quarta-feira, 31 de março de 2010

ORA ATÉ QUE ENFIM ?


ORA ATÉ QUE ENFIM ! OU NÃO HAVIA NECESSIDADE ?

Estava quase a iniciar uma intervenção sobre a comparação entre Óbidos e Tomar, feita por Mário Cobra na sua semanal crónica em CIDADE DE TOMAR, quando me deparei com esta local difundida no site da Rádio Hertz. Para não perder o fio à meada, sempre direi que o Mário olvidou (de forma intencional ?) um aspecto importante do problema, na referida comparação: Óbidos fundou uma empresa municipal de eventos, que tem investido à roda de 400 mil euros em cada Festival do Chocolate, cuja realização é anual. E tem ganho sempre bom dinheiro. Tomar tem investido menos de 200 mil euros em cada Festa dos Tabuleiros, que tem lugar de 4 em 4 anos. E mesmo assim até já conseguiu perder bom dinheiro, depois pago pelos do costume -nós. Óbidos tem 6 mil eleitores. Tomar tem quase 39 mil. Está tudo dito.
Chamados assim os bois pelos nomes, (Ou será melhor escrever boys ?), vamos para o cemitério (salvo seja !). Tem razão o amigo Augusto Barros. No entanto, hesito entre as diversas abordagens possíveis para o problema em causa. A primeira tem por título ORA ATÉ QUE ENFIM ! e consiste em apoiar a ideia de um cemitério deste lado do Nabão, uma vez que somos a única freguesia (?) desprovida de tal benfeitoria (?). A segunda, intitulada NÃO HAVIA NECESSIDADE parece-me a mais adequada aos tempos que correm, que são, como todos sabemos, de crise cada vez mais grave, o que implica que sejamos poupados. E haverá melhor forma de poupar do que ir enterrar os nossos defuntos em cemitérios alheios ? Até os Templários e os Mestres de Cristo assim pensaram. Viveram lá em cima na Casa da Ordem mas foram sempre (com uma excepção) sepultados do outro lado do rio, em Santa Maria. Tal como no antigo Egipto -a margem dos vivos e a margem dos mortos. Só que aqui em Tomar ambas as margens são povoadas por mortos. Pelo menos em termos de progresso.
Surge então a terceira abordagem, encabeçada por UM CEMITÉRIO MONUMENTAL. Assim pensam na verdade muitos dos que ainda nos visitam. Que acrescentam, tristes, haver tantos recursos inaproveitados que de certeza, dizem, os tomarenses só estão vivos de forma aparente. Comem, bebem, dormem, andam por aí, mas em termos de evolução é como se já não vivessem. Seremos portanto, na opinião destes visitantes mais perspicazes, o maior cemitério do País. Mais de 40 mil almas num vale edílico, com rio, jardins, parque infantil, campo de treinos, creches, estradas nacionais. Tão lindo, que até julgamos estar vivos, quando tudo indica o contrário, em termos de criação de riqueza. Ou de valor acrescentado = mais valia, caso prefiram...
Pessimista eu ? Têm a certeza ? E se estiver apenas a ser realista antes do tempo ? É ou não verdade que o comboio só transporta os que o souberam apanhar a tempo ?

António Rebelo

6 comentários:

Anónimo disse...

Pois está claro... O que mais falta faz a S.João Baptista é um cemitério.
Grande Augusto!
E o 'sô Pesidente ' descobriu isso sozinho ou alguém lhe fez um desenho?
Dá vontade de concordar com a ideia que tudo isto é um cemitério.

Anónimo disse...

Cemitério? Está tudo doido? Quais são as sede de concelho com mais do que uma freguesia urbana que têm um cemitério para cada uma dessas freguesia.
E não abunda dinheiro nos cofres do Curvelo...

Anónimo disse...

Têm de desculpar o homem! Veio da Borda da Estrada...

Anónimo disse...

Deve ser o gânda Augusto que o vai pagar. Vende o pipo e faz o semiteriu. Ó se é!

Doido varrido.

Anónimo disse...

É no que dá porem labregos em lugares de responsabilidade!

Anónimo disse...

É no que dá porem labregos em lugares de responsabilidade!

3 de Abril de 2010 14:00


É o que dá vir um labrego mandar aqui palpites!
Laparoto!!!!!!!!