quinta-feira, 1 de abril de 2010

ANÁLISE DA IMPRENSA DESTA SEMANA

COLABORAÇÃO DA PAPELARIA CLIPENETO LDA.

Desta vez, o semanário com mais leitura de interesse para os tomarenses é, sem constestação possível, O MIRANTE, que assim parece querer retomar a qualidade que já teve. Logo a abrir, a toda a largura da primeira página, "Aluno da escola Gualdim Pais em Tomar vítima de agressão de grupo". Na página 3, foto pela metade nas piscinas municipais de Tomar e "Viver em movimento aos 89 anos". Na página 5 "PSP de Tomar tem novo comandante". Na página 7 vem o desenvolvimento (2/3 de página) da local sobre a agressão ao aluno. Aí ficamos a saber, dito pela mãe do agredido, que "a escola tinha a obrigação...". Já ontem o director técnico do futebol sénior do União de Tomar falava no "subsídio da Câmara a que o clube tem direito". Dois exemplos flagrantes da grave doença crónica de que padece este país. Cidadãos comuns, políticos, funcionários, empresários, trabalhadores, pensionistas, RSImistas, clubes, associações, etc., só têm direitos. Governo, autarquias, escolas, tribunais, patrões, hospitais, etc., só têm obrigações. Não será por isso que estamios como estamos ?
Mais adiante, na página 8 o encerramento da Casa do Concelho de Ourém em Lisboa. A provar que afinal os cavalos também se abatem. Que meditem neste caso os defensores intransigentes do União de Tomar, manifestamente com excesso de paixão clubística e falta de ponderação. Miguel Relvas e Passos Coelho, numa foto de há 10 anos, ilustram a secção Segundo Plano, na página 10. Mais adiante, no correio dos leitores (página 12) uma carta sobre a dívida do União de Tomar, que já anteriormente foi publicada aqui no blogue. Mas ainda não é tudo. João Elvas, empresário e dono da Quinta dos Pegões, faz declarações interessantes, recolhidas por Elsa Ribeiro Gonçalves, na página III do suplemento ECONOMIA. Na secção POLÍTICA (página 26) seria bom que os tomarenses, sobretudo os autarcas, lessem as declarações de Paulo Fonseca, o presidente de Ourém. "O nosso diagnóstico presente é deveras preocupante", declarou. Felizmente não será o caso de Tomar, alvitramos nós... Finalmente, nas páginas 28 e 29, uma grande entrevista com Raul do Coito, defensor do folclore.
Com isto tudo, digam lá se não vale a pena comprar O MIRANTE ! Só é pena que JAE, seu proprietário e que escreve limpo, persista em ter inimigos de estimação, bem como em praticar a política retrógrada do "quem não está comigo, é contra mim".

O TEMPLÁRIO abre com o assalto ao INTERMARCHÉ, "Segurança Social alvo de críticas", aumento dos bilhetes de entrada no Convento de CRisto e "Miguel Relvas de novo em alta". No interior, uma longa colaboração de Godinho Granada, sobre a fundação da cidade, o debate sobre a violência nas escolas, "Vem aí a República", de Luís Pedrosa Graça, uma entrevista de Paulo Alcobia Neves, responsável pelo turismo municipal de Tomar, que solicitou e obteve licença sem vencimento para acompanhar um familiar a necessitar de cuidados médicos urgentes, e as declarações de Bruno Graça na cerimónia comemorativa do 133º aniversário da Gualdim Pais.
Na última página, sob o título "Mais uma polémica à vista", o semanário dirigido por José Gaio noticia que "o executivo camarário de Tomar decidiu, com os votos favoráveis do PSD e do PS, mudar a estátua de Gualdim Pais da Praça da República para a Rotunda Alves Redol, depois de retirada a fonte cibernética que tanta polémica tem causado." Apesar da imensa consideração que nos merecem tanto o jornal como o seu director, não podemos acreditar que os senhores autarcas da circunstancial maioria (mesmo com todos os seus conhecidos defeitos) queiram fazer uma coisa dessas ao nosso venerando fundador. Por todas as razões e mais esta -A rotunda é demasiado desabrigada, sujeita a correntes de ar, que decerto não tardariam em provocar uma pneumonia no bravo mestre Templário. Além de causarem um resfriamento (o antónimo não é muito educado) naquela parte mais saliente, o que seria uma pena...

CIDADE DE TOMAR, agora com a roseta "75 anos" e o respectivas fitas vermelhas (!!!), também faz manchete com o assalto ao INTERMARCHÉ. Na página 2 vem a inauguração do Centro de Dia de S. Pedro e na 8 uma opinião de João Marreiros, com um título bem achado: "Bica no Convento só com coleira". "Uma noite na rotativa da Gráfica Mirandela" (onde é impresso o CIDADE DE TOMAR), ocupa página e meia, com a assinatura de António Freitas, sinónimo de boa escrita e de frontalidade.
Nas páginas 12 e 13, quatro artigos de opinião, subscritos por António Serraventoso, Luís Pedrosa Graça, Carlos Carrão e Joaquim Margarido. Gostámos particularmente da intervenção de Joaquim Margarido e achámos o texto de Carlos Carrão demasiado "graxa". Mencionamos o facto unicamente para que se saiba que não passou despercebido. Quanto ao resto, cada qual toma as posições que quer e depois assume aquilo que escreveu.
Sobre a Crónica de Campanha já falámos ontem, pelo que nos resta chamar a atenção para o escrito de Joaquim Francisco, sobre o funicular e o resto, na página 26, bem como para os "Enigmas citadinos", na última página. Nota-se nalguns textos que foram feitos no estilo " a despachar", mais ainda assim valem bem a leitura.

11 comentários:

Anónimo disse...

Parece-me que, para o autor do blogue, o cavalo a «abater» é o União de Tomar. Quando isso acontecer, então acaba a fome no Mundo, todos vão ficar com acesso aos cuidados de saúde, todos vão ter emprego, enfim, a vida irá correr às mil maravilhas. É de lamentar que, de há algumas semanas para cá, o U. Tomar seja o alvo para explicar tudo o que de mau acontece no «burgo». E saiba V.Exa que, de facto, o U. Tomar tem o direito a receber o subsídio da Câmara Municipal, coisa que nãao acontece - informe-se bem - há muito tempo. Para além disso, se houvesse justiça neste país, o clube teria que ser indemnizado por estar impedido de realizar receitas há uma série de anos. E não julgo que o culpado seja eu ou o senhor... Tem todo o direito de não gostar de desporto, mas respeite quem gosta e respeite também um clube quase centenário que, mesmo nas ruas da amargura, continua a promover Tomar.

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Sebastião Barros disse...

Para 21:21
Tínhamos a informação de que teria ido trabalhar para uma fundação ferreirense. Posteriorment, o próprio Paulo Alcobia teve a amabilidade de nos informar que se trata simplesmente de prestar assistência a um familiar a necessitar de cuidados médicpos urgentes.Face a tal informação do próprio visado, retirámos essa parte do nosso texto. Tem, portanto toda a razão o nosso leitor PR.

Sebastião Barros disse...

Escrevemos na nossa análise da imprensa que há "defensores intransigentes do União de Tomar, manifestamente com excesso de paixão clubística e falta de ponderação". Embora escrito numa linguagem cuidada e urbana, que se enaltece, saúda e agradece, o comentário das 20:59 é um excelente exemplo do que acabamos de citar.

Anónimo disse...

Sr. Dr. Rebelo
Tem razão o comentador das 20:59.
Foi o Barão da Trofa que deu um grande contributo para as patentes dificuldades do União.
A Câmara tem ajudado imenso a Escola de Futebol (que, dizem, essa Barão incentivou para encavar" o União), a Gualdim Pais, a Canto Firme.
E faz bem, mesmo bem!
No que respeita ao União a Câmara podia/devia ajudar a que o fisco retomasse o diálogo com o União e se encontrasse a forma de estancar a divida e viabilizar um plano credível de pagamento (diz-se que o União vai pagando meia dúzia centos de euros por mês, o que é gota no oceano!).
E o fisco tratou o União como uma empresa altamente lucrativa (a mais lucrativa da região!!!!!) cobrando taxas elevadíssimas (imorais mesmo) e juros sobre juros sobre juros e sobre juros.
E diz quem sabe e conhece o processo que a dívida verdadeira é para aí um décimo dos tais cento e tal mil euros.
Em suma, nisto tudo há que ter bom senso e não decidir com o coração, com preconceitos, com faca na liga.
Saneada a dívida do União pode iniciar-se uma nova vida da quase centenária Colectividade, que - mesmo que o Sr. Dr. o recuse - prestigiou a Cidade e, nos tempos áureos, trouxe muitos e muitos portugueses à nossa terra, com benefício para o comércio, restauração e turismo.
Se o Barão tivesse mantido o Estádio, melhorando-o e construísse campos relvados sinteticos nas Avessadas, poupava uns milhões, mantinha a vida do União e desenvolvia o desporto juvenil.
Mas, com a mania das grandezas e com falsos argumentos arranjou este trinta e um - o União sem receitas, o parque desportivo com um campo da bola, um pavilhão para actividades várias sem relevo nacional e o município com uma dívida de mais de 25 milhões em empréstimos!
Mais valia ter ficado quieta a criatura!!!!!
Boi noite e não se deixe toldar pelo seu desprezo pelo futebol.
Olhe que é um negócio interessante que arrasta multidões!
E tenha indulgência pela infelicidade do União, vítima da des Graça numa Horta do Mar tinho!!!!!!

Anónimo disse...

Deve ser uma questão somática. Normalmente das duas três: ou se arranja uma úlcera, ou se descarrega a bílis, ou se morre com o próprio fel...

Anónimo disse...

A. Rebelo: a mudança da estátua do Gualdim Pais para a rotunda da Fonte da Vergonha é a mentira do 1 de Abril do Templário.
Questão: é só o União de Tomar que está mal? E outras organizações sociais no Concelho? Qual é a das criancinhas que não conseguiu fechar as contas até 31 de Março, como manda a Lei? Qual é a que os orgãos administrativos nem sequer conhecem a situação da casa?

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Naao era a estaatua do fundador que deveria ser mudada mas sim o conteuudo do eficiicio situado na sua traseira.
G.

Anónimo disse...
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Anónimo disse...
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