segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Os que se julgam donos dos tomarenses



 Sinalização turística no interior da Mata, junto às ruínas do lagar.

Sinalização turística no interior da Mata, junto à Torre da Condessa
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 Acesso ao Convento pelo Portão do Lagar.

Acesso ao Convento pela Torre da Condessa, impróprio para cardíacos e pessoas com dificuldade de locomoção.

É do conhecimento geral que quem manda na autarquia não são os eleitos, mas meia dúzia de funcionários, pelas mais diversas razões. Sabe-se igualmente que tais funcionários e os seus subalternos têm por adquirido que os tomarenses são propriedade da autarquia, pelo que devem obedecer e não refilar. Exagero? É o que afirmam os visados, garantindo que não senhor. Pelo contrário. Os funcionários sempre estiveram e continuam lealmente ao serviço da comunidade tomarense.
Infelizmente, certas situações não permitem dúvidas. Como a que se passa a descrever.
Após grande alarido publicitário sobre a renovada ligação pedonal cidade > convento pela Cerca, eis que afinal tal coisa deixou de existir. Tomar a dianteira está em condições de testemunhar que há várias semanas que não há possibilidade de chegar ao Convento através da Mata, pelo menos aos sábados, domingos e feriados. Quando há mais visitantes. Tudo porque os empregados do empreiteiro das malditas obras da Envolvente ao Convento andam neste momento a executar mais uma palermice monumental (cuja descrição detalhada fica para o próximo texto) e resolveram fechar o Portão do Lagar, única via disponível, dado que o IGESPAR nunca aceitou manter aberta a porta da Torre da Condessa, e a autarquia também nunca protestou.
Em qualquer outra cidade, turística ou não, mas com eleitos e funcionários educados, respeitadores dos cidadãos locais e dos visitantes, teriam sido colocados painéis em cada entrada (em português, espanhol, francês e inglês), informando não ser temporariamente possível chegar ao Convento pela Mata, ou à cidade pela mesma via.  Em Tomar porém, como na óptica de quem manda é tudo gado propriedade da autarquia, sendo certo que "manda quem pode e obedece quem deve", não vale a pena gastar cera com tais defuntos. Em protesto, aqui fica o velho grito de Manuel Alegre: "Há sempre alguém que diz não!"  

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