioridades erradas













Fiquei algo incrédulo quando me informaram, mas depois li no portal da Rádio Hertz: Sentindo o garrote  da austeridade cada vez mais apertado, os senhores autarcas da relativa maioria resolveram cancelar a compra de jornais e revistas para a Biblioteca Municipal. Quanto a livros, já há muito que quase nada se compra.
Cuidava eu que a actual gerência camarária tinha outras prioridades. Que antes de cortar livros, revistas e jornais para a biblioteca, reduziria as senhas de presença, acabaria com a revista/agenda mensal, suprimiria os telemóveis sem limite de gastos, e os computadores e impressoras à disposição de todos os vereadores, mesmo daqueles que não têm pelouros atribuídos. Ou ainda a iluminação pública notoriamente despropositada, como mostram as imagens acima.  Enganei-me! Resta-me fazer um pedido: Mesmo na política, não fica mal admitir que se erra e emendar logo a seguir. Tenham a coragem de cortar onde é mesmo supérfluo, para poderem manter serviços essenciais  à saúde mental dos eleitores, nesta conjuntura tão complexa e difícil para todos. Experimentem pôr-se no lugar de alguém que, não podendo comprar jornais ou revistas por nítida falta de recursos, se habituou a ir lê-los à biblioteca, como forma de manter a higiene psicológica e o contacto com os outros e com a sociedade em que vive...

3 comentários:

templario disse...

DE: Cantoneiro da Borda da Estrada

Tem toda a razão Dr. Rebelo! Uma decisão estúpida.

Sim, "acabaria com a revista/agenda mensal"!

Semestral ou anual não chagaria para a propagangazinha partidária paga pelos contribuintes?

Leão_da_Estrela disse...

Estamos de acordo, mas por algum lado se deve começar.

Não sei se há internet na biblioteca, mas havendo, pode-se consultar jornais e revistas, basta fazer a respectiva assinatura (se se não quiser conceder apenas acesso a excertos), que é muito mais barata que as edições em papel.

A revista municipal, a exemplo de muitos concelhos, deveria ser apenas digital e mais espaçada no tempo;

Os computadores são instrumentos de trabalho, bem como as impressoras, basta utilizá-los, mais às impressoras, com a necessária moderação e apenas quando estritamente necessário. (aqui no meu estaminé há uma impressora para 30 pessoas, que são as que aqui trabalham, incluindo o vereador, director, chefes de divisão e chefias intermédias e ainda técnicos e administrativos e nem todos têm acesso à impressão a cor. Os documentos circulam por correio electrónico e por aplicação de gestão documental, sendo o recurso ao papel o estritamente necessário e isto ocorre em todo o município).

A iluminação pública é um dos componentes importantes da segurança dos cidadãos; menos iluminação é um convite ao crime! há maneiras de poupar energia com menos gastos, nomeadamente através de lâmpadas economizadoras e leds e convenhamos que uma cidade às escuras não vende e os turistas também saem à noite.

Os telemóveis de novo. Já falámos várias vezes neles; são instrumentos de trabalho também, devendo também ser usados com moderação e tendo plafons consoante a necessidade e não o estatuto: há operacionais que andam o dia inteiro na rua, que precisam mais de telemóvel que um director que não sai do gabinete e tem o telefone fixo em cima da secretária, p.e. Sendo as coisas feitas com critério, renegociando contratos, os telemóveis podem continuar; (aqui, quando ultrapassado o plafond, o utilizador paga o remanescente por débito em conta bancária...[bom, não estamos a falar de eleitos e seu staff...])

As viaturas devem servir os fins a que se destinam, apenas e rigorosamente; com controle de km e consumos de combustível.

Como diz e bem, há muitas maneiras de poupar, haja vontade, que necessidade já se viu que existe!

Jornal "O Templário" disse...

Para que conste: o jornal O Templário oferece todas as semanas dois exemplares à Biblioteca Municipal de Tomar.