terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

ECONOMIA: MAIS SINAIS DE TEMPESTADE...

Este desenho é da edição de ontem do suplemento de economia do Le Monde. A primeira bandeira é, está-se mesmo a ver, a grega. A outra, a seguir à nossa é a da Irlanda, logo seguida da Espanha, da Itália e da França. Tudo em cima de um euro, sangrado até ficar branco...


Entretanto, no L'Express desta semana, Patrick Artus, director do gabinete de estudos económicos do banco internacional NATIXIS, citado por Benjamin Masse-Stamberger, sustenta que "Apesar de tudo, a situação das finanças públicas gregas não é pior que a de Portugal ou a da Irlanda. E é mesmo melhor que a da Inglaterra. Mas o que os mercados estão agora a castigar é o facto do governo grego ter "alindado" o défice e o conjunto da sua contabilidade."
Dado que por estes lados, Teixeira dos Santos previu 3,9 % de défice, e afinal são 9,3%, impõe-se a pergunta: A leitora ou o leitor já constituiram (no caso de o poderem fazer) alguma poupança de precaução ? Não ? E estão à espera de quê. O temporal económico que se anuncia vai ser violento e vai durar. Olá se vai !
Donde o carácter totalmente folclórico e de ornamento circunstancial do orçamento da autarquia. É cruel, mas, como diria Vítor Cunha Rego, as coisas são o que são, e não adianta maquilhá-las. A verdade é como o azeite na água; acaba sempre por vir ao de cima.

1 comentário:

Cantoneiro da Borda da Estrada disse...

Porque será que não resistimos a hiperbolizar os abismos onde tanta gente parece tanto gostar que nos despenhemos?

Sou otimista e sei que sê-lo não é suficiente. Mas é útil.

Estou convicto que os pregadores de desgraças para o nosso país (penso que o autor do blogue não é destes), vão continuar a ganir por aí até se quedarem no silêncio. E era bom que se calassem rápido, porque começam mesmo a incomodar nesta única batalha que sabem travar e que travaram toda a vida.

Não queriam mais nada!... Um país como o nosso, com as elites que temos tido a amanharem-se e a trair quem os parturiu, e que com a dimensão que teve esta crise, estivéssemos aí frescos e lampeiros nas economias!

Mas é vê-los muito criativos em retórica, em críticas de xicos espertos, contra os que tiveram a coragem de implementar reformas, ou pelo menos tentaram...

Ou então a clamarem por todo o lado contra a falta de liberdade de imprensa... Minha nossa! E a cantarem vitória no conflito dos professores, cuja resolução custa este ano ao Estado 420 milhões de euros em salários.

Confio que os pregadores de desgraças não têm futuro. Parece-me mais que andam danados com alguma coisa que lhes fizeram (ou não fizeram).