quarta-feira, 11 de março de 2009

FORAM-SE OS PLÁTANOS DE SANTA MARIA...

Foto 1


Foto 2


Foto 3


Foto 4



Redacção de Tomaradianteira
Aconteceu o que há muito se previa, pelo menos aqui no blogue. Tanto assim que fomos lá fotografar. Antes e depois da recente ventania.
Dizia amiúde o saudoso António Cartaxo da Fonseca -"Vou-me embora, que onde há mais de dois tomarenses, há sempre mais de duas opiniões." E tinha razão. Neste caso do plátanos junto à ìgreja templária de Santa Maria, já ouvimos várias versões. Os plátanos foram-se. Foram-se aos plátanos. O massacre dos plátanos. O abate dos condenados. Plátanos vítimas dos ventos da história. A triste sorte de quem é grande. Só os pequeninos é que se vão safando. A mania da modernidade.Os arboricidas. O que é novo é que é bom. Árvores velhas não devem encobrir obras novas. O inconveniente das candidaturas sem programa capaz. Quem semeia ventos colhe tempestades. Quem semeou eucaliptos não deve esperar poder colher melões.
À cautela, Tomaradianteira limita-se (uma vez não é costume) a apresentar as várias atitudes constatadas, sem cuidar de apurar quem tem razão. Cremos que todos. Cada qual à sua maneira.
Decidimos até adoptar um modus operandi muito tomarense, para comentar as fotos que encabeçam este texto. Começamos pelo fim e acabamos no princípio. Rumamos para o futuro, sempre a olhar para o passado. O que já foi é que era bom. O que aí vem não vale nada.
Foto nº 4 -A ventania, no caso os ventos do Inverno e da História, derrubam árvores, enfraquecem partidos e penalizam candidatos. É que não escapa nada nem ninguém. Triste época. Foto 3 - Ainda alinhados, mas já descalços, com alguns restos de sapatos à vista, do lado direito, prontos para o sacrifício final, como na Idade Média. Foto 2 - Nem a velha Torre mais tarde sineira escapou. Devidamente descalça, também ela aparenta aguardar apenas o momento de ser sacrificada, em nome do progresso. Se tal ainda ainda não aconteceu, não foi certamente por culpa do empreiteiro, nem do dono da obra. Foi o acaso e foram as paredes de grande espessura. Conseguirá sobreviver? Foto 1 - Só os pequeninos (e algumas pequenas, mas isso já é outro filme), é que se vão safando. Não há ventos da história, ou outros, que os consigam vergar, quanto mais agora derrubar. E ninguém pode, legalmente, lá mexer, que a Torre Templária não pertence à autarquia e está, por isso, fora das suas atribuições.
Que quem puder nos dê paciência e tenha piedade dos tomarenses e da terra deles. Amen!

7 comentários:

Rui Ferreira disse...

Fotografias muito boas e elucidativas!

Anónimo disse...

Remeto para aqui o meu comentário inserido em "RUMO À SENHORA DA ASNEIRA-2" no dia 11/03/2009 às 10:35H.

Posto isto, e perante os factos que estão à vista de todos, ou melhor, que ferem a vista de quase todos, pergunto eu:
Será que não tenho direito à indignação? Será que para além disso não tenho direito, face aos constantes atropelos das mais elementares regras da conservação do meio ambiente, direito a sentir-me farto, cansado, lixado com "f" grande, e com uma vontade irreprimível de mandar uma boa mão cheia de gajos que se arrogam o direito de mandar gratuitamente nesta terra que não é só deles para o c......?
Não o vou fazer senão o administrador deste blogue elimina o meu comentário e eu quero que ele perdure durante algum tempo.
Apetece-me apenas dizer que não vale a pena dizer nada. Estamos em Tomar e está tudo dito!!!

Quem já alguma vez foi à Escócia poderá não ter usufruído de um espectáculo sui-generis, que passo a relatar, por não ser do conhecimento mais comum e não estar inserto nos habituais roteiros turísticos.
Nos arredores da cidade de York, perto duma localidade de nome impronunciável e de escrita não menos difícil mas que aqui vou tentar reproduzir como sendo "guinchatlebrag", existe um bosque de plátanos gigantesco, herdado, dizem, dos tempos da Idade Média, que faz as delícias de quem o visita. É aliás visita obrigatória de biólogos e muitos outros amantes da Natureza, e uma das suas mais valias é a possibilidade para quem o visitar no Outono poder caminhar sobre um tapete de folhas a perder de vista que em muitos sitios quse chega aos joelhos. Para se ajustar à modernidade dos tempos que vivemos, o bosque foi regularizado, isto é, foi feito em tempos um abate selectivo de árvores a fim de tornar mais geométrica a sua disposição, e o terreno foi regularizado, suprimindo-se desníveis demasiado acentuados e covas inesperadas por forma a evitar acidentes pessoais. É recomendado a quem o visita e nele se embrenha que adquira um mapa e se faça acompanhar de uma bússula.
Este bosque alberga uma multitude de vida animal e vegetal, podendo mesmo afirmar-se sem favor que ali existe um pequeno ecosistema.

Apenas ponho à prova a vossa paciência para tentar exemplificar o que é o respeito pelo legado que nos chega às mãos, e a nossa responsabilidade pela sua conservação e transmissão quando cessar a nossa acção nesta vida terrena. É o caso!!!

É evidente que não estou a querer comparar um bosque grandioso a meia dúzia de infelizes e solitárias árvores junto a uma igreja. Mas acho que estas têm o mesmo direito a serem respeitadas.

Nos arredores de San Sebastian, norte de Espanha, existiu até há pouco tempo um bosque lindíssimo a que os locais chamavam "bosque mágico" porque alguns artistas plásticos locais lhe conferiram uma particularidade muito especial. Pintaram olhos nos troncos das árvores fazendo com que quem o visitasse se sentisse olhado pelas árvores. Esse bosque era visitado por inúmeras pessoas atraídas por esse facto. Ardeu há poucos anos, por acção criminosa. Está tudo dito. Povos latinos!!!

Anónimo disse...

Se fosse o saudoso Lino Cotralha o vereador responsável por estas "podas selectivas" (assim se diz na Informação do Presidente da Câmara em relação a idêntico corte das árvores junto à Casa dos Cubos!) então caía o Carmo e a Trindade.

Agora, que se foi o Vereador "Seringueiro", vieram o Polis abatedor e os Vereadores podadores selectivos (pela raiz, para que não restem dúvidas) sempre com a opiniosa colaboração de "técnicos" da função arregimentados.

Assim vamos de poda em poda até à poda final!!!!!!

Anónimo disse...

Tomar, cidade soalheira! Que é que querem? Com tanto reumático por aí à solta, convem haver bastantes lugares ao sol para curar as mazelas...
Ou será que esses lugares ao sol querem dizer outra coisa?

Anónimo disse...

se, melhor entendimento fosse necessário para o corte dos tão “acarinhados” plátanos, tal não seria preciso: basta-o as suas artísticas fotos, sr. administrador! o raquitismo, as copas agoniadas e deprimentes, a ausência de porte , o pedido tirem-nos daqui, são qualidades ali bem evidenciadas!...parabéns.
abençoada terra, que tais filhos pare!
(ponte: a velha; festa dos tabuleiros:à moda antiga e congelada entre eventos; corredora: para carros concerteza (que, se para carroças a jumento puxadas, melhor ainda);estádio: com bancada, para de moscas encher; ruas da cidade velha: não mexer que as pedras são sagradas;)

masturbai-vos, ilustres, na intelectualidade do vosso pensar!
do esperma vagido jamais alguém se acorrerá!
fecundem-se plátanos, grelem-se plátanos….socorrei estas almas!

acohnim

Anónimo disse...

AINDA SOBRE YORK

O bosque de plátanos referido é administrado por 5 edilidades, dada a sua grandeza física. Basta dizer que tem cerca de 480 hectares.
Nele não existem "tracks" para cicloturistas, circuitos de manutenção, parques de merendas, tabuletas pregadas nas árvores, caixotes do lixo, nem nada que potencie a presença humana massificada.
Ali a natureza encontra-se preservada no seu estado mais puro.
Será uma das minhas próximas viagens, pois já me garantiram que será uma experiência que peredurará para o resto da vida.
Saber respeitar uma manifestação da natureza como aquela é um acto de cultura!

Anónimo disse...

Para ACOLHNIM, em 12/03, 19:06

É sabido que elaborar e enviar mensagens às duas da manhã não se aconselha a ninguém. A essa hora só está ao computador quem não conseguiu ainda conciliar o sono. Por isso se lhe torna tão difícil congregar ideias. E próximo do fim de semana então ainda é pior. Em geral só sai azia, bilis, agressividade supérflua.
Seria solicitar em demasia a sua bondade natural, pedir-lhe que nos esclareça nessa questão das árvores e das fotografias? Que fazer? Calar? Aprovar? Condenar? Retocar, como você tenta fazer à realidade envolvente? Esperar pela Primavera e pelas subtitutas já anunciadas? Por favor, livre-nos desta profunda angústia existencial! Indique-nos um caminho, um rumo, uma luz ao fundo deste agreste túnel!

Tomar a dianteira