Aqui temos quatro aspectos da obra emblemática do consulado de António Paiva -a Ponte do Flecheiro, cuja real pertinência e utilidade naquele local continuam por demonstrar. Porque é manifestamente incoerente uma política que fechou a Corredoura ao trânsito mas resolveu trazer mais veículos para a cidade, ao aceitar esta ponte naquele local.
Desta vez, porém, o nosso propósito é outro. Trata-se de demonstrar, exemplificando, em que consiste o deslumbramento perante os fundos de Lisboa ou de Bruxelas, bem como o subsequente novo-riquismo, que é sempre berrante, pelo que raramente passa despercebido. Na Ponte dita do Flecheiro, feita já em época de poupança de energia, de protecção do ambiente e de contenção das despesas públicas, há sete candeeiros de grande porte, bem como passeios de mais de dois metros de largo.Tal como sucede com estes passeios, dispensáveis por estarem tão próximos da ponte para peões, também os candeeiros...valha-nos Deus, se puder.
É que reparando bem, sem que se entenda porquê ou para quê, foram colocados em cavidades, de ambos os lados da nova obra de arte, nada mais mais, nada menos que 97 pequenos projectores, alguns dos quais já estão partidos. Para quê tanto alarde ? Para mostrar as nossa basófia ? Será aquilo alguma via triunfal, rumo ao palco que atribui os óscares da governação local?
Naturalmente que um projectista deve ser livre de criar o que entender, no entanto, um autarca que aceita semelhante projecto em tempos de poupança de energia e de recursos, devia ser acusado, julgado e condenado a pagar pelo menos os tais supérfluos projectores, que de resto nunca mais acenderam. Ele há cada maduro ! Já na Corredoura aconteceu o mesmo. Dinheiro mal governado, já se vê.
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