Dois recortes da edição de hoje do Diário de Notícias, um dos jornais portugueses "de referência". Este primeiro é sobre o Le Monde e visa contribuir para o esclarecimento dos inimigos de estimação e outros invejosos congénitos ("são verdes, só os cães as podem tragar..."), que nos reprovam a leitura assídua do vespertino parisiense. Lendo esta apreciação do DN, pode ser que fiquem a perceber melhor certas opções. Oxalá !
Parecendo nada ter a ver com a anterior, esta colaboração de Nobre-Correia, igualmente recortada do DN, a quem aproveitamos para agradecer, está afinal em íntima relação com ela. Em primeiro lugar porque o professor de Bruxelas cultiva o mesmo estilo dos jornalistas do Le Monde. Informa analisando, mantendo sempre a atitude do pessimista encartado. Depois, porque fala do jornalismo que se pratica em Portugal, implicitamente comparado com o que ele lê todos os dias. Finalmente, reprova aos lusos escribas a usualmente péssima qualidade daquilo que produzem. Realmente, longe do quintal tem-se uma visão mais serena e mais ampla do dito.
Aqui na baixa nabantina, além dos problemas apontados por Nobre-Correia (falta de verificação, falta de análise, falta de hierarquia conveniente) há ainda o excessivo conformismo e o exclusivo uso da descrição, geralmente sem qualquer contextualização. E depois vão-se queixndo que os leitores são cada vez menos.
"Que bem prega Frei Tomás ! Façam o que ele diz. Não olhem para o que ele faz !". Assim estão muitos plumitivos profissionais.
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