quinta-feira, 4 de março de 2010

ANÁLISE DA IMPRENSA DESTA SEMANA

Colaboração da Papelaria CLIPNETO Lda.

Tempos cada vez mais difíceis e agitados para a imprensa local e regional. De tal forma que até o geralmente pacato e conformista CIDADE DE TOMAR resolveu esta semana surpreender os leitores com uma manchete política, coisa rara e muito pouco vista por aquelas bandas. Ademais, a própria fotografia é ainda mais eloquente do que o título. À direita todos os vencedores, entre os quais o antigo Secretário de Estado Lourenço dos Santos, que não costuma embarcar em aventuras políticas. Sorrisos rasgados e olhares atentos, a ver se as chaves mudam realmente de mãos. Do lado oposto, apenas os três sacrificados destacados para o acto. Carrão ri abertamente, enquanto Vicente sorri, mas trata-se, em ambos os casos, de semblantes de ocasião.
Ao assumir o risco de publicar e ilustrar assim tal manchete, o decano da imprensa tomarense, de forma voluntária ou não, dá a entender que já mudou de cavalos e passará a partir de agora a apostar nos recentes vencedores. Nas páginas interiores, destaque para as crónicas de Luís Pedrosa Graça (Vem aí a República), António Serraventoso (O rei continua nu) e MC (A herança dos buracos no pavimento).

Ao invés do colega da cidade antiga, O TEMPLÁRIO, destaca a evidente falta de política local de apoio aos investidores. Além da manchete sobre os despedimentos na CITAVES, refere igualmente que o supermercado Santo André abre falência. E só não noticia ainda o caso das duas marcas de combustível cujos postos da cidade deixaram de vender, por falta de pagamento ao fornecer, dado que a ocorrência é posterior.
Quanto à notícia sobre a pancadaria no baile de finalistas da Jácome Ratton, apesar de a mesma ocupar dois terços de página e de a termos lido e relido, ainda não conseguimos entender qual ou quais os motivos e os objectivos dos componentes do bando juvenil invasor. Defeito nosso, seguramente.

N'O MIRANTE, além do curioso tema da manchete, que dará concerteza pano para mangas nas tertúlias jurídicas distritais, há uma notícia da nossa cidade a dar que pensar: "Câmara de Tomar prolonga medidas de apoio social. Com esta decisão pretende-se apoiar as pessoas que estão a ser mais afectadas pela crise." Vai-se ao corpo da notícia e constata-se que afinal as ditas medidas são assaz específicas e bastante limitadas: apoios aos alunos carenciados, apoio aos cidadãos que apenas auferem um ordenado igual ou inferior ao mínimo nacional, pequenas reparações domésticas e redução de 50% nas taxas de ligação dos SMAS. Presume-se que nas de religação, as tais de 55 euros, terão de continuar a pagar a totalidade. Ou não ?
E vá lá ! vá lá ! Com a crise que por aí vai, designadamente nos recursos da autarquia, já não é nada mau. Tudo indica que a crise económica vai continuar a agravar-se, pelo que, quem agora ainda pensa numa próxima recuperação, faria melhor se adoptasse, quanto antes, a frase mais corriqueira, na Grécia, por estes dias: "Não há dinheiro, nem nunca mais vai voltar a haver como no passado". Não é mesmo nada mobilizador, mas é a pura verdade. Lá como cá. Vão tomando nota...e reduzindo os gastos.

8 comentários:

Anónimo disse...

É mesmo! Confirmam-se as previsões metereológicas! Tomar vai estar debaixo da influência de um pequeno ciclone com o advento da Primavera! Vai soprar vento e do forte! As "árvores" podres têm os dias contados! Vão levar sumiço! Há alguém que vai pagar com língua de palmo o que tem andado a dizer nas costas dos "colegas" de coligação. O divórcia está anunciado. É como o da Nereida que ainda não se casou mas que já está certinho!

Anónimo disse...

Querias!
Deve ser deve.

Anónimo disse...

Nas uniões de facto não há divórcio.

Aliás, os Huguinhos, Zézinhos e Luisinhos farão tudo, mesmo tudo (cambalhotas incluídas), para manter a união do tacho.

Enquanto houver €€€€€€€€€€€ eles continuarão!!!

Anónimo disse...

Pois, mas o Luis Ferreira é sedento de poder e é capaz de tudo se se sentir atacado, inclusivamente fazer cair a coligação para provocar o caos. E não julgue que por algum sentimento nobre. Apenas por simples despeito.

Anónimo disse...

... e os eurecos? e os eurecos!
oh oh vai lá vai....
nunca o dito gozou tanto à conta do orçamento de todos nós!

Anónimo disse...

Para o Luis Ferreira os eurecos são de facto o problema! Mas se ele deixasse de ser vereador com pasta para passar a vereador sem pasta, continuaria a receber a "pasta"...logo o problema não se pôe por aí...

Anónimo disse...

Caro Delgado, não admitas que o PS lidere a Câmara!
Quem ganhou as eleições foi o PSD!
É o PSD que deve governar!
Caso os seus autarcas sejam froxos, sejam medíocres, façam-se assessorar conforme a lei permite.
Não permitam que o PS tire dividendos no poder (vereadores a tempo inteiro) e junto dos seus apaniguados digam o pior do PSD.
É preciso por a casa em ordem!
Coragem é o que se lhe pede, na certeza de que coragem não lhe faltará.
Contamos com a nova direcção do PSD para por Tomar no caminho certo.

Anónimo disse...

Afirmar que os vereadores do PS dizem mal dos seus "conjuges" PSD da câmara nas costas deles é pouco!
Quando a verborreia atinge níveis atentatórios da dignidade pessoal, sobretudo por parte de um deles...