sábado, 10 de abril de 2010

MAZELAS TOMARENSES - CONTINUAÇÃO

Pois é ! Temos uma magnífica gestão autárquica ! Há dinheiro para foguetes, bandeirolas, agendas culturais e subsídios diversos. Para mandar pintar as passadeiras para peões é que não. De forma, os automobilistas visitantes sabedm que há por ali uma passadeira pedonal, pois está lá a respectiva placa indicativa. Só não sabem é se é mais cá ou mais lá. Deve ser onde os transeuntes passam. Paciência ! Como bem sabem milhares e milhares de famílias, o dinheiro não chega para tudo. E não estica, por mais que se tente. Seria bom que os nossos autarcas tivessem a humildade de frequentar uma ou várias acções de formação, tendo como tema "O indispensável e o supérfluo". Podia ser que depois deixassem de estar na peculiar posição daquelas senhoras que gastam um dinheirão a comprar jeans já rotas, ou a mandar colocar arganéis, mas depois andam com os sapatos rotos por não terem para comprar uns novos. Acontece... O mundo está cada vez mais complicado. E abstemo-nos de falar na "lingerie". Para não ferir susceptibilidades demasiado à flor da pele.


O alegadamente excelente presidente que foi António Paiva, resolveu que as ruas da cidade antiga precisavam de uma passadeira central (nalgumas até duas...), para as senhoras de tacões altos circularem melhor. Dado que nalgumas ruas e travessas, já requalificadas, não há passadeiras, (ver ilustração acima desta), e noutras os pópós estacionados ocupam as ditas, devemos estar na mesma posição daquela hierarquia militar de há uns anos atrás: Os soldados tinham gajas, os sargentos mulheres e os oficiais esposas. Com as ruas arranjadas deve ser a mesma coisa. Umas -as mais nobres- para senhoras; as outras para gajas e mulheres... Mas a Corredoura, senhores !!!

Confrontado com a contestação cidadã sobre o incompleto acesso sul ao mercado, agora concluído, que não inclui rampa para cadeiras de rodas, carrinhos de bébé, ou carrinhos de compras, ao arrepio das directivas da União Europeia, (como referimos na altura, em primeira escrita, depois retomada por outros órgãos de informação), o senhor vereador Carrão foi expedito e muito tomarense. Falou bem, arranjou uma desculpa e desenrascou-se. Afirmou que já existia um acesso desses, mas faltou à verdade. O que lá está, e pode ser reconvertido, é uma incompleta pista ciclável, como aquelas que vão desembocar no acampamento cigano, logo a seguir à nova ponte.
Claro que a dita pista pode solucionar o problema, de forma transitória. Precisa, porém, de adequado arranjo, na sua ligação com o terreiro exterior do mercado. Como está, apesar da apressada intervenção de última hora, é uma vergonha (ver foto). Só serve para carrinhos de compras, carrinhos de bébé e cadeiras de rodas com tracção às quatro, motores potentes e travões de disco. E mesmo assim... com a gravilha, nunca se sabe !

1 comentário:

Pensamentos soltos disse...

Acho que como é no poder político também é como nas ruas, "ornamenta-se" conforme os habitantes delas.