JN, 27/09/2012, suplemento
Concluída a segunda fase de colocações no ensino superior, a desgraça continua e acentua-se no que concerne ao Instituto Politécnico de Tomar. O que é cientificamente normal. As mesmas causas, nas mesmas circunstâncias exteriores, produzem sempre os mesmos efeitos. Na mesmo sentido, pode-se acrescentar que, mantendo-se as mesmas causas, mas agravando-se as condições exteriores, como está a acontecer, os efeitos tendem a agravar-se também.
Nesta segunda fase sobraram 135 vagas na escola de gestão, 190 na escola de tecnologia de Tomar e 68 na de Abrantes, num total 393, o que corresponde a mais de metade do total de vagas anuais oferecidas. Cinco cursos não conseguiram qualquer candidato nesta segunda fase. É obra!
Perante isto, que concluir? Que os instalados naquele estabelecimento escolar, custeado com os nossos impostos, estão a prejudicar duplamente Tomar. Porque não cumprem cabalmente as missões que normalmente lhes incumbem, mas igualmente e sobretudo porque, assim procedendo, evitam que outros o possam fazer com mais qualidade.
Perante isto, que concluir? Que os instalados naquele estabelecimento escolar, custeado com os nossos impostos, estão a prejudicar duplamente Tomar. Porque não cumprem cabalmente as missões que normalmente lhes incumbem, mas igualmente e sobretudo porque, assim procedendo, evitam que outros o possam fazer com mais qualidade.
Infelizmente, em vez de encararem a triste situação em que se encontram com coragem e sem preconceitos, ousando renovar, inovar, arejar, corrigir, auscultar, não senhor. É muito mais fácil continuar com o amiguismo, o compradrio, os concursos com fotografia só para inglês ver, os currículos ultrapassados, as opções obsoletas, os docentes menos capazes, tudo num ambiente de fortaleza cercada, suavemente instilado em toda a comunidade laboral. Quem não é da casa ou dela não diz bem, é contra a casa, logo um invejoso, um ressabiado, um inimigo. O pior é o resto.
Porque será que, por exemplo, os alunos de Ourém, um concelho já mais populoso do que Tomar, ao terminarem o secundário, optam sempre por Leiria, Coimbra ou Lisboa, e nunca por Tomar? Será por causa do clima? Ou porque Tomar fica numa cova e, vítima de incompetentes, está cada vez mais atascada na irrelevância e na miséria cultural?
Má-língua, o gajo do Tomar a dianteira, não é? Calhando, é ele que anda a dizer aos candidatos por esse país fora para não escolherem Tomar...
1 comentário:
DE: Cantoneiro da Borda da Estrada
Pois.... São sintomas preocupantes. Assim a coisa fica preta para o IPT.
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