quarta-feira, 24 de março de 2010

MERCADO: UMA DESGRAÇA NUNCA VEM SÓ

É sabido que, desde há muitos anos, (para não beliscarmos inutilmente quem quer que seja), em termos de preparação do futuro deste concelho, estamos realmente bem servidos. Temos tido realmente executivos de primeira água e com projectos sólidos, realistas e profícuos. Não espanta por isso ninguém que o mercado, inaugurado aquando das festas dos tabuleiros de 1950, esteja como todos sabemos.
Além de constituir um excelente cenário para eventuais filmes sobre mercados do 3º mundo (ou do 4º?), desde há muito que, deliberadamente ou não, coloca a saúde dos seus frequentadores, e a de todos os que consomem os produtos lá adquiridos, em perigo. Se do ponto de vista sanitário custa a entender que aqueles pavilhões ainda estejam abertos ao público, em termos de legislação europeia não tem salvação possível. A dada altura, os tais autarcas de primeira água, que sempre ocuparam e continuam a ocupar os cadeirões do poder local, resolveram substituir a primitiva cobertura em telha lusa por placas de fibrocimento. Ou seja, por placas de amianto, matéria proibida na União Europeia, designadamente em escolas, edifícios públicos e locais onde se armazenem e/ou manipulem alimentos. Porque as suas fibras são provadamente cancerígenas. Provocam amiantose ou asbestose, um tipo de cancro das vias respiratórias. Por motivos que nos escapam, enquanto nos outros países da Europa Ocidental se têm dispendido milhões para "desamiantar" edifícios, como aconteceu com a própria sede da Comissão Europeia, em Bruxelas, por estes lados "no pasa nada". Até quando vamos continuar a ter sorte e/ou a beneficiar da condescendência de quem nos financia e atura ?

10 comentários:

Anónimo disse...

Será possível que andem a pressionar o Presidente para alterar o figurino da eleição do mordomo da festa dos tabuleiros em prejuízo do Victal e que o senhor ande tão baralhado (receoso?) que ainda não marcou a reunião do povo? Recordo-me que há 4 anos a reunião foi a 6 de Março e que se for anunciada a partir de amanhã já só se realizará, sendo a uma sexta, a 9 de Abril! Alguma coisa se passa.

Sebastião Barros disse...

Seja o que for que se esteja a passar, acabará por vir a público, mais ou menos adulterado. Como é costume. De qualquer maneira, há muito que venho afirmando estar o figurinbo organizativo da Festa Grande de Tomar irremediavelmemte ultrapassado. Urge, portanto, tomar medidas corajosas, que o visível agravamento da crise ainda torna mais necessárias.

António Rebelo

Anónimo disse...

Isso! Politizemos a festa...

Sebastião Barros disse...

Não se trata de politizar, uma vez que, parecendo que não, politizada já ela está, desde 1950. Só não vê quem não quer. A bênção na Praça não será, simultaneamente, um beija-mão à maioria da alcaidaria ? E o cortejo do mordomo ? Os senhores eleitos e outros apaniguados também desfilam nas carripanas para quê ?
O problema é outro. É o de transformar uma festa até agora sem grande interesse para o turismo internacional e que custa bom dinheiro aos contribuintes forçados, numa manifestação deveras integrada na indústria turística e altamente rentável, bem entendido sem perder a sua autenticidade nem envergonhar os tomarenses.
Mas daria muito trabalho e obrigaria a puxar pelo bestunto, não é ? É mais repousante manter tudo como até aqui. Pelo menos até que haja dinheiro disponível para festas, excursões, jantares, morteiros, fogo de artifício e outras bizarrias nabantinas. Se agora até a Feira de Santa Iria já dá prejuízo, mais comentários para quê ?

António Rebelo

Anónimo disse...

A Feira de Santa Iria dará sempre prejuízo numa terra que perdeu dimensão e estratégia. Tudo pequeno, gerido por uma associação de comadres, uma tristeza.

Anónimo disse...

Afinal, o Professor António Rebelo aborda a situação do Mercado e os comentários falam da eleição do Mordomo, também importante, sem dúvida, mas não misturemos as coisas. Uma de cada vez. Sobre o Mercado: parece que a escadaria de acesso ao recinto, para quem se dirige pelo lado da ponte recém construída está na fase final, mas não há sinais de uma rampa por onde possa passar uma cadeira de rodas... Será oportuno perguntar, igualmente, quanto vai a Câmara gastar nas obras que se propõe efectuar no edifício, que serão provisórias. Não seria mais lógico proceder a uma remodelação que transformasse aquele local num espaço aprazível, construindo, por exemplo, um primeiro andar moderno, capaz de atrair as pessoas que deixam a cidade para visitar empreendimentos semelhantes nos concelhos vizinhos? Desculpem a ingenuidade...
Os melhores cumprimentos,
Cidadão Atento

Anónimo disse...

Boa noite António Rebelo

Para o anónimo do dia 25/03/2010 18H57

Numa minha intervenção anterior sobre este tema, dei alguns exemplos do investimentos que algumas câmaras municipais fizeram nos seus Mercados, por contraponto ao que a de Tomar pretende fazer, intoxicando até a opinião pública afirmando que os mercados estão em desuso, que a práctica actual é desactivá-los, etc, etc...esse era o discurso de Paulino Paiva que infelizmente continua a ter seguidores indefectíveis. E dei especial enfoque ao exemplo de Évora onde as obras de reabilitação do Mercado Municipal incluiram lojas para produtos regionais e artesanato, snackbares e cafetarias com esplanadas no primeiro andar, transmitindo ao espaço um ar moderno, acolhedor, funcionando até como ponto de encontro para muitas pessoas.
Dada a localização privilegiada do Mercado Municipal de Tomar, não é difícil adivinhar que uma coisa semelhante poderia ser feita em Tomar, e todos ficariam a ganhar: os comerciantes e os utentes.

Anónimo disse...

Vão ao Mercado dos Lavradores no Funchal, ao Mercado de Évora, ao Mercado de Coimbra e tirem daí ideias.

Claro que não é isso que os belmiros curvelo de paiva querem!

Anónimo disse...

Para o comentador das 21:37 - Subscrevo a (boa) sugestão. Esperemos que os políticos tenham em conta o interesse público, afinal o interesse da cidade, do concelho e dos seus cidadãos, numa palavra, da comunidade em geral...
Cidadão Atento

Anónimo disse...

Boa tarde António Rebelo,

FORUNS, FU(R)NICULARES...E OUTROS REGABOFES.

Como já deve ser do conhecimento da maioria da classe média/baixa motorizada da região, abriu recentemente em Leiria o Leiriashopping, da responsabilidade da SonaeSierra, no mesmo local do Continente.
Agora, aquele espaço, para além de um sem-número de lojas tem também um espaço de restauração bastante apreciável. Oferta em quantidade não falta para gáudio e passeio dominical das massas!
Se considerarmos que quem segue à frente tem sempre vantagem, e tendo em conta que Tomar fica praticamente cercada de oferta comercial daquele tipo (embora, no meu entender, a quantidade não condiga com a qualidade), com que "armas" pode esta cidade jogar para poder cativar a atenção das pessoas, no caso de também por cá se construir um centro comercial?
Será mais um elefante branco à Paulino Paiva a juntar ao campo da bola e ao paredão do Flecheiro? Será mais uma dor de cabeça financeira para a Câmara Municipal com os custos a recair sobre quem a gente sabe?

No mesmo patamar coloco a questão do funicular, que, diga-se a boa verdade, até nem é uma ideia totalmente descabida...desde que seja um investimento totalmente privado! Só nessa base é que as pessoas com dois dedos de testa deverão defender o projecto. Doutra forma não é exequível, nem deve ser permitido.
Não nos fu(r)niculem!