sábado, 17 de julho de 2010

SEM BOAS INFORMAÇÕES...

Como bem sabem todos os decisores realmente com vocação para a arte, quer sejam militares, quer civis; quer do sector público, quer do privado, só por mero acaso se pode chegar a boas decisões, sem boas informações prévias. Não é certamente por acaso que todos os países têm aquilo a que eufemisticamete designam como "serviços de inteligência". Os USA então, em vez de um serviço de informações, têm mais de uma dúzia. Sem contar os não oficiais.
Aqui em Tomar continuamos a viver numa outra época, na esperança de um hipotético D. Sebastião, que acabará certamente por aparecer. O anterior era engenheiro, corajoso, frontal e autocrata. Chamava-se António Paiva e os resultados estão à vista de todos. Não vale a pena dizer mais.
Pois durante o referido reinado, foi decidido (pelo próprio, pois claro!) que os ciganos do Flecheiro iriam para um bairro a construir na Zona Industrial. De Herodes para Pilatos e deste para aquele, os anos passam e o acampamento cigano mantém-se como anteriormente. Talvez seja o melhor, até que a autarquia não tenha a coragem de ouvir aquela comunidade e os tomarenses. Porque a ideia de edificar um bairro só para ciganos, numa zona não habitacional e bem longe da área urbana, já nem na África do Sul, quanto mais agora em Tomar. Apesar de estarmos situados na periferia da periferia da Europa, que como é bem sabido acaba nos Pirinéus, para quem vem de lá.
Se a autarquia pretende realmente encontrar uma solução para o problema, compatível com os reais interesses de ambas as comunidades -a tomarense e a cigana, que dela faz parte- terá de começar por se informar convenientemente. Afinal, é para isso que existem os departamentos especializados da administração municipal. Feito isso, terá de obedecer a todos os normativos europeus, que condenam severamente qualquer tipo de discriminação. Finalmente terá de decidir rapidamente, passando aos finalmentes logo que possível. Quanto mais tempo o problema se arrastar, mais difícil será a solução. E seja ela qual for, provocará sempre problemas mais ou menos graves. Não há soluções perfeitas. O mais que se deve procurar , é implementar a menos problemática. Tudo devidamente visto e ponderado, como se escreve nas actas camarárias, mas raramente se pratica.
Esta reportagem do PÚBLICO fornece informação actualizada e de qualidade. Merece por isso, no nosso entendimento, leitura cuidada e posterior troca de ideias (vulgo debate), nos locais próprios. Nós, se fôssemos autarcas em funções, ou íamos ou mandávamos alguém a Beja, para ouvir detalhadamente ambas as partes. Porque há muita coisa que não convém escrever. Sobretudo nos jornais de difusão nacional... E deve de haver por esse país fora (e/ou em Espanha), ciganos felizes... Mas dá muito trabalho, não é?

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14 comentários:

Anónimo disse...

O problema dos ciganos não é mais complicado que o dos portugueses, que, em França, na África do Sul e em outros lados são tratados e olhados com desconfiança, como os ciganos entre nós.
O problema dos ciganos tem de ser resolvido com eles, com os seus representantes, connosco, e com os demais públicos e privados.É um problema cultural apaixonante, que tem de ser solucionado sem preconceitos.
Reparem que a banda Gipsy Kings é cigana. O futebolista Ricardo Quaresma é cigano. Salvo erro, o actual presidente da CM de Torres Vedras, Licenciado em Direito, é cigano. E há muitos outros exemplos.
A decisão do Engº António Paiva de construir uma bairro cigano ou para outros numa Zona Empresarial é tão absurda que diz tudo do homem, que era teimoso e não era corajoso, como julga SB, antes pelo contrário. A maioria das pessoas assume atitudes "corajosas" para esconder o medo, e, como dizem os psicanalistas, a teimosia é sempre sinal de insegurança e de deficite de espírito... santo, mas não demoníaco.
A CMT não resolve o problema dos ciganos nem os dos tomarenses.
Hoje, eu e outros tomarenses, fomos às sete da manhã para os arredores de Tomar encontrar-nos com a senhora que nos vendia o peixe no Mercado Municipal. Mas tivemos de o fazer de forma clandestina.
Entre os clientes da senhora estabeleceu-se uma rede de contactos para conseguirmos o seu nº de telefone, através do qual se diz o que queremos, e onde se combina o local, clandestino, e as senhas de contacto.
Voltámos à clandestinidade dos tempos do salazarismo, e ao estilo de vida do gueto de Varsóvia. Os ciganos são segregados. E os tomarenses não o são ?

SÉRGIO MARTINS

Anónimo disse...

Cavaco vai em visita a Angola? Com a maior comitiva de empresários de sempre?
Este país é uma virtualidade. Assembleia da República a brincar ao circo. PR a endividar ainda mais o erário público com as viagens que tem feito. Câmaras endividadas e corruptas.
Este país é uma tristeza.
Tomar está um asilo de velhos.
A cidade está velha, cheia de buracos e o subsolo retalhado que nem um queijo suíco. O município aparece nos media nacionais pelos piores motivos: mercado municipal, ciganos.
Não há soluções e nem os geniais Rebelo e S. Martins as têm e se disserem o contrário são mentirosos e aldrabões.
Eu aconselho a emigração para a Europa Setentrional e que vivam cá os pensionistas, reformados e vigaristas: O PAÍS ESTEVE A SAQUE E AGORA ESTÁ NU.

Anónimo disse...

O prezado cidadão emigrado lá para as brumas da Europa do Norte, terá paradoxalmente perdido o Norte. E a educação e as boas maneiras também.
Pode naturalmente pensar e escrever aquilo que quiser. Não tem, todavia, o direito de ofender cidadãos eleitores, sem provas, e em oposição a um longo passado conhecido de todos. O meu amigo Sérgio Martins dirá de sua justiça, que felizmente não carece de advogado. Tem bagagem mais do que suficiente para se defender e sair-se airosamente.
No que me diz respeito, meu caro compatriota, a névoa escandinava deve ter-lhe toldado a postura. Disse, escrevi, repeti e repito: TENHO UM PLANO GLOBAL COERENTE E ADEQUADO AOS NOVO TEMPOS, PARA ESTA TERRA ONDE NASCI E QUE AMO.Bom ou mau, a seu tempo se verá. Em qualquer caso, não lhe admito que me apode de mentiroso e aldrabão. Tens provas do que afirma? Olhe que já ando por aqui desde antes do 25 de Abril e nunca ninguém ousou dirigir-me semelhantes barbaridades.
Digo-lhe isto apenas porque, segundo o velho anexim, "Quem não se sente não é filho de boa gente". Quanto aos resto, devo dizer-lhe que as suas calúnias malcriadas resvalam na couraça da minha indiferença. Na Escandinávia, tal como por cá, também há de tudo, conforme está à vista.

Cordialmente,

António Rebelo

Anónimo disse...

Parábens professor deu a resposta a esse SR. anonimo á altura que ele pediu. Porque para se dizer mal, nem a coragem tem de dar o seu nome, quanto mais a cara. A cidade está velha?Não a cabeça dele é que esta velha.Porque com pensar assim nunca se saí da sepa torta. Quanto á noticia devemos respeitar as pessoas que querem seguir as suas tradições, mas também há aqueles, que seguindo as suas tradições vão se entegrando na sociedade em que vive, não foi para isso que se fez o 25 de Abril, eu nasci pouco tempo depois, mas foi sempre o ouvi, desculpe se estou errada.Mas também só da sua opinião que devem ser ouvidos, eu pessoalmente não gostava de os ver todos num guento, porque acho que muitos deles, já tem outro pensar, eles e salvo seja, as pessoas também, porque não tem o direito de enfim todos no mesmo saco.(espero não ofender niguém pois é uma materia muito sensivel)

Anónimo disse...

O anónimo das 20,25 apresenta um texto incoerente que revela um espírito toldado por alguma anomalia. Como sou um apaixonado por psicologia e psicanálise agradeço a oportunidade que me dá de estudar o comportamento humano.
Ao contrário do Antóno Rebelo, a quem retribuo a amizade, e da maioria das pessoas, eu não professo o "quem não se sente não é filho de boa gente". Oriento-me pelo seu contrário, mais ao gosto dos psicólogos e dos sábios:"quem se sente não é filho de boa gente". Quem se sente com os insultos e provocações é porque não está seguro de si. Não ofende quem quer, mas quem pode. E você não pode, porque é demasiado frágil. É fraco porque não tem outros argumentos para além do arremesso da verborreia insultuosa. Para si a minha compaixão.
A sua postura de derrotado é impressionante:"Não há soluções (para Tomar) e nem os geniais Rebelo e S. Martins
as têm e se disserem o contrário são mentirosos e aldrabões".
Costuma dizer-se que só a morte não tem solução. Tomar só não teria solução se estivesse a morrer de doença incurável. Está doente, em decadência, mas ainda não morreu.
Já que fala da Escandinávia recomendo-lhe que estude a Histáoria da Suécia. No início do século XX era um dos países mais pobres do Mundo, senão o mais pobre. Graças a um grupo de Economistas de tendência social-democrata deram a volta por cima e tornaram-se no que se sabe.
Se for estudar o que tenho escrito desde 1987 nos jornais tomarenses encontrará lá as soluções para os problemas tomarenses. Manter uma constância ao longo de 23 anos, como a que mantenho, o que é reconhecido e apreciado por muita gente em Tomar, e não só, é muito digno, mostra a minha força de carácter. Força que não é afectada pelo "mentiroso e aldrabão", porque não o sou.
Agradeço-lhe a oportunidade que me dá de analisar um carácter doente e fragilizado, o seu. Mas não desanime, porque mesmo você que está doente tem solução, pode salvar-se, e se pretender ajuda para o fazer eu posso ajudá-lo.
Cumprimentos:

SÉRGIO MARTINS

Anónimo disse...

Caro senhor olhe-se ao espelho e releia o que tem escrito sobre o senhor Luís Ferreira ou o senhor Pedro Marques. O senhor é um invejoso pois sabe muito bem que o seu plano é igual ao dos seus companheiros: chegar ao poleiro e depois sabemos o que faria. O senhor Paiva chegou ao poder e o senhor Rebelo onde andava? Alguém lhe ligou pá? Ninguém.
Os planos discutem-se, mensuram-se, simulam-se, prospectivam-se e não se fecham a sete chaves. Em jeito de brincadeira o seu plano deve ser igual ao dos outros e olhe que ando nisto há muitos anos carríssimo. Se não gosta de brincadeira passeie menos e gaste cá a sua pensão caro senhor pois isso é que é ter um plano para Tomar. O senhor está sozinho porque nunca o viram com capacidade de agregar vontades.
Vou contar-lhe uma história. Nas últimas eleições chamei a atenção do P. Marques que deveria ouvi-lo a si por era uma pessoa sábia e o PM respondeu: esqueça que esse Rebelo não interessa.
Quanto ao seu amigo SM devo dizer que aquando do debate na biblioteca que ele próprio moderou esteve muito mal pois nem deixou falar P. Marques parecendo uma espécie de Manuela M. Guedes do jornalismo tomarense.
Uma última nota: o futuro faz-se de gente nova!

Anónimo disse...

Bem vistas as coisas a diferença entre os proliferadores de impropérios e os originais ciganos, não parece muita.

Naturalmente que haverá sempre quem entenda que o melhor é deixá-los por ali. Começaram por ser cerca de 50 nos anos 70. Hoje são quase 200. E cada ano que passa aumentam em número. O que fazer?

Já alguém reuniu com o Pascoal?

Oiçam-no. Não queiram a democracia apenas para os brancos. Falem com o Homem.

Anónimo disse...

"
Nas últimas eleições chamei a atenção do P. Marques que deveria ouvi-lo a si por era uma pessoa sábia e o PM respondeu: esqueça que esse Rebelo não interessa.
"

É muito feio caluniar quem está ausente no debate. Nem sei como é que o lápis azul do Rebelo deixou passar...

Anónimo disse...

Para 23:51

"O senhor é um invejoso pois sabe muito bem que o seu plano é igual ao dos seus companheiros: chegar ao poleiro e depois sabemos o que faria".
Permita-me duas perguntas, a abrir: Não tem vergonha de escrever coisas assim? Já experimentou consultar um bom psiquiatra?
O seu raciocínio doentio é puramente estalinista: Meteu-se-lhe na cabeça que é assim, e pronto, nem valerá a pena desmenti-lo. Já ouviu falar de "processo de intenções" ? Certamente que sim, pois penso que deve ser causídico e teria interesse em conseguir mudar de estilo, porque de SPECIAL ONE a MEGA MASSA PRO, todos nos lembramos ainda que você infestou o blogue do Templário, antes deste activar a moderação de comentários...
Trate-se homem! Você ainda é novo fisicamente. Intelectualmente parece-me bem mais velho do que eu.
Cordialmente,

António Rebelo

Anónimo disse...

Bom conselho! Costumo falar com o Pascoal e já constatei que até tem ideias muito aproveitáveis, naturalmente depois de limadas as respectivas arestas. Mas para muitos tomarenses, convencidos de que descendem em 500ª geração da coxa de Júpiter, dialogar com um cigano, mesmo residente em Tomar há mais de 35 anos, é uma vergonha, não é verdade? Oxidava-lhes logo os respectivos brazões de armas. A velha nobreza é assim. Sobretudo os bastardos.
A inteligência não se aprende. Pode-se burilar, aperfeiçoar, moldar, educar, trabalhar, estruturar, operacionalizar, etc. etc. Aprender, adquirir, arranjar, conseguir, não. Ou se tem, ou não!

Anónimo disse...

Nada me move contra a tenia cigana a não ser nos dias em que ninguém n avenida dorme com o rally, ou a música...têm direitos iguais aos meus, salvo que eu pago impostos e eles vivem deles. Entretanto, estoiram carros, roubam o que apanham, partem bares, atropelam pessoas, vendem e consomem droga...e nada lhes acontece. E se eu fizer o mesmo, será que também relevam a minha etnia, e me oferecem casa de borla? É que eu ainda estou e estarei a pagar a minha...não bebo, não roubo, não incomódo...trabalho 8 a 10 horas diárias. Não sou racista, mas também não tenho "tanso" escrito na testa.

Anónimo disse...

Rebelo além de deixares escrever com erros ortográficos veneras comentários xenófobos. Parabéns pela isenção e EDUCAÇÃO.

Anónimo disse...

Para 19:10

Por favor tenha a coragem de continuar o seu raciocínio até à sua sequência lógica: Que fazer então? Expulsá-los? Não podemos. São portugueses como nós. Agredi-los? Não podemos. A lei não permite e ainda bem. Mantê-los o mais afastados possível? De que maneira? Prendê-los? Só com prévio julgamento justo e fica muito caro.
Reprimi-los? Como? Com quê? Em nome de quê?
Resta a única hipótese praticável, apesar de muito árdua e demorada: Conversar com eles,ouvi-los, ter em conta o que dizem, procurar limar arestas, ir de consenso em consenso. Dizer o que fazemos e fazer o que dizemos. Louvar os progressos e lastimar os malogros.
Ser tolerante e paciente, paciente, paciente... Não lhe parece o único caminho digno?

Anónimo disse...

A solução para o problema dos ciganos está encontrada e vai resolver-se em três fases: em primeiro lugar o Sr Presidente recebe-os, diz-lhes que vai tratar do assunto e que ao fim de três meses dará a resposta. Passado este tempo, recebe-os e diz-lhes que já falou com o Governo e eles vão tratar do assunto. Os ciganos, pessoas como nós, acreditam e dizem uns aos outros "não vês que agora são os senhores de Lisboa que vão tratar do nosso caso?!". Por fim, quando o Inverno chegar, vão manifestar-se para o pé do Gualdim à espera duma resposta que ainda não chegou. Aí aparece um figurão a dizer que é muito amigo do Engenheiro rápido que está em São Bento e anuncia que o caso já passou para Bruxelas. Então os ciganos vão ficar muitos vaidosos, calam-se e aparece uma camioneta da Câmara no Flecheiro com mais umas tábuas. Tudo vai ficar bem até que venha outro Presidente, porque este já se cansou e lhe puseram uns patins... Mas os ciganos hão-de continuar no mesmo sítio, só que com tábuas mais novas...