segunda-feira, 12 de abril de 2010

ESTRANHA FORMA DE VIDA - 1

Fonte: OCDE/EL PAÍS

É do domínio público que os latinos em geral, e os portugueses em particular, fogem dos factos como o diabo foge da cruz. Quanto aos tomarenses, a realidade quotidiana que vivemos fala por si.
Numa época de informação instantânea, pareceu-nos útil publicar os últimos dados disponíveis da OCDE sobre os funcionários públicos. Neste caso, não se trata de saber se são poucos, muitos ou os suficientes. Apenas se comparam e classificam países de acordo com a percentagem de empregados do estado em relação ao total do emprego no mesmo país. Portugal aparece em 14º lugar (e a subir), à frente de nações como a Polónia (que foi comunista durante dezenas de anos), a Alemanha, a Suiça, o Japão ou a Espanha, países claramente com outro arcaboiço empresarial.
Quer isto dizer que, com ou sem manifestações, com ou sem greves, o governo vai ter de agravar as medidas previstas no PEC e de reduzir drasticamente, mais tarde ou mais cedo, o número de funcionários.
Não somos nós que estamos armados em aves agoirentas. O bem conhecido revolucionário Pedro Passos Coelho, ídolo do "tomarense" Miguel Relvas, desde há tempo que vem defendendo o princípio do 1 x 5: admitir apenas um funcionário por cada cinco que se reformem. Mesmo na área da saúde, supomos nós. Por conseguinte...vai haver sangue, pela certa. Em sentido figurado, claro está. Esperamos nós...
É neste contexto, de cada vez maior aperto financeiro, que a autarquia tomarense insiste numa estranha forma de vida -Paga rendas chorudas, nos locais que tem de tomar de aluguer, para instalar os seus serviços, ao mesmo tempo que cede gratuitamente instalações que lhe pertencem. Ou que deixa devolutos, por falta de verbas para os recuperar, bens camarários,. É o caso, por exemplo, do Palácio Alvim, ex-sede da PSP.
No próximo texto apresentaremos casos concretos, devidamente documentados. Até lá !

1 comentário:

Anónimo disse...

O futuro da cidade de Tomar são as ruínas. Não há verbas nem projectos nem planos para o desenvolvmento do Concelho e da Cidade. Arruinar, dizem eles.
Passo Coelho revolucionário? Tem piada. O rapaz do Ângelo Correia, no dizer de Alberto João Jardim, já escutou o seu tutor a dizer que não se pode privatizar a CGD, como o "revolucionário" pretendia. Quem manda é o tutor, ou os tutores?
As propostas de Passos Coelho, pretensamente liberais,são a receita indicada para dar cabo do resto. Isto não é um País, é uma anedota.