terça-feira, 11 de setembro de 2012

O CANTO DO CISNE?

 Paços do Concelho - Vista parcial da fachada sul.

 ParqT -  Vista parcial da fachada nascente, vendo-se a estrutura de ventilação da central de ar condicionado dos Paços do concelho.

Paços do Concelho - Fachada principal

Sujeitos indefesos de um quotidiano cada vez mais problemático, os tomarenses nem sequer terão reparado no novo aspecto dos Paços do Concelho - A casa de todos os tomarenses. As três fotos supra, obtidas esta tarde, constituem outros tantos documentos da tragédia nabantina. A primeira porque exibe janelas abertas e uma paramentação de péssima qualidade, uma vez que já indicia infiltrações e mudanças de tom, quando afinal tem menos de cinco anos. Materiais de qualidade duvidosa...
A segunda revela um curioso quebra-cabeças. Se a ParqT era privada e nada fazia prever que transitasse rapidamente para a autarquia, como se explica que a central de ar condicionado dos Paços do Concelho tenha sido alojada naquela estrutura? Havia algum acordo sobre isso? 
A terceira, finalmente, permite ver janelas abertas, tal como na primeira, o que indica que as coisas vão mesmo de mal a pior. Pois se até a élite do funcionalismo municipal -o santo dos santos do poder autárquico, o núcleo central do cancro tomarense-  já foram forçados a renunciar ao ar condicionado, terá sido devido à penúria. Trágica situação, que para mais, tudo indica vir a ser irreversível. Adeus vacas gordas! Adeus facilidades! Adeus negociatas! Bom dia tristeza! Boa dia miséria engravatada!
É neste clima sombrio que se anuncia para o próximo fim de semana mais uma edição do festival de estátuas vivas, este ano ampliado a Dornes, concelho de Ferreira do Zêzere, e a Almourol, concelho da Barquinha. Fala-se em custos da ordem dos 80 mil euros, essencialmente verbas europeias do QREN. Oxalá venha a ser um grande sucesso popular, pois num concelho já sem verbas disponíveis para a Biblioteca Municipal, é uma lástima que Bruxelas não financie também a compra de jornais diários e de livros para actualização dos fundos da biblioteca Cartaxo da Fonseca.
Ou muito me engano ou as estátuas vivas 2012 serão uma espécie de canto do cisne da actual maioria relativa, no que concerne a manifestações culturais de espavento. Os dinheiros europeus estão agora a ser reorientados para actividades com retorno garantido. Tarde é o que nunca vem.

1 comentário:

Leão_da_Estrela disse...

Prof.,

Aqui há uns anitos, caiu uma ponte sobre o Mondego, à entrada da Figueira da Foz; uma anedota da época, entre muitos, culpava o ferro pelo colapso, ao que o dito terá respondido que era impossível, uma vez que lá não estava!
Na parede exterior da Câmara, falta o cimento. O reboco deve ser tão fininho que se começa a ver as "costelas", provavelmente consequência dum mau caderno de encargos, ou duma deficiente fiscalização da obra...
Já a estória do compressor do AC é curiosa...mas não será do próprio parque? (se o prof. diz que é dos Paços do Concelho, eu não duvido, mas custa-me a acreditar);
Também o meu serviço não tem AC e a malta vive (hoje estão 30º aqui no "estaminé"), mas curioso é que continuamos a pagar um contrato de manutenção que é cumprido religiosamente! a empresa vem a cada 3 meses limpar filtros e tal, a um equipamento que está avariado há dois anos! somos muito mais práfrentex que Tomar! ora tomem!

Ctos