domingo, 1 de julho de 2012

Que povo!

Mesmo em período de agreste crise, os tomarenses de S. João Baptista continuam iguais a si próprios. Convidados pelo respectivo presidente da Junta, Augusto Barros (IpT), a assistir à sessão da Assembleia de Freguesia que ia debater a agregação de autarquias, obrigatória por lei, compareceram apenas uns dez, além dos jornalistas do costume, Jornal Cidade de Tomar, Rádio Cidade de Tomar e O Templário. Mesmo num fim de tarde de sábado, não houve disponibilidade para participar na discussão dos problemas de urbe, que a todos envolvem. Se fosse um joguito de futebol do europeu... Depois queixam-se que ninguém os ouve. Que povo!
Ultrapassada a questão do formalismo legal, que impede os cidadãos presentes numa sessão de Assembleia de Freguesia de usar da palavra, salvo para pedir esclarecimentos, foi possível avançar pela positiva. Intervieram o autor destas linhas e Virgílio Saraiva. Enquanto este militante socialista local criticou fortemente a lei agora em vigor, classificando-a  de fantochada, avancei com dois tópicos. O primeiro para vincar que é sempre preferível sermos nós a debater, escolher e votar, em vez de deixarmos a outros inteira liberdade para eventualmente nos prejudicarem. O outro para incitar ao diálogo, respeitando sempre a lei, mas procurando dela extrair o que nos seja mais favorável. No caso presente, em vez de dar por adquirido que, por imperativo legal,  S. João terá de se agregar a Santa Maria, procurar alternativas, dialogando com os eleitos e outros cidadãos do concelho, tendo como base de trabalho a divisão natural que é o Rio Nabão. Apontei também a conveniência de nomear um representante da freguesia para liderar todo o processo negocial, naturalmente em estreita ligação com a Junta e a Assembleia de Freguesia, concluindo com a oferta dos meus fracos préstimos, caso deles venham a ter necessidade no processo em curso.
Resta agora aguardar com paciência. Pode ser que finalmente se consiga começar a trilhar novas vias rumo ao futuro, já que as tradicionais nos trouxeram para o atoleiro onde nos afundamos cada vez mais. Haja esperança!

5 comentários:

templario disse...

DE: Cantoneiro da Borda da Estrada

Não é o povo meu caro Rebelo! Não são os munícipes. Chega para lá com essa de estares sempre a desfazer daqueles de que fazes parte, deixa de te colocares num pedestal acima dos patrícios, que te reconhecem, muitos até te estimam e é bem possível que te admirem.

No meu modo de ver -e assim talvez correspondesses ao sentimento dos teus (dos nossos!), da comunidade onde vives, convives e te expressas como tomarense e cidadão -, devias dar uma volta, por exemplo, pelos sites das associações políticas locais, pelos jornais locais, para constatares quanta falta de interesse revelam pela tal assembleia. Exceção feita à Radio Hrtz, que me parece cumprir o seu papel para com as populações.

Estiveram só dez? Ou dez mais um (tu)? Então quantos militantes partidários da freguesia (refiro-me só a militantes - há quem chame a alguns de sócios) ficaram em casa, indiferentes à assembleia? Queres que os funcionários públicos locais vão lá abrir a boca? Não vês o Relvas e o Senhor Espião e a jornalista do Público? E os amigos de todos os relvas deste nosso Portugal? As pessoas andam apavoradas com esta nova pide.

Tu não vês que as pessoas têm um saber de experiência feito, conhecem a maior parte deles de ginjeira, e percecionaram que não ia aí ser debatida a verdade que importa. Estão fartos do cerrar presunto, de vulgaridades, de faz-de-conta.

Claro que as populações não querem ver eliminadas as suas Js. de freguesia, nem as sua câmaras.

O que elas querem ver debatido é A VERDADE QUE IMPORTA.

E qual é a verdade que importa? É o àmanha das suas vidas e dos seus filhos. É o Hoje!

"Se fosse um joguito de futebol"... - admites com uma lijeirera que arrepia. Não digas isso que até parece mal! Não és capaz de gritar de emoção a um golo do Ronaldo pela n/ Seleção?!!! Se me visses na Catedral da Luz a ver o meu Glorioso, nem acreditavas. Chamo nomes ao árbitro, mando vir com os jogadores, chamei f... da p... ao f. de linha que não assinalou o escandaloso fora no jogo com o Porto, sempre movido por uma chama imensa, etc, etc..

Não topas que os partidos locais (quiça também a imprensa), estão agachados, controlados, vergados a controladores e grupos, pois até tu também te barricaste na defesa de um tipo que anda todo o mundo desejoso de ver fora do governo, tal a conspurcação que provoca.

É uma luta por corelas, por leiras, por marcos, por direções de associações, por carreiritos de acesso - ora digam lá vocês quais as que querem eliminar! Ah não dizem?! Nós auscultámos o nosso povo e concluímos que não querem nenhuma reorganização. Estamos ao lado do povo! Mas digam lá quais são para fechar!... Responde o outro por portas travessas: vamos dividir isto por mútuo acordo ou não? Dizes tu: UMA! Na cidade só uma! Digo eu: sim, uma, outra câmara para um dos tais excedentários, que tem filhos e genros para empregar, para meter uma cunha por dentro do Estado. Uma freguesia para a pequena -burguesia citadina e... esclarecida, nada de misturas com a ruralidade, com os termos, gente vil. Conversa da treta!

Ao povo, aos tomarenses, essa questão da reorganização territorial centrada nas freguesias, é bulha entre carreiristas e oportunistas políticos, é uma medida para criar cargos políticos para os excedentários profissionais liberais e empurrarem para fora do poder local o Sô Zé, O senhor Manel, o estimado Bernardino, com quem desabafam, protestam, pedem apoio nas ruas, no café, na sua própria casa, a quem contam todas as suas dificuldades, é o Estado amigo à sua porta- quase de borla. Vais ver que em juntas freguesia agregadas vai subir a parada dos ordenados, tudo para riba de 2,500 euros. Queres apostar? Isso é um negócio. O povo sabe.

Ai que saudades do meu Zézito!

Ele é que pegou na Verdade que importa: Conhecimento, Educação, Ciência, Novo Tecido Económico assente em Novas Tecnologias, nova dinâmica no Comércio Internacional, centenas de start-ups e spin-ups - um novo caminho. Na política portuguesa foi um DOUTRINANTE.

Leão_da_Estrela disse...

Raios, Cantoneiro!
Eu que vinha para escrever sobre isto, perdi o pio!

Saravá!

Pata Brava Tomarense disse...

Cantoneiro da Borda da Estrada no seu melhor. Bom comentário.
Acrescento que se o Prof. Rebelo se "angustia" com a ausência dos tomarenses aquanto de tão importante Assembleia então eu pergunto-lhe o que ele anda fazer por Tomar quando viaja tanto? Caga-se para a terra que tanto diz gostar. Prof. Rebelo a sua estratégia para fazer algo por Tomar está errada. Eu avisei que com escrita, blogue, fotos e idas a reuniões de agenda não fazem nada por Tomar porque as pessoas não acreditam nestas tretas. Estão fartas. Vá para o terreno e sinta os seus conterrâneos. Entrevistar gente que mais fez por ela própria do que pela terra leva as pessoas a concluirem que é tudo mas tudo mais do mesmo e por isso as pessoas já nem ligam. O que agora escrevo comprova-se com a quantidade de comentários no seu blogue, que muitos ou poucos, nada resolvem aos que cá estão porque no fundo no fundo as pessoas têm mais do que fazer e estão a cagar-se. Solicitava ao Prof. Rebelo que escreva uma sinopse do seu currículo pois na verdade pouco sei do que o senhor professor fez na vida. Atenciosamente.

Anónimo disse...

Para Pata Brava Tomarense:

Terei todo o gosto em endereçar-lhe o meu currículo, caso queira ter a amabilidade de me facultar o seu email.

Cordialmente,

A. R.

Pata Brava Tomarense disse...

Sr. Rebelo tem o meu e-mail na sua caixa do correio por isso aguardo pelo seu currículo. Não se esqueça.
Já que estamos com a mão na massa o que é que o senhor pensa de mais um tiro no pé do sr. Relvas sobre a sua licenciatura? Aquilo será treta jornalistica ou o homem é mesmo uma inteligência rara de 3 em 1. Como sabe bem, até porque vou analisar no seu CV, tudo exige esforço, trabalho e afetação de tempo. O sr. Relvas é produto da esperteza dos profissionais políticos que para mal de Tomar acabou por ser a cabeça do polvo que asfixiou a minha terra. Este Relvas e Pedro Marques por quem peço aos tomarenses que nunca mais lhe concedam poder foram os maiores tumores metastizados da nossa terra. Já agora Luís Ferreira só está um grau abaixo porque nunca teve poder e ainda bem. Atentamente.