Segundo noticia o blogue da Rádio Hertz, a ASAE encerrou compulsivamente o mercado de Abrantes, sem qualquer aviso prévio. Pelo andar da carruagem, não tarda que possa acontecer o mesmo em Tomar. Em ambos os casos, estamos perante resultados do permanente improviso dos governantes locais, para quem, na ausência de planos sérios e fecundos, ou outros, cada passo rumo ao futuro é uma autêntica aventura, com tudo o que isso implica.
No caso tomarense, é agora ponto assente, e aceite pela opinião pública local, que nenhuma das forças representadas no executivo dispunha, ou dispõe neste momento, de qualquer projecto para o conjunto cidade/concelho. Exactamente o contrário daquilo que apregoaram antes e durante a campanha eleitoral. Donde, todos os perigos que corremos: o mercado pode fechar a qualquer momento, o parque de campismo remedeia mas está nitidamente desactualizado, o turismo municipal apenas existe porque estão lá funcionários a quem há que pagar no final de cada mês, o executivo não responde atempadamente nem aos potenciais investidores nem às solicitações dos munícipes. Tudo indica que o "caso Ferrari" não é filho único nem aconteceu por mero acaso, podendo eventualmente ter algo a ver com a tendência dos trabalhadores para votarem à esquerda...
Entretanto, resta-nos ir aguardando melhores dias. Não em termos económicos. Apenas na área da política local, onde cada vez se nota mais a falta que faz um elenco camarário capaz de destrinçar o essencial do acessório, o táctico do estratégico, os assuntos correntes da implementação de projectos previamente debatidos e sufragados.
Enquanto tal não acontece, enumeremos as balelas até agora fornecidas pela actual maioria de circunstância ao rebanho eleitoral, como se de palha se tratasse: Parque temático, Parque da Cidade, Museus da Levada, Parque de Campismo da Machuca, Mercado Grossista de Marmelais de Cima, Hotel de Charme no Convento de Santa Iria, Urbanização e Golfe dos Pegões, Urbanização e Golfe da Quinta da Granja, Urbanização e Golfe de Cardais, Hotel Residencial na Corredoura, Hotel de Charme no "Prédio da Mouzinhas", no Largo do Pelourinho, Rota dos Mosteiros Património da Humanidade. De tudo isto já viram os eleitores alguma coisa, para além do foguetório inicial ? E acham, apesar do acima referido, que a actual maioria deve continuar a governar ?
Pela nossa parte, cada vez estamos mais convencidos de que a ignorância é atrevida. Mas os ignorantes não são nem os jornalistas, nem os comentadores, nem a generalidade dos eleitores. Em todo o caso, não são seguramente trafulhas, na verdadeira acepção da palavra.
PS -Nas suas recentes declarações, algo insólitas, à Rádio Hertz, Luís Vicente, "patrão" dos SMAS, deu grande relevo ao facto de haver municípios a subsidiar a água da rede, o que não é o caso de Tomar. Pela nossa parte, achamos que seria mais útil tal subsídio do que gastar verbas importantes com bandeirolas, foguetes, morteiros...e Fáfá de Belém. Ainda que um banho com Fáfá possa ser muito melhor do que com simples água da rede, por muito boa que seja, como garante o amigo Vicente. São gostos, pronto ! E gostos não se discutem !
6 comentários:
O Mercado Municipal de Tomar foi vítima da total inacção do Barão da Trofa e seus sucessores.
Porquê?
Porque tudo apontava para a sua demolição aí erguendo o mastodôntico "fórum".
A reacção de cidadãos organizados (rudimentarmente, é certo) e de forças políticas fez o Barão recuar.
Mas, na sua (dele) mente e na do(s) seu(s) sucessor(es) continua a posicionar-se a demolição do Mercado e a construção de uma estrutura, alvez mais pequena (ou de menos volumetria).
Por tal razão é que nunca aceitaram realizar um plano de funcionamento para futura renovação e requalificação da estrutura,isto apesar de várias propostas nesse sentido.
Por isso é que o Mercado chegou onde chegou, um autêntico atentado à dignidade de comerciantes, consumidores e prejudicial para o Município.
Mas, para que digam que não fazem nada, os cinco estarolas lá fizeram a proposta de umas obras, limpezas, pinturas, arranjo dos sanitários e por aí. Isto claro, durante o ano de 2010 e 2011, conforme as verbas do orçamento.
No entanto, essas obras urgentes ainda nem sequer começaram.
Se a ASAE fechar os estarolas não deixarão de carpir lágrimas (de crocodilo) e no recôndito dos seus gabinetes aproveitam para arrasar aquilo e propor a um belmiro que construa aí o "fórum".
A sorte será a ASAE não fechar e, se isso suceder, ainda haver um belmiro qualquer que pegue naquilo ao preço da uva mijona.
É Tomar no seu melhor!!!!!!!
Bom dia António Rebelo,
Já anteriormente expressei a minha opinião sobre a atitude da câmara de Tomar face ao problema do Mercado Municipal, e mais uma vez aqui deixo o que pernso sobre o assunto.
O alheamento dos responsáveis camarários relativamente ao mercado traduz-se pela ausência de obras naquele espaço, pela não renovação de licenças aos vendedores, e sobretudo pelo discurso que desde o tempo de Paulino Paiva aponta para o seu encerramento. Toda a gente sabe o que é que está por detrás da liquidação do Mercado Municipal de Tomar.
Este alheamento, esta inércia, não é resultado (apenas) de pura má gestão! Tem, por finalidade provocar o encerramento daquele espaço, à semelhança do que pelos visto sucedeu agora ao de Abrantes, por uma entidade externa, neste caso a ASAE, descartando-se assim a responsabilidade desse acto.
Aos seus opositores, os cinco da vira airada que desgovernam em Tomar, poderão alegar que não tiveram tempo para iniciar obras e que foram ultrapassados pelos acontecimentos.
Será que a ideia do actual Presidente da Câmara (que não preside a nada)quer fazer daquele espaço um Fórum tipo o de Aveiro à beira do Rio? Deixem lá o homem viver de fantasias e da continuidade de aberrações para esta cidade, que há muito já morreu. Não batam mais no senhor que ele se até agora nada fez, daqui para a frente menos fará. Ou até poderá fazer alguma coisa: Por exemplo, limpar o rio quando o Convento de Santa Iria caír para o mesmo.
Inércia é o que esse políticos que nos (des)governam pretendem para Tomar.
Há quem garanta que a ASAE é dominada pela SONAE.
Se for verdade, podem aguardar para breve o encerramento compulsivo do Mercado Municipal de Tomar.
Será que Belmiro já tem o projecto feito?
Não posso deixar de dizer o que me vai na alma. Aquele que diz o que lhe vai na alma merece, no mínimo, o respeito por ter essa coragem nos dias que correm.
Temos de dizer bem alto, porque já é um sentimento generalizado, que Tomar não tem presidente. O senhor não existe enquanto tal. É um verdadeiro emplastro.
Tomar anda à deriva.
Reparem que o PS, convencido de que vai ser poder em breve, tem na candidatura à concelhia as "tendências" - leia-se: os chulos do costume (politicamente e financeiramente falando) de mãos dadas e comandados pelo Huguinho (que mais não é do que o moço de recados do Luizínho.
O PSD, mantendo o estado de letargia e não tomando as decisões que pela sua urgência se justifica, vai ser vítima da sua inacção. Esperem para ver.
O PSD enquanto executivo não existe.
O PS lidera de facto o executivo.
Daqui, desta percepção que a comunidade já tem, vai um passo para a tomada formal do poder. Até porque as eleições autárquicas são já amanhã.
Se é verdade o que diz o anónimo anterior e se o mercado de Tomar fechar, o sr. Belmiro pode ter a certeza que cada vez que eu for comprar à sua mercearia deixo lá 20 euros de lucro mas também deixo 20 de prejuízo.
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