quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Desabafando

Já votou na sondagem do lado direito? >>>

Era para manter um prudente silêncio sobre o assunto, pois sei muito bem que nesta santa terra se é geralmente olhado de soslaio quando se ousa ter razão antes do tempo. Falo da situação a que chegámos, como concelho que já liderou a zona, posição agora ocupada por Ourém. Vai por aí uma despropositada euforia, ao que julgo alimentada pela ignorância da bicuda situação em que nos encontramos.
Enganam-se os candidatos já designados e os pretendentes a tal, se pensam que na próxima campanha eleitoral bastarão as bacoradas do costume e outras insanidades, para conseguir os indispensáveis votos. É grande a desilusão dos eleitores, que em grande número vão proclamando desde já que não tencionam votar. Além desta evidente aversão ao sufrágio directo, provocada por sucessivas e gravosas desilusões, há que ter em conta um aspecto até agora mantido sob silêncio: a natureza das inevitáveis medidas a tomar e implementar, como condição para mudar de rota. No meu tosco entender, nenhuma faz parte do usual catecismo socialista, o que vai complicar e de que maneira a candidatura da Dona Anabela & Companhia. Vejamos.
Ante a dívida acumulada, a penúria reinante, o actual volume de despesas certas e permanentes, bem como os preços e taxas a cargo dos munícipes, importa quanto antes, como condição sine qua non para a retoma local, encolher despesas, diminuir preços e taxas, reduzir drasticamente a burocracia, rarear e tosquiar subsídios, eliminar chefias, suprimir serviços, cobrar ocupações até agora gratuitas, e assim sucessivamente. Sucede que toda a esquerda, incluindo o PS, age geralmente em conformidade com uma cartilha que postula exactamente o oposto: aumentar despesas, incrementar o emprego na função pública, aumentar preços e taxas, expandir a burocracia, aumentar subsídios, promover funcionários, instituir serviços, alargar facilidades, e por aí adiante. O que significa que as medidas a tomar pela futura maioria saída das urnas em 2013 poderão ser tudo, menos socialistas. Assim sendo, que programa eleitoral coerente, realista e exequível vão poder apresentar os socialistas locais? Confesso que não estou a ver. Haja quem me esclareça.

1 comentário:

templario disse...

DE: Cantoneiro da Borda da Estrada

Sabendo bem que o Dr. Rebelo se tem mostrado um verdadeiro "expert" na análise económica do nosso querido País, da Europa e do Mundo, no contexto da actual crise internacional, sugiro aos prezados leitores do TaD que leiam a entrevista que PAUL GRAUWE deu ao "JN", cujo título é "Vitor Gaspar quer ser o melhor aluno da aula".

Basta pesquisar por

http://www.dinheirovivo.pt/Economia/Artigo/CIECO074519.html?page=0

Garanto que vale a pena.

O Dr. Rebelo que não me leve a mal; apenas procuro contribuir para a formação dos leitores do seu blogue em teorias económicas, para melhor compreendermos a que governo estamos entregues.