quinta-feira, 8 de julho de 2010

ANÁLISE DA IMPRENSA DESTA SEMANA

COLABORAÇÃO DA LIVRARIA CLIPNETO LDA.

É sempre de alta qualidade a "Última página" d'O MIRANTE, esta semana com interesse para os tomarenses. Com efeito, nela se critica asperamente a autarquia escalabitana -a mais importante do distrito- sendo que vários aspectos correspondem ponto por ponto ao que se passa com a câmara nabantina. Mau sinal, porque como sabemos a edilidade presidida pelo independente Moita Flores até já foi forçada a celebrar um insólito acordo de futuros com a EDP, como forma de evitar in extremis a cessação de pagamentos. Apesar disso, ao que se diz e a peça em questão deixa subentender, as coisas estão cada vez mais longe da bonança...Excelente leitura, portanto, para os eleitores com interesses nas margens do Nabão. Quando vires as barbas do vizinho a arder...
Igualmente n'O MIRANTE e sobre Tomar, uma peça relatando o assalto que rendeu 300 mil euros de relógios de colecção, assunto difundido em primeira mão pel'O TEMPLÁRIO, no início da semana passada... À falta de melhor, alguma imprensa ainda acha que águas passadas podem voltar a mover moínhos.

Também O TEMPLÁRIO insiste na do supracitado assalto, o que se compreende. Como foi o primeiro a dar a notícia no seu site... Há, no entanto, uma pequena confusão, ou um abuso de linguagem, se preferirmos. Na verdade, o assalto não foi milionário, nem lá perto, porquanto não foram furtados nem milhões de relógios, nem o valor do furto chega sequer a meio milhão de euros. E, contrariamente ao que muitos julgam, milionário refere-se sempre a milhões e nunca a milhares, seja daquilo que for. Cuidado, por conseguinte, que o Camões era zarolho mas não consta que escorregasse assim. De certeza certa, pois o vocábulo em causa ainda não existia em português, se calhar por falta dos ditos...
Mas o grande tema desta semana do semanário dirigido por José Gaio continua a ser o encerramento do Mercado Municipal, ao qual dedica várias páginas ilustradas e com opiniões de todas as partes envolvidas. Infelizmente, muita parra e pouca uva. De soluções definitivas, quase ninguém fala. E sem elas...
Terceiro título da primeira página, a acumulação de lixo na Barragem do Castelo de Bode. É mais um triste exemplo da situação cada vez mais lamentável do concelho de Tomar, em termos de higiene e limpeza. Por este caminho, um dia destes a ASAE ainda se vai sentir obrigada a mandar encerrar toda a cidade e todo o concelho de Tomar, como forma de prevenir o aparecimento de epidemias de doenças contagiosas...E olhem que não é para rir.

Vários temas em destaque no CIDADE DE TOMAR. Escolhemos três. O primeiro é a notícia da intervenção do deputado municipal António Cruz, agora independente, que numa panorâmica daquilo que vai mal no concelho, tocou num ponto geralmente tabú -o turismo. Referiu uma intervenção do representante do Turismo de Portugal na Comissão de Acompanhamento do PDM, em 2009, na qual considerou um ponto fraco a inexistência de um Plano Estratégico Municipal de Turismo. No nosso modesto entendimento, se tal plano vier a ser elaborado e se revelar de qualidade igual à do PDM, não faz cá falta nenhuma. E não se vê como poderia ultrapassar a mediocridade ambiente, num país como o nosso, onde ainda ontem a Comissão de Avaliação do Ensino Superior lamentava que haja no mercado 63 cursos superiores de turismo, mas não haja doutores nem investigadores nacionais nessa área. Eles devem saber porquê, mas também não ignoram que "o calado foi a Lisboa e veio, e não pagou nada..."
O outro tema é a nota do director, a merecer leitura devidamente esmiuçada. António Madureira escreve raramente. Quando o faz é porque sente que a sua terra, o nosso berço, não vai bem nem para lá caminha. Também porque a colónia nabantina na capital começa a sentir alguma vergonha em proclamar que é de Tomar, coisa que antes fazia com muito gosto e orgulho. Outros tempos, outro contexto, outra economia...

Para finalizar, mais um desenlace triste. Mais 120 trabalhadores tomarenses arrastados para o desemprego pela insolvência da Freitas Lopes, do ramo da serração e exportação de madeiras. Falta saber a causa ou as causas de tal falência, mas segundo a peça de Cidade de Tomar, a administração da empresa não prestou qualquer declaração sobre o assunto. Concorrência desleal? Falta de competitividade? Falta de crédito bancário? Outras consequências da crise? Problemas causados pelo alastramento do nemátodo dos pinheiros? Obsolescência técnica e de gestão?
Em Tomar, muita gente continua a pensar que o segredo é a alma do negócio, pelo que quanto menos se disser ou escrever, melhor é. Os factos demonstram que estão equivocados. Mas que se há-de fazer? A evolução acelera de tal forma que começam a existir em cada cidade diversos tempos, várias épocas em simultâneo... o tão falado caos, em suma.

6 comentários:

Anónimo disse...

a colónia nabantina na capital começa a sentir alguma vergonha em proclamar que é de Tomar, coisa que antes fazia com muito gosto e orgulho...

Anónimo disse...

Mass Tomar é motivo de orgulho para qualquer um. É a cidade dos festivais. Ele é o festival da cerveja, ele é o festival da telha, ele é o festival do frango assado, ele é o festival do feijão, ele é o festival da lampreia, ele é o festival da sopa...

Anónimo disse...

Faltou acrescentar "todos de elevada craveira artística e cultural". Por este caminho é até bem possível que um dia destes ainda se venha a assistir à realização em Tomar do festival do arroto, do festival do flato, do festival do pifo, do festival da poia, do festival do palavrão, do festival dos obesos, do festival da masturbação (intelectual e da outra) e do festival do coice. Candidatos não faltariam. Assistência também não. E com o Quim Barreiros, o Quim Roscas e o Zeca Estacionâncio, era só ensacar euros. Ó se era.
Mais tarde, seria tempo de instalar uma casa de meninas, com 60 pensionistas, naturalmente de charme, no conjunto CNA Feminino/Santa Iria. Com um nome muito apelativo e apropriado, já avançado por um conhecido escriba da nossa urbe: O CURRAL DAS FREIRAS
Quando tudo isto já existir é que Tomar vai sair da crise de vez!

Anónimo disse...

Na análise da imprensa desta semana «penso eu de que» falta uma observação que se impõe: jornais regionais, locais e rádios nabantinas, prestaram-se a divulgar mais uma etapa no branqueamento que está a ser levado a cabo, relativamente à gestão ruinosa que foi desenvolvida no clube.
Com Luís Boavida à cabeça - a motivação é o facto de ter sido (mau) presidente do clube - o feito de um conjunto de jovens serviu para mais uma feira de vaidades, a que nem faltou presidente e vice da Câmara...
Um podia ter ido à Festa do Sporting de Tomar, mas os tempos obrigam a marcação cerrada um ao outro, logo até pelo facto dos cartazes anunciarem Festa dos Campeões com muita bebeida, o que é bem diferente de muita bebida, lá estiveram também a ajudar a passar a imagem de clube sério, importante, cumpridor e com direito a créditos junto desses malfeitores que são os inspectores das Finanças.
Das dívidas? Do seu pagamento? De saber quem as originou? O melhor mesmo é não se saber porque eles querem é festa...

Anónimo disse...

LUIS BOAVIDA o Rei do Facebook!
O kromo mais importante!
O representante em Tomar da Associação de Futebol de Santarém!
O lagarto mais verde da região!
O homem da massa da Câmara!
O homem pró-activo dos sete instrumentos!!!!!

Anónimo disse...

Para anónimo das 22:23

Será por causa dele ser o Rei que a Câmara bloqueou o acesso ao Facebook nos seus computadores?
Não sei se sabe como é longa a lista dos sete instrumentos, mas se permite o contributo:
Ex-Presidente do União de Tomar (que quer esquecer);
Ex-Núcleo Sportinguista de Tomar (que quer esquecer);
Associação de Pais da Escola Santa Iria;
Associação de Pais da Escola Santa Maria dos Olivais;
Associação de Antigos Alunos da ESSMO;
Ex-Associação Rádio Hertz;
Ex-Escola de Futebol;
Professor (?) no Politécnico (como é que a vida do IPT há-de andar direita?);
São tantos os títulos, de referência, que não sei se tem orgulho nalgum. E ainda se lhe podia juntar o de companheiro do Constantino na formação sobre SIADAP que decorreu na semana passada para funcionários da Câmara. Com "chefes" destes bem podem os políticos dizer que mandam, porque na prática, são paus mandados de técnicos obsoletos, sem carácter, incompetentes e que conduzem este concelho ao estado em que se encontra, colocando em xeque centenas de funcionários cooperantes e interessados que realmente se esforçam por Tomar.