sexta-feira, 20 de julho de 2012

Valeu a pena!


Foto 1 - Antes do atentado ao património

Foto 2 - O resultado da proeza, visto de nascente para poente

Foto 3 - A mesma vergonha, no sentido norte-sul

 Foto 4  Aspecto actual, após as demolições de ontem, vistos de nascente para poente

 Foto 5 - O mesmo sector ontem, no sentido norte/sul

Foto 6 - O paredão visto de poente para nascente. Em cima o troço já marcado mas ainda a demolir, alinhado com a cércea da cabine da EDP, que entretanto ali veio cair não se sabe em que circunstâncias.

Não sendo caso para embandeirar em arco, convém no entanto assinalar a ocorrência, infelizmente raríssima tanto no país como na cidade. A câmara deu o braço a torcer! As fotos acima mostram bem o sucedido. Antes das obras da Envolvente ao Convento de Cristo, o aspecto do talude no ângulo nordeste era o da foto1. Havia o muro em pedra seca, à esquerda, levantado aquando da construção da estrada nacional, na primeiro quartel do século passado. Repare-se que no troço virado a norte nem sequer havia muro de protecção e jamais se registou um desabamento. Sabe-se agora que devido à existência do primitivo alambor templário.
Depois vieram os reis do betão, que tudo julgam saber e poder resolver. Por ignorância, destruiram involuntariamente vários metros quadrados do multicentenário achado e edificaram um horroroso e desproporcionado paredão. Houve protestos vários, um ajuntamento muito pouco participado e a fingida indiferença do executivo camarário. Mas graças a  um tomarense pelo coração bem colocado em Lisboa, veio o secretário de estado da cultura e a autarquia teve de encarar o problema de outra forma.
Quase um ano depois, o paredão acaba de ser cortado na sua parte superior (fotos 4, 5 e 6), de maneira a torná-lo menos chocante. Não sendo a solução ideal e faltando ainda saber como vão resolver a questão da salvaguarda do alambor, cabe assinalar esta vitória do bom-senso. A solução definitiva ficará para ocasião mais propícia, posto que o actual elenco camarário não quer perder a face, o que se entende. Mesmo assim, valeu a pena protestar e mover influências.


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