quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

ORÇAMENTO MUNICIPAL 2010: PONTO FINAL


Esta ilustração identifica mais um caso em que, no âmbito do projecto de orçamento e plano da CMT para 2010, não dá a bota com a perdigota. O texto menciona 27.982.427€ para as despesas correntes, mas a infografia mostra um total de 24.406.902€. Será provavelmente, uma vez mais, um quadro do orçamento anterior.
Seja assim ou assado, o ocorrido não tem qualquer importância prática, pois tudo indica estarmos perante um documento faz de conta, em forma de coisa nenhuma, unicamente para entretém da actual maioria de circunstância, e para cumprir o clausulado legal em vigor. Aliás, os próprios autores citam, na primeira página da introdução, aquilo que, idealmente, deveria ser o documento a submeter à discussão: "As Grandes Opções do Plano, documento que integra o Plano Plurianual de Investimentos e as Actividades Mais Relevantes, definem as linhas de desenvolvimento estratégico adoptadas pela Autarquia." Infelizmente para os eleitores da cidade e do concelho, duas páginas adiante os autores confessam-se e admitem a verdade:"Com estes documentos pretende-se reflectir aquele que é o pensamento e a estratégia dos responsáveis pelos destinas do concelho, bem como através da sua discussão e divulgação dar a conhecer aos munícipes todos os projectos e obras que pretenbdemos concretizar."
Objectivo plenamente conseguido quanto a nós. Único pensamento que sobressai do documento = "Continuar a estar sempre à mama dos fundos europeus, sejam eles quais forem". Óbvia estratégia dos responsáveis pelos destinos do concelho = "Conseguida quanto mais massa melhor, para fazer quanto mais obras vistosas melhor, logo se verá onde é que isto vai parar."
Definição de objectivos operacionais, discussão dos mesmos, calendarização, articulação, adequação, reformulação consoante a conjuntura, para quê tanta trabalheira ? Basta ir atirando alguma poeira para os olhos do eleitorado, ao mesmo tempo que se vão acusando os críticos mais acérrimos de "pessimismo crónico doentio". No que toca a Tomar a dianteira, fica desde já aqui explicitado que: 1 - Se a frequência escolar está a diminuir de ano para ano, por nossa causa; 2 - Se há cada vez mais habitantes a abandonarem o concelho, por nossa causa; 3 - Se há cada vez mais prédios antigos e apartamentos para vender, por nossa causa; 4 - Se há cada vez mais estabelecimentos para trespasse, por nossa causa; 5 - Se há cada vez mais empresas e estabelecimentos em crise, por nossa causa; 6 - Se os diversos custos públicos são no concelho de Tomar muito mais caros que nos municípios vizinhos, por nossa causa; 7 - Se a qualidade das prestações (ainda) asseguradas pela autarquia (limpeza, lixo, espaços verdes, casas de banho, por exemplo), se degrada de dia para dia, por nossa causa; 8 - Se a autarquia padece de excesso de funcionários e de falta de trabalhadores, por nossa causa; 9 - Se a situação financeira do município se degrada a olhos vistos, por nossa causa; 10 - Se o executivo não dispõe de um roteiro digno desse nome, permitindo-lhe saber para onde vamos, a que ritmo, quando e porquê, por nossa causa; Então admitimos ser "pessimistas crónicos doentios", que é como quem diz, em linguagem política limpa e mobilizadora, "pessimistas militantes". E, naturalmente, assumimos poder vir a ser o "bode expiatório" desta triste situação que é a de nós todos. Caso contrário, poderemos ser, quando muito, um argumento demasiado fácil para justificar as vossas incapacidades ou, como referiu no século passado um conceituado dirigente associativo tomarense, o "bode respiratório", que neste caso escreve e provoca falatório, o que naturalmente não vos agrada. Essa é que é essa !

3 comentários:

Rebelesco disse...

Hoje em dia com tantas máquinas de calcular, como é possível haver tantos enganos, ou erros políticos a que já nos vamos habituando? Se ainda se contasse pelos dedos, talvez fosse mais fácil de efectuar as contas partidárias, perdão, políticas, mais conhecidas pelo 3+2. Se me engano na tecla ainda aparece o 32 em vez do somatório de 5 para o mesmo tacho que se vai enchendo através dos bolsos dos contribuintes. Sairem dos gabinetes, mas para quê? Com tanto frio e chuva, lá é que se está bem, a trabalhar(?)... para se debruçarem sobre os assuntos.
Onde é o almoço hoje, quem vai à festa tal no próximos fim-de-semana, quem vai às excursões, a que horas é a bica no café Pepe, etc., etc., etc.
Mas ainda faltam os outros 2"verbos de encher" que por lá andam, a fazer o quê? Assim o Orçamento será aprovado pelos 3+2que depois alguém ainda fará o favor de contar pelos dedos e provar a esses politiqueiros que as contam não batem certo.
Pobre cidade que há muito já morreu, mas para os políticos, está bem viva. É que não há memória de alguma Câmara no nosso País ter ido à falência... Será a de Tomar a primeira? Ou será que estão à espera do dinheiro que virá(?)do edifício Stª Iria antes da queda para o rio Nabão? E quem será o "Pavão" que quer apresentar a sua candidatura para Mordomo da Festa dos Tabuleiros? Algum futuro pretendente a Presidente da Câmara de Tomar? Assim já está percebido o facto da bota não bater certo com a perdigota. Pode ser que as contas e dívidas venham a ser parecidas com as mesmas da Festa do ano 2003!!!

Luis Ferreira disse...

Com a vénia respectiva, que o meu amigo Prof.Rebelo não leva a mal este tratamento cerimonioso e "excessivamente protocolar" que agora adquiri, gostava de chmara à atenção para as declarações de Voto que os vereadores socialista proferiram hoje n aprovação do Orçamento Municipal pra 2010.

Pode ser consultada no sítio do costume:

Concelhia de Tomar do PS

Com os meus melhores cumprimentos e com a informação adicional que os quadros, errados, foram naturalmente substituidos, me despeço

Luis Ferreira - Vereador

Anónimo disse...

Agradeço, peroradamente, que o sr. Luis Ferreira se escuse a vir comentar seja o que for neste blogue (ou em quaisquer outros à excepção dos seus). Já basta as agressões a que o meu intelecto é sujeito no dia a dia da comunicação social em geral, quanto mais ter que, inevitavelmente, "dar de trombas" com os excelsos comentários deste senhor.