segunda-feira, 8 de março de 2010

EM SANTARÉM, TAMBÉM

QUANDO VIRES AS BARBAS DOS VIZINHOS A ARDER...

Segundo o PÚBLICO de hoje, num trabalho assinado por Jorge Talixa, a persistência da crise e a consequente estagnação daí resultante, estão a provocar impactos muito fortes nas receitas das autarquias. O presidente da autarquia santarena, Moita Flores, declarou ao citado jornalista que a receita mensal do município caiu para metade, o que representa menos 2,2 milhões de euros mensais, em média.
Garantiu aquele autarca que as medidas por si tomadas, que todavia não especificou, nos últimos quatro anos e meio, melhoraram em muito a situação financeira da câmara. Admitiu, porém, que continuam a padecer de pontuais problemas de falta de tesouraria, os quais até já obrigaram a atrasar o pagamento de alguns subsídios aos funcionários.
"Temos neste momento algumas dificuldades de tesouraria, mas todas as câmaras têm registado uma baixa de receitas. Estamos a deixar de receber uma média de 2,2 milhões de euros em cada mês que passa. Isto representa metade das receitas previstas e coloca a todos dificuldades económicas", explicou Moita Flores.

oxoxoxoxoxoxoxo

Tomar a dianteira considera Moita Flores um cidadão de muito mérito e elevada craveira intelectual e política. Não podemos, contudo, dadas as circunstâncias, deixar de pensar que se equivocou num pequeno detalhe. Ao afirmar que "Todas as câmaras têm registado uma baixa de receitas", provavelmente não se lembrou de Tomar onde, segundo tudo indica, a quebra de receitas ainda não se verificou. Pelo menos, o persistente e prolongado silêncio dos senhores autarcas nabantinos a tal respeito, aponta no sentido de que nessa área não há problemas, quanto mais agora penúria. Se houvesse importantes quebras nas receitas orçamentadas, os nossos eleitos não deixariam certamente de comunicar aos cidadãos a sua e nossa complicada situação. Dado que o silêncio se mantém, tudo vai pelo melhor, no melhor dos mundos, como diria o senhor Pangloss.
Tanto mais que as recentes comemorações da fundação do castelo e da urbe, deram a todos bastos sinais de riqueza e abundância. Oitocentos foguetes, cinquenta morteiros, uma vintena de peças de fogo de artifício, bandeirolas em grupos de sete nas entradas da cidade e na praça, vá-se lá saber porquê e para quê, comezaina "à borliú" para todos os que apareceram, uma página a cores no PÚBLICO, são tudo iniciativas de um município com dinheiro a rodos. Ou estaremos enganados ? Tudo não passará afinal, bem vistas as coisas, de inconsciência, exibicionismo, promoção pessoal, delapidação de dinheiros públicos, a fazer falta noutros sectores, de fogo de vista, em suma ? A resposta cabe aos responsáveis, mas igualmente a cada eleitor/pagante.

E o PEC ? E o PEC ?

O PEC, na nossa tosca opinião, peca por ser demasiado tímido, como aliás já aqui foi escrito anteriormente. Faltando saber o que sobre ele determinará a Comissão Europeia, é significativo que vários especialistas próximos do governo, que ontem citámos, (ver post anterior) o considerem damasiado brando e insuficiente. Claro que vai na boa direcção, ao indicar que não vão ser só os do costume a pagar as favas. Tudo bem por aí. O pior é que, o implicitamente esperado crescimento económico não será de modo algum suficiente, o que forçando a adopção de novas medidas bem mais gravosas, o mais tardar no início do próximo ano, quando se verificar não terem sido atingidos os objectivos propostos. Quanto a nós, falta apenas apurar, neste momento, se essas medidas mais duras serão impostas apenas por Bruxelas ou se terão o beneplácito tácito do governo português.
Se o governo informar, ou der a entender aos portugueses que, embora não concordando com os peritos da UE, se vê forçado a implementar as medidas injustas por eles propostas, estar-se-á a preparar para eleições, que provocará custe o que custar... É assim a política de alto coturno. Apresentam-se planos demasiado optimistas, apenas ou sobretudo para ganhar tempo, na esperança de conjunturas mais favoráveis.
Aquela da privatização da TAP, por exemplo, vê-se mesmo que é só para mobilar o discurso, tal como tem vindo a acontecer, aqui nas nabantinas berças, com a venda do ex-Convento de Santa Iria, que mesmo de borla teria dificuldade em encontrar interessados, tal o estado em que se encontra. Ou o museu da Levada, que a crise já levou...numa terra sem museus mas com um municipal e nutrido serviço de museologia.

8 comentários:

Luis Ferreira disse...

É hoje assinado em Lisboa assinado acordo entre o ministro da economia e a associação nacional de autarquias, para aumentar a comparticipação comunitária em todos os projectos QREN para os 80%.

O Concelho de Tomar só nas obras candidatadas vai receber mais cerca de 3 milhões de euros, alem da facilidade que cria para novos projectos, na área do ambiente por exemplo. A poupança energética na autarquia nos próximos anos vai ajudar a poupar mais de 250 mil euros/ano.

Esta actuação do Governo, aliada à maior eficácia com que agora é gerido o urbanismo, o que permitiu aumentar a cobrança de forma significativa nos últimos meses, justificam algum investimento - comedido - em algumas iniciativas relacionadas com o ciclo de comemorações até 2011.

Quanto ao almoço, lembro que todos os anos é realizado e a grande diferença é que este ano foi para todos e não só para alguns - por valor muito semelhante. Pequenas diferenças que fazem uma grande diferença.

Anónimo disse...

O repórter governamental Luisinho aqui aparece a dar belas notícias ao maralhal.

E, já agora que o governo dele vai dar um bónus à autarquia, gaste-se à tripa forra no(s) almoço(s), foguetes, desfiles, cartazes, propaganda, pequenas diferenças que fazem a uma grande diferença!

Desde logo, em que este ano todo o xuxa amigo do chefe pode aconchegar o estômago no almoço bombeiral e no comemorativo e ficar nas fotos oficiais à frente do pelotão.

E no urbanismo com a nova gestão vitorina é só entrar dinheiro com os novos loteamentos, projectos e um ror de iniciativas da construção civil por todo o Concelho que só visto.

Assim o progresso de Tomar é cor de ROSA!!!!

Anónimo disse...

Sr. Luis Ferreira, não tem que fazer na autarquia? Ora deixe-nos em paz no blog do sr. Rebelo, até porque a sua presença diminui-o, e vá chatear os gajos do PSD que é para isso que foi eleito!!!

Anónimo disse...

Luisito, estás a puxar o lustro ao teu colega porquê? A divisão do bodo é como? 60/40, 50/50?

Anónimo disse...

E a invejasita é de cor de burro quando foge, não?

Piada tem o vereador Luis Ferreira procurar por sempre os pontos nos iiss nas matérias que têm a ver com a autarquia. Mas aquilo não tem um gabinete de comunicação?
Ou eles não lêem blogues?

Anónimo disse...

PROBLEMAS DE PERSONALIDADE

Então agora o sr. luis Ferreira também fala (escreve) dele próprio na terceira pessoa? Julgava que isso era só com os jogadores de futebol e com o presidente da República!
A quarta classe faz falta a muita gente.

Anónimo disse...

"...algum investimento em algumas iniciativas relacionadas com oo ciclo de comemorações até 2011."

?????

Alguém me pode informar que comemorações são estas, e para as quais parece já haver MUITO dinheiro?

R.Martins

Anónimo disse...

É fantástico a maneira como Luís Ferreira aqui nos quer dar a entender, de maneira muito perspicaz, que a comparticipação dos projectos candidatos ao QREN só acontecem porque o "PS" está no executivo.

É fantástico como ele vem falar em nome da Câmara, subalternizando os membros do PSD, que pelos vistos não existem!!!

Tomar no seu pior!!!