Recorte 1 - Jornal de Notícias, 23/07/12, página 16
Recorte 2 - Jornal de Notícias, 23/07/12, página 23
Enquanto aqui pelo vale do Nabão se continua com o blábláblá, rebéubéu, pardais ao ninho e a política do faz de conta, chegando-se até ao cúmulo do insólito quando, em plena reunião prandial, um confrade do Barbo recusa cumprimentar outro confrade, por sinal ambos da esquerda anterior ao 25 de Abril, noutros pontos do país, abnegados cidadãos procuram fazer pela vida, criando riqueza, sem recorrer aos depauperados orçamentos municipais.
Em Santa Maria da Feira, 124 mil eleitores, autarquia PSD (6-5) organiza-se todos os anos uma feira medieval, que o ano passado custou quase o dobro da Festa dos Tabuleiros, mas deu lucro sem subsídio camarário, graças às entradas pagas e outras receitas (Recorte 1)
Em Óbidos, 10.500 eleitores, também PSD (5-2) faz-se anualmente uma manifestação semelhante, com entradas a seis euros, este ano ao que parece com menos movimento devido à crise (Recorte 2)
Que diferença em relação a Tomar, com a sua Festa Grande só de quatro em quatro anos, sem entradas pagas mas a custar balúrdios à autarquia, que é como quem diz aos contribuintes. Tão devotados que até dão o pau e as costas. Pagam e depois ainda trabalham com afinco e muito bairrismo...
Haverá coragem para mudar? O dinheiro não cai do céu aos trambolhões... e a arca municipal está vazia.
1 comentário:
Caro Prof.
Contra tudo o que possa parecer (na perspectiva de alguns comentadores deste seu cantinho), eu sempre fui um pouco arredio à concessão de subsídios às colectividades. Por várias razões, entre as quais e não menos importante, o comprometimento com a exigida independência dessas associações (fui presidente duma IPSS durante 20 anos e sempre pugnei por isso). Quando se está dependente do subsidiozinho, tende-se a actuar como correia de transmissão do poder (seja ele qual seja) e esse é, em muitos casos, também o motivo porque eles são atribuidos: estender o braço e conseguir mais uns votos.
Quanto à Festa dos Tabuleiros, já aqui defendeu, pareceu-me, a sua realização anual; completamente de acordo! noutros moldes, mais condicentes com essa periodicidade e principalmente os antecedentes de más contas, pelo menos ao nível da sua apresentação atempada.
Será complicado fazer cobrança de entradas para o cortejo, mas haveria que fazer alterações ao percurso, vedá-lo, etc. como muitas localidades fazem com os corsos de Carnaval, p.e. Não é impossível, nem nada do outro mundo. A própria visita às ruas decoradas, poderia ser simbolicamente paga: o bilhete de acesso ao cortejo teria duas valências, com ou sem visita às ruas e haveria um bilhete que daria acesso apenas às ruas, mas isto sou já eu a armar-me em organizador e depois vem aí o Cantoneiro e diz que me estou a fazer ao piso... :)
Concordo consigo, da forma como as coisas estão, o mais certo é a Festa morrer, se realizada nos mesmos moldes. Para que isso não aconteça, é olhar, com olhos de ver, para a organização do Festival Bons Sons, uma equipe jovem duma terra com tradições no associativismo e duma população empenhada, que se junta para erguer uma coisa que, ou muito me engano, ou será um caso sério no calendário musical e cultural, não só ao nível do País. Fizeram muito bem, mas estivessem eles à espera da Câmara...
Ctos
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