Anunciadas um sem número de vezes, lá começaram finalmente as obras na Rotunda Alves Redol. Para quê ? Entre a população ninguém sabe ao certo. E a autarquia, dona da empreitada, também não se mostra muito preocupada. Não se vê no local qualquer painel informativo, apesar da sua colocação ser obrigatória, de acordo com as normas da UE, que todas as entidades dos estados membros devem respeitar.
Também ainda não foram vistos no local quaisquer arqueólogos, embora se tenha desde já procedido à abertura de uma vala, em local de antigas edificações do século XVI e anteriores.
Aquando das anteriores obras, do lado sul da ponte, junto ao Edifício dos Cubos, os cidadãos ainda tiveram direito a painel informativo em duplicado. Até nos informaram que haveria corte de árvores, posteriormente substituídas. Foi bonito, conquanto o empreiteiro se tenha esquecido depois de cumprir o que estava escrito. Naquele local não plantaram árvore nenhuma. Mas também não é nada de muito grave. As que plantaram noutros sítios, junto à ponte do Flecheiro e a Santa Maria dos Olivais, estão praticamente todas secas, de maneira que...
Retornando à presente empreitada, a falta de respeito pelos outros é a do costume. Ainda ontem um camião ocupava todo o passeio, obrigando os transeuntes a usarem a via reservada aos veículos. Tudo apenas com um simples sinal de "trabalhos". Barreiras metálicas de protecção ? Dão muito trabalho a colocar, e não vale a pena gastar cera com ruins defuntos, devem ter pensado os encarregados.
Um aspecto sobressai de tudo aquilo -a evidente falta de planeamento adequado, como aliás é hábito nas obras portuguesas. O usual império do improviso e do desenrasca. Só assim se explica que tenham decidido usar uma rara árvore ornamental como apoio para a plataforma de armar o ferro. Pregaram-lhe dois ou três pregos no tronco, e já está. Se um dia destes, a referida árvore secar, dirão com ar displicente que deve ter sido alguma moléstia...
É verdade que a árvore em questão tem por nome vulgar "cameleira". Mas mesmo assim, com franqueza ! Não havia mais nenhum apoio possível para a citada bancada de trabalho ? Estamos na Europa e no século XXI, com toda a gente a proteger as florestas por aí fora... Bem sabemos, contudo, que África é logo ali em baixo.
PS - Afinal os arqueólogos já lá andam. Haja esperança...
2 comentários:
Um médico, em Dublin, queria DESCANSAR e ir pescar.
Então aproximou-se do seu assistente e disse-lhe:
- Murphy, amanhã vou caçar e não quero fechar a clínica. Acha que
consegue cuidar dela e de todos os pacientes?
- Sim, senhor! - respondeu Murphy.
O médico foi pescar e voltou no dia seguinte.
- Então, Murphy, como correu o dia?
- Cuidei de três pacientes. O primeiro tinha uma dor de cabeça e,
então, eu dei-lhe paracetamol.
- Bravo, meu rapaz .
- E o segundo? - perguntou o médico.
- O segundo teve indigestão e eu dei-lhe Guronsan- informou Murphy.
- Bravo, bravo! Você é bom nisso... E o terceiro? - perguntou o médico.
- Bom, doutor, eu estava sentado aqui e, de repente, abriu-se a porta
e entrou uma linda mulher. Ela arrancou a roupa, despiu tudo,
incluindo o sutiã e as cuequinhas. Depois deitou-se sobre a marquesa,
abriu as pernas e gritou: «AJUDE-ME, pelo amor de Deus! Há cinco anos
que eu não vejo homem!''
- Nossa Senhora, Murphy, o que é que você fez? - perguntou o médico.
- Eu pus-lhe gotas de Visadron nos olhos, doutor!
Boa tarde António Rebelo,
Deixe lá! Não se preocupe com o mau começo das obras. Os espanhóis não gostam de bons começos para os filhos, como é sabido! O que mais me preocupa é a futura e típica derrapagem do custo das obras e, naturalmente, o resultado final, que ao que parece, vai transformar toda a zona central da praceta, diminuindo a importância do tráfego e valorizando a dos peões e demais. Se assim for - e é o que muito temo - iremos assitir a problemas graves no fluxo de trânsito naquele que é o principal ponto de confluência do tráfego rodoviário dentro da cidade. Sabendo-se que em época de aulas esse fluxo dispara, não será difícil adivinhar o que o estrangulamento produzirá.
Mas a ver vamos!
Há no entanto uma coisa que ressalta à vista de quem queira ter olhos de ver. É que a requalificação da praceta vai devolver ao espaço muito do que era o seu aspecto e ambiente existente antes do camartelo paulino o ter destruído, substituindo a singela mas bonita mancha verde orlada de flores por um camafeu indescritível, motivo de paródia e conversas tertulianas.
Considerações àparte, entendo que a componente da obra que não é visível é de todo digna de registo, pois permitirá uma melhor qualidade das águas do nosso rio, garantindo menos risco para a saúde a quem dele usufrui como meio de lazer.
Enviar um comentário