quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

CRÓNICA CORROSIVA DA CRISE

Documento 1

Documento 2

Assoberbados como andam com a elaboração de um projecto em simultâneo viável e fecundo para Tomar (ou estaremos equivocados ?), os senhores autarcas se calhar nem tempo tiveram para ouvir esta semana o Prof. Louçã e o economista-chefe do FMI, Oliver Blanchard. Se assim aconteceu, mais cedo que tarde vão lamentar tal lacuna.
O líder do BE foi directo e claro "Armando Vara ganha no BCP o dobro do vencimento de Obama", presidente da primeira potência económica do Mundo. E no entanto, Vara é apenas um dos vice-presidentes. Agora imaginem quanto ganhará o seu chefe, Santos Ferreira...
Por seu turno, Olivier Blanchard foi lapidar: 1-Demorará pelo menos 20 anos a resolução das consequências da presente crise (desemprego, marasmo económico, subida excessiva do défice, aumento alarmante da dívida pública); 2 -Só será possível resolver tais problemas com sacrifícios e medidas muito dolorosas; 3 - A Itália corre o risco de atingir o ponto de incumprimento, ao não conseguir honrar o serviço da dívida, devido ao excessivo montante desta. Se isso vier a ocorrer teremos um situação de consequências imprevisíveis, pois a UE não terá envergadura económica suficiente para a salvar .
Nestas condições, que mostram bem o mundo louco em vivemos todos, com alguns países desenvolvidos à beira do precipício, e dirigentes menores, de países secundários, a ganharem mais do dobro do presidente da nação mais poderosa deste universo, conviria que pelo menos os autarcas descessem finalmente a este mundo, apesar da atitude de José Sócrates.
Optimista incurável, o nosso primeiro-ministro até afirmou um dia destes que nunca viu um pessimista ganhar uma batalha. É capaz de ser verdade. O pior é que também nunca vimos ganhar qualquer batalha só com optimismo. E aí é que reside o busilis da questão. Contrariado ou não, Sócrates terá de implementar a curto prazo, cumprindo determinações da UE, as tais medidas dolorosas, que poderão ser, por exemplo, uma redução dos vencimentos da função pública, a começar pelo dele, uma redução substancial das despesas públicas, um aumento do IVA, e eventualmente a supressão do 14º mês, o que corresponderia, só por si, a uma redução real de mais ou menos 7% nos salários e vencimentos.
Se entretanto a isso não tiverem já sido forçados pelas circunstâncias, lá para Setembro/Outubro do ano que vem, o mais tardar, os autarcas nabantinos e muitos outros terão de mudar de hábitos. Enquanto que nestes últimos 15 anos o seu esforço tem incidido na busca de projectos para estafar os fundos europeus, doravante, e quanto mais cedo melhor, terão de acostumar-se pouco a pouco a procurar a nível local e/ou regional verbas que possam garantir o funcionamento do município. Caso o não consigam, não está excluído que possam vir a ocorrer falhas de tesouraria, susceptíveis de influir nos próprios vencimentos. Vamos esperar para ver.
Neste contexto de crise, a situação de alguns sectores é já tão problemática que começa a ter alguns contornos caricatos. Seja o leitor o juíz.
Reservámos hoje aqui no blogue dois bilhetes de avião Lisboa/Roma/Lisboa, para o próximo mês de Junho e pela TAP. (Ver documento 1). Qual não foi a nossa surpresa ao constatar que só o transporte custa apenas 36 euros por pessoa e trajecto, ou seja 72 euros no total. O pior é que as taxas somam 91 euros por pessoa, o que vem a dar um total de 163€/passageiro. Perante isto, já estamos a encarar a hipótese de no próximo ano comprarmos só as taxas. Ficar-nos-á mais barato e evitaremos a maçada das viagens.
Outro aspecto relevante do estranho mundo em que somos forçados a viver, é-nos dado pelos SMAS de Tomar (ver documento 2). Conta-se assim: Um infeliz cidadão ficou desempregado há muitos meses. Acabado o subsídio de desemprego a que tinha direito, o senhorio lá foi esperando pelas rendas, situação que se mantém. Entretanto, o homem teve de escolher entre a barriga, a água, a luz, etc. Não pagou 16 euros aos SMAS a tempo e a horas. A resposta foi fulminante, com todo o aspecto de vingança, retaliação, represália. Levaram-lhe o contador e agora pretendem que liquide não a modesta soma em dívida, mas um total de 71€98, que inclui 46 cêntimos de atraso de pagamento, mais 55€38 de despesa de religação. É uma violência e uma decisão nitidamente de outra época. Dado que praticamente todos os contadores dispõem de uma torneira de segurança, que permite cortar o fornecimento e ser selada, para que retiraram o contador ? Mero pretexto para sacar verbas adicionais ? "Despesa de religação", diz o papel. Que despesa ? O funcionário que procede a essas medidas insensatas e desprovidas de qualquer sensibilidade socal, tanto ganha desmontando e montando um contador por mês, como vinte ou trinta ou quarenta. Assim sendo, que despesa ? Quem mandou os SMAS retirarem o contador, havendo outro meio mais prático de cortar o fornecimento, mantendo o contador ?
O ano passado houve alguma polémica por causa do preçário exagerado dos SMAS, quando comparado com municípios vizinhos. Nessa altura a taxa de religação, que era, se não erramos, de 40€, foi fortemente posta em causa. O resultado foi aumentarem-na para 55€ ? Andam a brincar com quem ?
Claro que o presidente do CA dos SMAS, Luís Vicente, vai reagir com a habitual cantilena de que o preçário foi aprovado pela Câmara e pela AM, são normas, são regulamentos, são leis, são determinações superiores, etc.etc. Exactamente a mesma música de qualquer subordinado de Estaline, Hitler, Pol Pot, Fidel, Chavez, e assim sucessivamente. Afinal o pessoal da PIDE também se limitou a cumprir ordens...(Desculpa lá ó Vicente, mas cada qual serve-se das armas que tem; tu usas as religações; nós usamos as comparações; tudo nos limites da boa convivência, uma vez que "quem com ferros mata, com ferros morre".
E não adianta virem com qualquer nova tentativa de justificar o injustificável: Se o cidadão não conseguiu pagar 16 euros, como querem que pague agora quase 72 ? Que mal fez ele aos senhores autarcas ? Caberá na cabeça de alguém que retirar e voltar a colocar um contador de água, numa decrépita cidade de província, de um país assistido pela UE, custe mais caro do que uma viagem de avião Lisboa/Roma, pela TAP ? Pelos jeitos cabe. Nas cabecinhas dos autarcas que temos. E depois admiram-se que tanto investidores como contribuintes se orientem cada vez mais para outras paragens. Estamos realmente num Mundo cada vez mais louco, no qual, como murmura um dos nossos administradores "SMASfazem, pagam-mas !" E é bem capaz de ter razão.

15 comentários:

Anónimo disse...

E se em vez de tanto 'fogo de artifício' aproveitassem a verba para remendar os buracos espalhados pelos passeios e ruas da cidade? Quanto ao pobre desempregado a quem obrigam a pagar nova ligação do contador da água, é uma vergonha e uma falta de respeito por quem não tem com que pagar. Não sabia que um vice-presidente de um banco português ganha o dobro do presidente da maior potência mundial. Estes dois exemplos mostram que não temos em Portugal gente com sentido de Estado, políticos que governem para o bem dos portugueses em geral, mas apenas para uma classe privilegiada e arrogante...

Anónimo disse...

A partir da saída do Paulino Paiva a (indi) gestão dos SMAS ficou entregue ao Luis Vicente - presidente da Comissão Política do PSD, por acaso, claro - mantendo-se o Figueiredo (desempregado e militante do PSD, por acaso, claro) e entrando Sandra Mata (então secretária da mesa da Assembleia Municipal, militante e dirigente do PSD, por acaso, é claro).

Ficou assim uma comissão política do PSD a comandar os destinos dos SMAS.

No ano de 2009 para além de iniciarem o saneamento da Pedreira (em Agosto, antes das eleições) pouco mais fizeram, além de reparar as avarias, esburacar ruas e ir deixando correr o marfim, com a malta a pagar.

Em Outubro saíu o Figueiredo e entrou a Anabela Estanqueiro (dirigente do PS) e o comissariado alargou-se assim ao PS.

E assim lá vamos, canto e chorando, levados levados sim.

E quanto mais pobres e carentes mais os Vicentes carregam a prepotência, o ar mandão.

Não pagam a água e o saneamento, então são uns caloteiros!
Tiram-lhe o contador por causa das tosses e se querem mais paguem a taxa.

Sensibilidade social, querias!!!!

Isto ali não é uma IPSS.

Fortes com os fracos e fraquinhos com os fortes!!!!

Ganda (indi) gestão!!!

E bem paga (para aquilo que fazem!!!!!!!).

Não há pachorra !

Anónimo disse...

…”vingança, retaliação, represália.”


Imaginemos!...

Imaginemos que nos esquecemos de pagar a factura de electricidade e que passados todos os prazos, com dilatação e mais alguns, continuávamos a não o fazer; óbvio, a Entidade Gestora (vulgo EG) por força da sua organização interna e do normativo a cumprir outra solução não tem que ver-se obrigada a promover a interrupção do serviço; o que faz!
Para reaver o serviço prestado e caducado, o cliente mais não tem a fazer, que dirigir-se à EG, solicitar a sua reactivação e pagar as “tarifas” devidas!

Imaginemos que nos esquecemos de pagar a factura de gás e que passados todos os prazos, com notificações, dilatação e mais alguns, continuávamos a não o fazer; óbvio, a Entidade Gestora (vulgo EG) por força da sua organização interna e do normativo a cumprir outra solução não tem que ver-se obrigada a promover a interrupção do serviço; o que faz!
Para reaver o serviço prestado e caducado, o cliente mais não tem a fazer, que dirigir-se à EG, solicitar a sua reactivação e pagar as “tarifas” devidas!

Imaginemos que nos esquecemos de pagar a factura de telefone e que passados todos os prazos, com notificações, dilatação e mais alguns, continuávamos a não o fazer; óbvio, a Entidade Gestora (vulgo EG) por força da sua organização interna e do normativo a cumprir outra solução não tem que ver-se obrigada a promover a interrupção do serviço; o que faz!
Para reaver o serviço prestado e caducado, o cliente mais não tem a fazer, que dirigir-se à EG, solicitar a sua reactivação e pagar as “tarifas” devidas!

Imaginemos que nos esquecemos de pagar a factura de TVCabo e que passados todos os prazos, com notificações, dilatação e mais alguns, continuávamos a não o fazer; óbvio, a Entidade Gestora (vulgo EG) por força da sua organização interna e do normativo a cumprir outra solução não tem que ver-se obrigada a promover a interrupção do serviço; o que faz!
Para reaver o serviço prestado e caducado, o cliente mais não tem a fazer, que dirigir-se à EG, solicitar a sua reactivação e pagar as “tarifas” devidas!


Imaginemos que nos esquecemos de pagar a factura de água e que passados todos os prazos, com notificações, dilatações e mais alguns, continuávamos a não o fazer; óbvio, a Entidade Gestora (vulgo EG) por força da sua organização interna e do normativo a cumprir outra solução não tem que ver-se obrigada a promover a interrupção do serviço; o que faz!

Para reaver o serviço prestado e caducado, o cliente mais não TERIA a fazer, que dirigir-se à EG, solicitar a sua reactivação e pagar as “tarifas” devidas!

(porém, antes disso, há-de, e vai, implorar a A, chorar a B, escandalizar a C…em D, em E e em F….)

Qual a diferença das diferentes situações ao acaso apontadas? Aparentemente NENHUMA!..

Mas não! Há uma diferença e grande… enquanto as quatro primeiras EGªs como não têm rosto, não têm cara, não têm PESSOAS com quem se reclame – têm sim, competentes (pelos vencimentos),órgãos de administração -, enfim não são politicamente “enquadráveis” - a quem reclamar? À parede?!não!...Assim calamos!...

Calamos, pagamos, não bufamos , e continuamos na infindável lista de espera, pendurados no telefone, para suplicar o PAGAMENTO do restabelecimento do serviço....

Quanto á última EG, a da água, a focada no post, não, aí a coisa é “diferente”!...
A EG tem rosto, tem cara, tem pessoas, tem vida!... E por ter tudo isto, tem defeitos, o que faz é mal feito, é condenável, é atacável, é chacotável… e,coisa boa, está mesmo aqui à mão….

Em síntese: tudo é igual entre todas; com uma pequena grande diferença: numa ainda “há pessoas”, nas outras, a caminho de haver só máquinas…

Escolhamos, na escolha estamos a construir o futuro!


manuel do povo

Sebastião Barros disse...

Meu caro senhor Manuel do Povo:

A sua prosa tem água no bico e vocemecê sabe muito mais do que aquilo que escreveu. Para principiar, Manuel do povo, não é verdade ? Era bom era, porém tudo indica tratar-se mais de Manuel dos SMAS. O que, não mudando tudo, altera todavia muita coisa. Adiante !
A sua enumeração esqueceu infelizmente dois detalhes de peso. Um, é que de tudo o que foi mencionado, só a água é realmente básica, porque indispensável à vida. O outro, mais importante ainda, é que nenhuma das outras EG, como você diz, tem o desplante de retirar o contador de propósito para depois cobrar uma quantia exorbitante,conforme se demonstrou no texto inicial. Por conseguinte, o que se deve chamar a essa reles manobra? Roubo não se pode dizer, porque senão acusam-nos de calúnia. Abuso de confiança então ? Abuso de poder ? Certamente. Mas igualmente vingança, rancor, retaliação represália. (Ai não pagas ?! És caloteiro ? Pois vais-te lixar com um F, que é para saberes como é que dói.) Já ouviu falar de sadismo ?
..."Por força da sua organização interna e do normativo a cumprir, outra solução não tem..."
E depois ainda tem a lata de escrever que "tem rosto...há pessoas..." ? Como dizia o outro: Devia haver mas não há. São apenas burócratas, com uma calculadora pequenina no lugar do coração. Exactamente como no KGB, na PIDE, na GESTAPO e assim sucessivamente, que "por força da sua organização interna e do normativo a cumprir", liquidaram centenas de milhares de pessoas umas, algumas centenas a outra, só porque as ditas pensavam de outra maneira. Será assim tão difícil compreender que as leis são feitas pelo homem para servir os cidadãos ? Que não são os cidadãos que devem estar ao serviço das leis, sobretudo quando são absurdas, como é o caso ?
55 euros para colocar um contador indevidamente retirado ? E porque não, um dia destes, 100 euros para se poder votar ? Sempre resolvia os problemas de financiamento das campanhas eleitorais. Naturalmente apenas graças à organização interna e ao normativo a cumprir...
Quando tiver tempo, compadre Manel, nã se esqueça d'afinar essa moenga !

Unknown disse...

Meu mui distinto Sr. Sebastião de Barros, obriga-me a minha tesa educação de homem rude e simples do povo reverenciar-me à nobreza oligárquica de seu tão preponderante nome.

Porém, submete-me o rigor não distorcido das coisas que herdei de meu saudoso bisavô, a vir à liça, deixar uma pequena mas bem intencionada nota, à nota por V. Senhoria, com distinção elaborada!

E, assim, se por bem, e bem queira entender, a substância epistolar da prosa que acima pobremente plantei, o assunto, estará objectivamente esclarecido; caso assim não queira, e antes pretenda continuar a ver na acção material de levantamento de um contador de água, a diferença inaudita de dissemelhança na INTERRUPÇÃO DOS DIFERENTES SERVIÇOS PRESTADOS, é raciocínio que à dimensão do meu pequeno pensar de homem do povo, não conseguirei (com muita pena minha naturalmente), acompanhar!

Aqui pelo torrão se diz, quem deve, deve pagar; quem não quer pagar, engendra complicações.

Ainda, meu bisavô clamava: piqueno, importa o conteúdo, a forma qualquer lha traça, como bem quer e lh´aproveita….

Com excepção, um revigorado aperto de mão.

De si,

manuel do povo

ana disse...

pois e quando se chega cas de um dia de trabalho e tem se as contas em dia mas água cortada, sim é que o senhor do sma não sabe qual o direito e o esquerdo. e o vizinho não tinha posto o bric(correio) e ele não recebeu a carta para pagar. e esta aconteceu-me aqui á uns anos.....

Sebastião Barros disse...

Ó sr. Manuel ! Posso muito bem ter-me equivocado a seu respeito, mas olhe que também sou um homem do povo. Os meus avós paternos nem ler sabiam, quanto mais...
Concordo inteiramente consigo que quem deve tem de pagar, dependendo da dívida. Se deve 16 euros,da água consumida e demais alcavalas, porque raio terá de pagar 72 ? Quem ordenou a retirada do contador que faça favor de assumir as custas. Ou são sempre e exclusivamente os eleitores/contribuintes que têm de pagar as aselhices dos senhores dirigentes ? Neste caso preciso, além da absurda e ridícula tabela, votada por quem nós sabemos todos, que outro obstáculo impede que cada qual pague apenas aquilo que consome, mais as usuais taxas, já de si mais elevadas que noutros concelhos ? As tais normas internas, não é ?
O meu avô costuma comentar "Então ora gaita para tais normas!". Também concordo, ou não fosse seu descendente.

Anónimo disse...

Boa tarde António Rebelo,

Toda a gente sabe que os "baixos" preços praticados pelas transportadoras aéreas de referência são enganosos porque por detrás escondem-se as malfadadas taxas que catapultam o preço a pagar pelo cliente para o valor que a empresa orçamentou. Bem feito para quem se arma em "nacionalista" em defesa da economia do país, como se os economistas do país se ralassem com as nossas economias. É como em tudo na vida! A nós não perdoam nenhuma oportunidade em apelar ao sentimento pátrio, mas a nós fazem-nos sentir uns "foragidos" na nossa própria terra sempre que a ocasião é de retribuição.
Por mim, que até nem gosto de viajar de avião, já fiz algumas viagens em transportadoras low-cost, sobretudo para os países do Benelux, e devo dizer que não notei diferença nenhuma nas condições em que viajei. Onde senti uma enooooorme diferença foi no acto do pagamento.

Quanto à acutilância dos nossos SMAS, devo dizer-lhe que mais que nunca se impôe uma justiça de Dâmocles. O utente consome, portanto paga! Independentemente da sua condição socio-económica! A justiça é zarolha e corta a direito! A não ser...em tudo há excepções, o utente seja membro de açlguma minoria étnica. Aí o caso muda de figura e a benevolência entra em cena! Seja como for há que restringir ao máximo as cedências. Só assim se podem remunerar as eminências que fazem parte da pirâmide orgânica da nossa tão querida instituição que são os SMAS. "Boys and girls will be always boys and girls"...

Nabantino disse...

Os SMAS de Tomar funcionam "muito bem"... Passam esgotos à porta mas não tens hipótese de efectuar a ligação? Pagas a taxa de esgotos na mesma... Mudas de conta bancária para efectuar o débito directo na EDP, PT e SMAS. Corre tudo bem... excepto nos SMAS que mudam os dados e a factura não é paga... A Câmara delibera que durante o ano 2009 as tarifas de ligação são reduzidas a metade? Ah não sabemos disso e pagas pela totalidade... A casa não é habitada e não tens consumo de água? Pagas a taxa de resíduos sólidos na mesma...

Balancete de tesouraria em Novembro 2009: 597 314, 72€ !!! Pudera assim também eu...

Anónimo disse...

Meu caro Sebastião,

Sei que tem uma costela de aguadeiro desde que participou numa Festa do Tabuleiros, mas anda a leste da realidade do sector da água. E não percebo o seu discurso demagogo a não ser que tenha um furo no quintal e use a água da rede pública apenas para beber e fazer as sopas.

1- A água pode ser pública, mas a a sua captação, tratamento e distribuição não. É um bem indispensável à vida, tal como o ar que respiramos. Contudo se queremos ar puro temos por vezes que o procurar noutras paragens e noutras altitudes (ou mesmo noutras latitudes... aliás já o vi comentar muitas vezes que um dos motivos que o levava a viajar era a necessidade de "mudar de ares").
Ou seja, ter boa qualidade de vida, ter bons ares e boas cores custa dinheiro. Tal como custa dinheiro tratar a água que temos nas torneiras de casa e que podemos beber sem problemas. Eu ainda sou do tempo de ir buscar água à fonte porque a que vinha na rede não era potável. Mas pelos vistos, o Sebastião está esquecido. Já agora, não compreendo como pessoas como você se lamentam aos quatro ventos por pagar 1 € por cada metro cúbico de água potável (ou seja 1000 litros de água que podem beber sem problemas para a saúde pública) e compram garrafinha 0,33 l de água engarrafada a mais de 1 €;

2- O pagamento do serviço implica pagar os custos da estrutura que garante o funcionamento com qualidade do mesmo. Podemos discutir o regime de monopólio do mesmo mas, como muito bem sabe, este é um monopólio natural. É impossivel - como acontece no sector da energia eléctrica - termos vários operadores em simultâneo e os utentos poderem escolher livre e individualmente;

3- Os 55 euros para reinstalação pode ser um valor excessivo, mas pretende também afastar as ideias que alguns chico-espertos advogam de, por exemplo, em segundas habitações, andarem permanentemente a ligar e a desligar contadores. Isto também acontece no campo dos seguros de veículos motorizados e ainda não o vi atirar-se ao assunto;

4- Não vou discutir os princípios economistas do sector da água. Mas penso que a sua ideia de Serviços Municipalizados é demasiado populista para ser tomada como aceitável. Nem os radicais do Bloco de Esquerda vão tão longe quando defendem em Portugal a existência de um sector público no campo da água.
O amigo Sebastião quer pura e simplesmente liquidar o sector público. Se defendesse os privados também gostaria de destruir o modelo público. Ou será que pretende regressar aos tempos dos poços e fontanários e quando os aguadeiros distribuíam água na cidade?...

Zé da Bilha

Anónimo disse...

"
Ó sr. Manuel ! Posso muito bem ter-me equivocado a seu respeito, mas olhe que também sou um homem do povo. Os meus avós paternos nem ler sabiam, quanto mais...
"
Na Idade Média os Reis e os nobres por esta Europa fora faziam questão em não saber ler...

Anónimo disse...

"
O utente consome, portanto paga! Independentemente da sua condição socio-económica.
"

Ainda não vi ninguém advogar preços diferenciados - consoante a condição sócio-económica dos consumidores - para o pão, para as comprar do Modelo, para as chamadas de telemóvel, para os parquímetros, para as "bejecas"...

Anónimo disse...

SMAS: Balancete de tesouraria em Novembro 2009: 597 314, 72€ !!!

E onde estão os investimentos que ainda precisam de ser feitos? O meu esgoto contínua a ir para a fossa e o do meu vizinho vai directo para a albufeira do Castelo de Bode.

Tómané

Sebastião Barros disse...

Meu caro Zé da Bilha:

Antes de mais, se me permite, um pequeno conselho -mude de pseudónimo, para evitar risotas desnecessárias. Já viu que se calha a ser uma senhora era a Maria da Bilha ?
Quanto ao seu sábio comentário, permito-me citar esta passagem: "Os 55 euros pode ser um valor excessivo, mas pretende também afastar as ideias de alguns chico-espertos de, por exemplo em segundas habitações, andarem permanentemente a ligar e a desligar contadores. Isto também acontece no campo dos seguros de veículos motorizados e ainda não o vi a atirar-se ao assunto;"
Está tudo explicado, senhor Manel ! A morte tem sempre uma desculpa. É por isso que morremos todos. Dito isto, continuo sem perceber porque é que retiraram o contador após uma fabulosa dívida de 16 euros. Os SMAS iam à falência ? Tiveram medo que fosse um desses tais malandros que têm segundas habitações e se põem a brincar com as tropas ? Quem é que atribuiu funções de polícia dos costumes aos SMAS ?
Quanto à sua comparação com os seguros de veículos, apenas dois reparos. 1 - Cada qual coça-se onde lhe morde e quando lhe morde; 2 - Comparação por comparação, será por haver cada vez mais gatunos que os SMAS resolveram dedicar-se igualmente a essa arte ?
Escreva sempre, senhor Zé, que a sua prosa é boa e tem piada. Essa de que 55 euros "pode ser um valor excessivo", seria até de mijar a rir, se não fora o aspecto trágico da coisa, e não convir gozar com a miséria dos outros.

Anónimo disse...

O que se passa em Tomar é o mesmo que se passa no país. É uma vergonha! Com tanto desemprego e tanto jovem licenciado desempregado, são aos milhares os boys do PS e PSD com dois e três empregos bem remunerados para o que de facto lá produzem.
Veja-se o caso do Luís Vicente nos SMAS!
Veja-se o caso do eng. Perfeito no Gab do Corvelo!
Veja-se a Sandra Mata nos SMAS!
Veja-se a Anabela Estanqueiro nos SMAS!
E Muito mais!!!
Um dia destes apresentamos a lista para que os jovens deste concelho saibam porque é que há tanto desemprego por terras do nabão.
Vamos estar atentos aos boys que o PS local vai colocar na câmara...depois voltaremos a falar.