Foto o jumento
Foto o jumento
Ao contrário do que se previa na pacata paisagem política tomarense, a folgada vitória de PPC em vez de acalmar, contrbuiu para excitar os ânimos no seio do PSD. Com efeito, os laranjas locais votaram maioritariamente no novo líder social-democrata, mas, de modo evidente, estão cada vez menos unidos. Já não é só a fractura entre relvistas e delgadistas; agora há também a animosidade dos militantes para com os independentes. Sobretudo em relação ao presidente da câmara, que vários acusam de falta de pulso, de indecisão e de ter faltado à palavra dada. Ao que nos foi dito, comprometera-se a assumir pelo menos o pelouro do turismo, que depois entregou aos parceiros de coligação, sem qualquer justificação prévia ou posterior.
Foi uma decisão muito mal acolhida, e a situação tem-se agravado, sobretudo devido ao feitio e aos subsequentes métodos de actuação do novo responsável por aquele pelouro. Segundo as nossas fontes, em vez de adoptar o "estilo bébé a dar os primeiros passos e a procurar todos os apoios possíveis", o autarca em questão terá preferido o "estilo "bulldozer", levando, ou querendo levar, tudo e todos à sua frente, no estilo "eu é que sei, quero, posso e mando". Como parece ser evidente, esta maneira nada diplomática de arredar todos os que não gostam de se limitar a dizer amen, tem causado problemas delicados. Cada um de nós tem a sua estrutura psicológica, bastante complexa. Nela o amor-próprio e o orgulho ocupam lugares importantes, pelo que ninguém gosta ou aceita sequer ser bruscamente empurrado da ribalta para os bastidores, ainda por cima sem qualquer justificação, e com visíveis maus modos, a roçar o desdém.
Nestas condições, terá de ocorrer alguma modificação importante a curto prazo, sob pena de graves prejuízos para a indispensável credibilidade da autarquia. Na verdade, o recente consórcio de conveniência tornou possíveis duas actuações totalmente opostas, por parte de filiados no mesmo partido. Enquanto um pretende mudar, alterar, inovar a toda a pressa, mesmo contra tudo e contra todos, o outro tem sido de uma assinalável humildade, grande apego ao trabalho e dedicação à causa pública. Pelo menos por enquanto.
De qualquer forma, pelos lados da Rua Voluntários da República as coisas também não rolarão exactamente sobre esferas. Anda tudo muito calado, como é costume, mas os tomarenses informados não deixaram de notar que, nas recentes eleições internas, nem chegaram a 25 % os filiados que julgaram útil ir votar. Para uma comissão com mais de 30 candidatos, não se pode dizer que tenha sido um êxito. Regra geral, nos países e/ou cidades de longa tradição democrática, quando se apura que mais de metade dos eleitores não exerceu o seu direito, os candidatos votados renunciam aos seus mandatos, por se considerarem não legitimados por uma maioria. Claro que aqui no vale do Nabão, em princípio não irá acontecer nada parecido. É pena. Certas ideias, certas actuações, certos métodos e certos feitios, em vez de facilitarem as indispensáveis e urgentes mudanças, contribuem pelo contrário para criar resistências, agravando ainda mais a nosso já penoso quotidiano.
PS
Agora não se esqueçam de vir com o habitual argumentário da má-língua, da dor de cotovelo, do mau perder, etc. Ao fim de certo tempo, as pessoas começam a estar fartas de ouvir sempre a mesma música.
PS 2
Deixamos ao cuidado de cada leitor a interpretação das duas fotografias supra, que reproduzimos do nosso confrade ojumento, como a devida vénia.
7 comentários:
Primeiro a "Cópula", dos 3+2, depois o "Assanhamento" até ao desaparecimento dos 5, que os outros 2 há muito que já foram.
Isso resolve-se tudo na Loja!
Tal qual a cu - ligação do 3+2!
O Luisinho e o Miguelinho com duas penadas arranjam o aconchego para dar para todos!!!!!!
Quem manda pode e há lá muitos a gostar de obedecer!
Haja Deus e meia bola e força!
"Ao fim de certo tempo, as pessoas começam a estar fartas de ouvir sempre a mesma música."
Tem toda a razão.
"Ao fim de certo tempo, as pessoas começam a estar fartas de ouvir sempre a mesma música."
Tem toda a razão."
Eu também concordo, mas acho que Rebelo e quem quer aqui escreva também, não perceberam.
Para 14:30 e 20:01
Obrigado pelo esclarecimento. Sem ele iríamos morrer idiotas. A falta que nos está a fazer uma cabeça como as vossas ! Que extraordinária capacidade de dar a volta ao texto ! Até nos sentimos envergonhados perante tanta sapiência !
Os asnos de Tomar a dianteira
isto vai dar uma rica boda
*Millôr Fernandes lançou um desafio através de uma pergunta:*
*- Qual a diferença entre Político e Ladrão ?*
*Chamou muita atenção a resposta enviada por um leitor :*
*- Caro Millôr, após longa pesquisa cheguei a esta conclusão :
a diferença entre o político e o ladrão é que um eu escolho, o outro me escolhe. Estou certo? Fábio Viltrakis
*Eis a réplica do Millôr :*
*- Puxa, Viltrakis, você é um génio... Foi o único que conseguiu achar uma diferença!*
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